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Raquel - capítulo 2: páginas 10 à 12






Página 10
Catarina: Tuto bem?
Catarina: Oi, você tá lecal?
Catarina: Minutino só gue vou ao banieiro e já volto...
Página 11
texto atrás de Raquel: fugir-pular-pela-janela-correr-até-sampa-me-esconder-debaixo-do-cobertor
Raquel: minha mãe do céu.... o que era aquilo?
Página 12
Raquel: Eca!
Catarina: Era j-já morreu mesmo?
Raquel: Acredito que sim.
Catarina: Eca!
Raquel: É...
Catarina: Oi! Tuto bom? Então você é minha "companeira de cela", né?
Catarina: Você checou acora? Gue cedo
Catarina: Ah, esgueci te me apresentar: meu nome é Catarina, mas pote me chamar de Cat!
Catarina: Cheguei agui ontem te tarde! Vim de busão de São Paulo - a Universitate pacou, e, ei,
Catarina: Você também foi chamata pra cá sem sab... ops, eu falo temais, tesculpa, nem percuntei teu nome
Raquel: Raquel, Raquel Cortez.
Catarina: Bonito nome, você prestou pala guê? Eu vou fazer Histólia
Raquel: ...Q-química...
Catarina: Ah, lecal...
Catarina: hmmm, err... Quel... ainta preciso ir ao baniero
Catarina: minutin, volto já!

A história até agora: Vestibulanda que passou em nenhum dos cursos que prestou, Raquel recebe uma carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I."
Chegando na cidade, ela e outros são recebidos por Mário, que se diz funcionário da Universidade, os leva até lá e lhes dá chaves de seus alojamentos.
Raquel entra no prédio dos alojamentos e, depois de coisas esquisitas acontecerem, entra em seu quarto, que aparenta ser normal, com uma companheira dormindo na beliche, que começa a conversar com ela... [cliquem aqui para lerem as páginas anteriores]

Raquel é uma HQ escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É também um "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva, em livro E em quadrinhos! :) Espero que curtam^^

parte 1parte 2

Uma vez, milhões de anos atrás (no começo da última década do século XX), tive a (nada) original idéia de fazer uma história com personagens híbridos, seres humanos com animais. Peguei uma foto de um ratinho de laboratório na minha coleção da revista Superinteressante, brinquei com os traços, e acabei criando uma personagem "híbrida".
Eu ainda tenho estes rascunhos, só não sei onde estão :P Mas durante a composição do visual dessa espécie, acabei meio que abandonando essa história (depois voltei e abandonei de novo) e mudei o conceito: em vez de híbridos eram seres nativos de um mundo chamado Cante. Uma dos cantenianos, por algum motivo vinha para nosso mundo e tentava viver escondida entre nós, ou algo assim, já que é o tipo de história tão velha que mal guardei rabiscos e eu não confio 100% na minha memória.


Enfim, essa primeira canteniana, Camila, foi minha primeira personagem "séria". Depois vieram Klara e todo o resto.

(Curiosamente Camila ainda não achou lugar nas minhas histórias.... =/)

Quando inventei de fazer Raquel, que foi minha primeira história que pus pro mundo ler, claro que tinha de ter um canteniano, e foi assim que Catarina surgiu =)

Andando mais no tempo, entrando no século XXI, fui tentando construir melhor meus personagens "aliens": cantenianos tem olhos que enxergam muito bem, mas ouvem muito mal (as orelhas grandes são para compensar essa deficiência), e isso com certeza afeta na fala. Uma vez conheci uma surda oralizada (isso é, que lê lábios e usa a fala em vez da linguagem de sinais) e notei que ela trocava várias consoantes com sons parecidos, por exemplo K com G ("segundo" virava "secundo"). Acabei pesquisando mais sobre o assunto e quando decidi fazer as tirinhas, decidi que Maria e outros da espécie dela trocavam os sons das consoantes constantemente, ou falavam algo intermediário que era difícil de identificar.
Por isso que nas tirinhas, muitas palavras tem um "fantasma" em tom mais claro sob diversas das letras que os cantenianos dizem:

Em Raquel, decidi fazer diferente: em parte porque muitos não entendiam o recurso que usei nas tiras (e nunca expliquei direito, mea culpa), em parte porque quero também fazer essa história em livro, e vai ser meio complicado colocar "letras fantasma" sobre texto literário. Então, Catarina vai trocar letras, pura e simplesmente. Até fiz uma colinha de quais letras são trocadas, e são bem menos que Maria, já que Cat é mais velha e aprendeu a se corrigir mais vezes.

Agora, o que uma canteniana faz na OMNI, para alguém de nossa realidade como Raquel, só o tempo (e/ou quem escreve) dirá :P

Mais coisas que ninguém perguntou:
1) "Cante", é um mundo mais atrasado tecnologicamente que a Terra, e acho que escolhi esse nome fazendo a contração das palavras "campo" com "Terra". Eu disse "acho" porque meu eu de antigamente fez umas coisas que o eu atual não entende mais...
2) Não é uma regra, mas sempre tento batizar as cantenianas com nomes que contém a-i-a: Camila, Catarina, Maria, Samira... Não tem uma justificativa para isso, só acho legal :P
3) Nem no blog aconteceu muita coisa: só tirei uma foto da bagunça de meu quarto e postei lá. Na vida "offline" andei gastando meu tempo com namoro, lendo Promethea e indo pra festa de aniversário de sobrinha :P

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Raquel - capítulo 2: páginas 7 à 9






Página 7
Raquel: Tudo normal. Um quarto normal, nenhuma surpresa. Graças a Deus!!
Página 8
envelope: "Catarina T. Aifa"
envelope: "Raquel Cortez"
??: Oi!! Você é minia companiera de guarto?
Página 9
Totem: O.M.N.I. Reitoria
Placa: Secretaria de Integração de Novos Alunos - SINA
sons em torno: pééééééé!!

A história até agora: Vestibulanda que passou em nenhum dos cursos que prestou, Raquel recebe uma carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I." Chegando na cidade, ela e outros jovens são recebidos por Mário, que se diz funcionário da Universidade, os leva até lá e lhes dá chaves de seus alojamentos, dizendo "guardem a bagagem no quarto de vocês e daqui meia hora um guia os levará para conhecer todo o campus". Raquel entra no prédio dos alojamentos e descobre que o quarto dela não existe! O corredor termina abruptamente antes de chegar no quarto 539. Então, ela olha de volta para o corredor de onde tinha vindo, decide olhar novamente para a parede que interrompia teu caminho.... ela não existia mais!! O corredor continuava, e corajosamente ela seguiu para lá, até encontrar seu quarto... [cliquem aqui para lerem as páginas anteriores]

Raquel é uma HQ escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É também um "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva, em livro E em quadrinhos! :) Espero que curtam^^

parte 1parte 2

Os mais atentos devem ter percebido que ando usando artes antigas, e vai ser assim até essa história começar a andar caminhos nunca trilhados :P E os leitores mais antigos certamente vão estranhar o visual novo dos personagens, mas confio mais no Miguel desenhando que em mim :P

No último mail reclamei que estava em dessintonia do que escrevo, essa última semana parece que destravei o roteiro de Raquel e pelo jeito termino o texto do capítulo 3 antes desse segundo ser todo enviado pra vocês :P

(agora só falta eu desencantar com as tirinhas (em dois fronts) e no eternamente falado wannabook....)

Para falar com sinceridade mesmo, é mais uma reescrita do que escrita: estou organizando textos e fragmentos mais velhos que vocês (boa parte escondidos em DVDs e CDs gravados, mas também estou digitando rabiscos que encontrei em alguns cadernos), remontando, atualizando e inserindo algumas novidades. É coisa que continuei achando que estava legal ao reler e pra quê reinventar a roda, né? Volta e meia meu "eu do passado" me deixa algumas coisas praticamente prontinhas, é só desempoeirar, lavar e pronto!

...ainda bem que guardo estas tranqueiras ;)

Volta e meia viajo pensando se existe realmente fronteira entre o mundo real e o que imaginamos. Tenho lá minhas idéias (boa parte importadas de gente melhor que eu), algumas já postadas aqui na newsletter.
Aí aparece no meu twitter essa lindeza abaixo, retirada da HQ "American Alien", sobre o Superman, que não a li ainda porque não foi oficialmente lançada no Brasil, mas só ouço elogios...


cliquem na imagem para ampliar

(Também queria dizer que é um saco depender da boa vontade de alguns donos de conteúdo: não existe versão oficial pra comprar e você também não pode piratear....)

No blog só andei colocando besteirinhas:
1) em 2018 decidi mapear as ruas paulistanas que tem nomes de data (e me decepcionei, faltam um monte de dias para batizar ruas). Já fiz janeiro, fevereiro e estes dias, claro, março.
2) outra tontice que coloco ocasionalmente lá são fotos de mensagens de erro em computadores públicos, tipo essa aqui numa máquina de por créditos em cartões de transporte público.
3) tava com namorada no shopping, fui comprar um sorvete e ela pegou meu celular para tirar fotos fazendo careta. Como não basta fazer parte do namoro, tem de participar, fui fazer caretas com ela também :P


(Cliquem na imagem para ver mais. A gente não é normal, mas é mais legal, juro!)

4) ninguém perguntou, mas os chinchilas novos estão as coisas mais fofas do mundo.

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Raquel - capítulo 2: páginas 4 à 6






Página 4
Raquel: !!
Página 5
Raquel: Sou tão bestona
Raquel: De repente errei de andar, ou de corredor e...
Raquel: Que!?
Raquel: Fujo daqui desesperada ou continuo?
Página 3
Raquel: Suspiro...
Raquel: Eu não deveria estar dando estes passos adiante...
Raquel: A reação normal para fatos assim é dar meia volta...
Raquel: Correr sem parar até a minha mãe...
Raquel: Mas mamãe não ia gostar se eu fizesse mais um ano de cursinho.
Raquel: Quinhentos e trinta e nove!!
Raquel: É aqui o quarto!

A história até agora: Vestibulanda que passou em nenhum dos cursos para qual prestou, Raquel recebe uma misteriosa carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I." Chegando na cidade, ela e outros jovens são recebidos por Mário, que se diz funcionário da Universidade, os leva até lá e lhes dá chaves de seus alojamentos, dizendo "guardem a bagagem no quarto de vocês e daqui meia hora um guia os levará para conhecer todo o campus". Raquel entra no prédio dos alojamentos e descobre que o quarto dela não existe! O corredor termina abruptamente antes de chegar no quarto 539... [cliquem aqui para lerem as páginas anteriores]

Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva, em livro e em quadrinhos! :)
parte 1parte 2

Uma coisa que odeio é quando entro em "dessintonia" com minhas histórias: as tramas não andam, os personagens não atuam e nem tenho tempo/vontade de encarar o escrito para empurrar a pedra mais pra cima.

Aí acaba sendo mais recompensador arrumar alguma das minhas infinitas bagunças: domingo passado decidi mexer uma das prateleiras de minhas estantes, que tem uns livros bastante pesados. Fiz caixas de papelão para guarda-los de dois em dois, fiz calços para as páginas (por causa do peso, é arriscado o volume entortar pra frente e estragar a lombada...). Também tirei a poeira... e quando vi, já era tarde da noite e acabei não fazendo newsletter.

Mas não tinha muito o que falar. O mundo tá pegando fogo, mas é tanta bala zunindo em torno da gente que não temos tempo de articular qualquer reação. Qualquer texto que eu escrever vai terminar datado (porque os fatos são rápidos), superficial (qualquer pum em 10 minutos se torna algo de complexidade logarítmica que cresce exponencialmente) ou vira um textão tão grande que ninguém lerá. Nem eu, então será um textão cheio de erros de revisão :P

No blog fiz um texto sobre tirar fotos da lua com câmera digital (uma gambiarra que descobri :P) e o pouco que sei sobre seus elementos geográficos:


"Fotografando a vizinha branquela e a conhecendo melhor"

Ficou bobinho, mas gostei muito de tê-lo feito. Quase tive impulso de fazer posts sobre a topografia de outros mundos, assunto que acho legal e to juntando informação praticamente desde meus primeiros dias de internet, lá no milênio passado =p

E, depois de sofrer com doença (e perda) do Eibl ano passado, passado o depósito do doutorado, namorada adotou novos chinchilas: Faq e Kuro :)

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Raquel, páginas 7 e 8




Página 7
Raquel: "...que venha o primeiro fantasma!"
Mário: Olá, vocês são Raquel Cortez, Jamil Pedro e Rodrigo Mello?
Mário: Meu nome é Mário, da universidade O.M.N.I. e vim busca-los.
Mário: entrem!
Raquel: "buuuuuu"
Página 8
Raquel: "Ninguém soltou um pio durante o trajeto..."
Raquel: "e, em nenhum momento...
Raquel: "...o funcionário da Universidade tirou aquele sorriso esquisito da cara..."

A história até agora: Raquel está em um ônibus, relembrando a misteriosa carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I."
Chegando lá, ela pensa "me sinto nas portas de um trem fantasma", ela pensa antes de descer do ônibus....

Para quem chegou agora: Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva :)

O texto a seguir veio da minha última newsletter e achei melhor colocar aqui também:


Bom, enquanto Raquel está indo conhecer para sua futura universidade, está rodando por aí no mundo real uma proposta medonha de cobrar mensalidade nas universidades públicas. Pior é que esse governo federal tem uma proposta medonha atrás da outra num ritmo tão grande que já estamos ficando anestesiados e não ligamos mais, ainda mais com os meios de comunicação dizendo "amém".
Mas acho bom a gente sair da letargia e ir correr atrás do contrapontos ao que enfiam goela abaixo na gente e repassar para as pessoas.
"Ah, mas eu não faço universidade pública e nem conheço ninguém que faça", ok, sorte tua, mas não é porque você não vai perder direitos que não devia ser importar com isso. Outras pessoas vão perder direitos, muitas pessoas vão perder direitos, uma parcela enorme da sociedade vai perder direitos só com a cobrança de mensalidade, isso deveria incomodar qualquer um que se ache digno de dizer que é gente.

Fora que perda de direitos, assim como doenças terminais, vem sempre assim: pelas bordas, com sintomas que achamos bobos demais pra gente ir pro médico...

Enfim, deixa eu por links para não transformar aqui em textão, ficando a critério de cada um clicar nos links e ler (e, quiçá, repassar), ou não :P


1) O professor Cleber Haubrics, do IFRJ, explica sobre por que a universidade pública deve ser gratuita:

"Mais de 90% dos estudantes das Universidades Federais não poderiam pagar mensalidades caso a universidade deixasse de ser gratuita"


2) Quem apoia a cobrança de matrículas geralmente invoca um relatório do Banco Mundial, que não é exatamente a entidade mais isenta do mundo. Aqui tem um fio de tweets dando contraponto, com tabelas e links para mais estudos (pra quem gosta de ler mais que eu ainda)(como se fosse difícil isso....)
"Relevantes críticas ao recente relatório do banco mundial tem surgido desde a sua divulgação. Uma delas vem de dois economistas da UFBA, profundos conhecedores da realidade das universidades públicas"


3) Dona namorada, aquela maluca que me namora e ainda por cima encara doutorado (tá na reta final, a fase em que surtar se torna um modo de vida), colocou a opinião dela, baseada na convivência dela com o meio universitário. Cliquem aqui e vão lendo ^^
"Logo não teremos profissionais de qualidade formados no Brasil, eu acho. Vamos voltar pro século passado, em que os ricos mandavam seus filhos pra "Europa" pra estudar. Mas a gente quer massa de trabalho, não precisa ter boa formação, né?? Precisa saber fazer"

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Raquel, páginas 5 e 6




Página 5
Raquel: Fora isso, não achei um átomo a mais de informação sobre.
Raquel: (que sono, não dormi nada...)
Raquel: assim mesmo, a doida aqui decidiu sair da cidade e ir conhecer a tal universidade:
Raquel: afinal, segundo a carta, a tal O.M.N.I. me oferecia uma viagem gratuita para conhecer suas dependências,
Raquel: sem nenhum compromisso da minha parte,
Raquel: mais alimentação e estadia *de graça* por dois dias e...
Raquel: bom, é de graça, né?
Raquel: Na pior das hipóteses, passo um fim de semana sem ouvir meu irmão me chamando de inútil...
Raquel: Na melhor das hipóteses, mudo de cidade e de rotina, dou uma arejada na minha vida :)
Página 6
Raquel: Espero não me arrepender
Raquel: Me sinto nas portas de um trem fantasma...
Raquel: "Lasciate ogni speranza, voi ch'intrate"

A história até agora: Raquel está em um ônibus, relembrando que quase passou em todos os vestibulares que fez e da carta da misteriosa "Universidade O.M.N.I.", que a chamou....

Para quem chegou agora: Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva :)

Confesso que tava com preguiça e meia de fazer esse texto =p Não que eu não queira ou não goste de fazer, mas simplesmente bateu preguição, quem nunca? Fui à praia com namorada e amigos no último feriado, e como foram dias nublados e de chuva, mais descansamos e descarregamos da aceleração maluca da cidade (exageradamente, doentiamente) grande do que aproveitar o mar e a praia.

Daí minha inércia preguiçosa ^^

Por outro lado estou com planinhos e planinhos em relação às minhas histórias para o "ano que vem" (entre aspas, já que pode ser já-já que aconteçam, mas é mais provável que seja em 2018 mesmo, o ano novo já tá ali virando a esquina) (incrível que 2017 esteja no fim, esse ano pareceu ser uns três somados de tão arrastado), e já estou me pilhando com Raquel e com as tirinhas, pedindo dicas e fazendo pesquisas pra ver quão segura é a trilha que quero arriscar =]
Teve uma (ex-)amiga que certa vez disse que vivo fazendo planinhos, mas disse de uma forma para me alfinetar, desdenhando. Talvez ela estivesse certa, mas prefiro assim: sonhando, pondo bonde pra andar, quebrando a cara. Talvez nada dê certo, raramente deu, mas sou daquelas pessoas que se divertem mais com a viagem do que com o destino, né? :P

(Sério, com tanta coisa legal pra se criar e se divertir fazendo, por que as pessoas queimam seus dias vendo televisão e falando mal dos outros no zapzap?)

Toda vez que recebo páginas do Miguel dá vontade de pedir desculpas pela minha incompetência: ele anda desenhando mais rápido do que (re)escrevo. E nem sempre fico feliz com os tons de cinza que coloco na arte dele. Às vezes acho que acerto, mas muitas vezes me pego tratando o sombreado como se fosse cores, pintando a página inteira. Aí falo alto "ai, anta", apago todo esse fruto de uma empolgação tosca e recomeço.

Falando em recomeços... na página 4, Raquel está consultando no celular um site cheio de imagens quebradas sobre Gádira. Caso tenham curiosidade, coloquei no site a página que usei para fazer o quadrinho. Não tem nada lá, além de imagens tiradas diretamente dos anos 90 da internet + texto em lorem ipsum misturado com coisinhas em português sem formatação nenhuma.
Curiosamente, eu fiz essa "página" dez anos atrás para uma versão anterior de Raquel, e lá a personagem consultava em um computador de mesa (aposto que com monitor de tubo).
O que dez anos fizeram com o mundo, né? E vinte então? Achei estes tempos o primeiro manuscrito da história (1995?) e lá tá assim, em toda glória de bic azul sobre folha de caderno universitário:

"Mas seu guia de cursos não registrava uma linha sobre curso nenhum daquela universidade, nem em química, nem em outra graduação. Por sinal, não encontrava a cidade de Gádira no mapa do estado e a sua Enciclopédia Universal, a melhor que ela conhecia, não sabia nada sobre a cidade nem na letra "G", nem em nenhum livro do Ano ou apêndice.

Mas achou referências na EPE (Enciclopédia de Pesquisa Escolar), uma daquelas tralhas que aqueles vendedores de porta em porta te empurram como a melhor coisa do mundo... em doze anos, Raquel raramente a usou, e só para ter alguma informação superficial sobre determinado assunto. Era assim também sobre Gádira: "Cidade e Município do Estado de São Paulo, com 823km² e 35.000 habitantes. Agropecuária e uma universidade particular. O natural ou habitante é gadiriano". Mas já era algo."

Cara, ela consultava enciclopédias, tinha DUAS em casa o.o

PS: quem não pegou a referência do que Raquel fala no último quadrinho, clique aqui :P O texto é quase tão velho quanto a personagem :)

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Raquel, páginas 3 e 4




Transcrição:
Página 3
Raquel: Aí, quando já estava me resignando à mais um ano de abstinência social,
Raquel: exilada no maravilhoso país das apostilas e simulados, me chega uma carta:
Raquel: eu tinha sido aprovada em Química na Universidade O.M.N.I.!!
Raquel: Yay!!! :D
Raquel: Viva!!! :D
Raquel: Felicidade!! \o/
Raquel: Aleluiaaaa~~!! \o/
Raquel: Nunca ouvi falar dessa universidade ¬¬’
Raquel: ...muito menos fiz vestibular para lá, nem lembro onde foi o exame. Portanto, não o fiz...
Raquel: (isso é lógico, né?)
Raquel: Só que.....
Raquel: minha mãe achou dentro de minhas apostilas o meu cartão de inscrição para a prova (e o gabarito!) preenchidos com minha letra, no meu nome e preenchida com minha caneta perfumada favorita!!
Raquel: É, não lembro de nada O.O
Raquel: Mas o mundo fez questão de dizer que fiz sim e trata de esfregar isso na minha cara.
Página 4

Raquel: Não me dei por vencida e fui pesquisar sobre a tal universidade, seus cursos, reputação... e encontrei:
Raquel: ...nada.
Raquel: nadica de nada
Raquel: Com alguns malabarismos nas páginas de busca, encontrei referências sobre Gádira, a cidade em que estpá o campus da O.M.N.I.
Raquel: Mas eram dados bem básicos tipo população (7000 habitantes) e gentílico ("gadirense")
Raquel: perdidos num site "escolar" com visual antigo e cheio de imagens quebradas
Raquel: (que provavelmente não era atualizado desde a invenção da Internet.)

A história até aqui: Raquel está em um ônibus, relembrando que quase passou em todos os vestibulares que fez...

Para quem chegou agora: Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva :)

...e muitos de vocês terão déjà vu: Raquel já teve sua história contada aqui, mais de uma vez, acho. Estava querendo recontar e retomar esse enredo (afinal, nunca terminei...) quando o Miguel, que já tinha feito do jeito dele as primerias tiras de Klara perguntou se ele poderia redesenhar a história...

E aqui estamos :) Estou reescrevendo, ele está desenhando a personagem e espero que vocês gostem :)
Pra quem já tinha lido Raquel antes, queria dizer que o enredo vai ter diferenças do que vocês já leram e espero que vocês curtam, assim como quem chegou agora^^ E como sempre, peço comentários e críticas: dinheiro é bom, mas ter opiniões e comentários sobre o que estou fazendo para que eu possa melhorar vale mais do que dinheiro :P

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Raquel (versão 3, parte 1), página 6


TRANSCRIÇÃO:

Raquel: ....um quarto normal..
Raquel: nenhuma surpresa...
Raquel: graças a Deus!
voz: "a reação normal para fatos assim é dar meia volta e correr sem parar até Sampa...

[Clique aqui para ler essa história completa]


TRANSCRIÇÃO:

Raquel: QUÊ?!
Raquel: ...
Raquel: "eu não deveria estar dando estes passos adiante..."
Raquel: "a reação normal para fatos assim é dar meia volta e correr sem parar até Sampa..."
Raquel: "quinhentos e trinta e nove."
Raquel: "é aqui o quarto."
Raquel: 'e após uma eternidade cheia de conflitos internos, ela meio que decide ver o que tem atrás dos portões'
som da porta abrindo: nhééééééééé...

[Clique aqui para ler essa história completa]

Raquel (fanzine #3), página 7 [fim]


Transcrição:

Kevin: Você tem certeza de que precisa de tudo isso, Cat?
Catarina: Não quero mais falar com você!
Kevin: Até parece que eu ia carregar esse pacote só porque você quer...
Catarina: Hmpf!
Catarina: Ei!!
Catarina: Grande!!♥
Grande: Teu quarto tem visitantes indesejáveis, Catarina?
[Texto ao fundo: inseticida, extermínio, matar, ddt, detetizar, baratox etc]
Kevin: Visitantes o quê, Grande. Catarina traz elas para casa, são grandes amigas
Catarina: Grrrrrrr......
Grande: Acho que posso ajudá-la com isso...


A história até aqui: Raquel é uma universitária normal que passou em universidade nenhuma, exceto na O.M.N.I., que ela não se lembra de ter feito prova para entrar. Curiosa, foi até lá e coisas estranhas começam a acontecer....

Pra quem chegou agora: Raquel é uma antiga personagem minha, criada no fim dos anos 90, que teve um fanzine (revista amadora). Anos depois recomecei a história quando a moda eram HQs em flash, depois fiz mais dois outros reboots. Pretendo colocar todo esse material no site das tirinhas, e aqui vocês estão lendo o fim de uma etapa: essa é a última página da versão fanzine, que teve três edições.
Para (re)ler a primeira edição, clique aqui^^ A segunda está aqui e a terceira... aqui, mas essa revista eu nunca terminei e nem pretendo desenhar as páginas faltantes - afinal, história antiga é história pronta, mesmo que incompleta.

(sério, eu preciso de umas três vidas pra terminar tudo o que já comecei e o que queria ter começado mas não tem como)


"Tá, seu mushi, você não vai desenhar, mas já disse que tem roteiro, o que vem depois?" - imaginem um caderno de mais de vinte anos com várias páginas escritas em garranchos ilegíveis e várias porções de texto riscadas. É o que tenho de roteiro dessa edição, e não contem com minha memória, nem lendo eu reconheço o que escrevi ali.

Enfim, depois da página acima, enquanto Catarina, Kevin e Grande conversam, Mário passa por eles, preocupado. Kevin percebe isso, se separa dos amigos e vai atrás.
Ainda presa, Raquel tenta ver onde sua garrafa está, quando surge uma mão enorme: Mário. Ele faz um monólogo explicativo (típico de vilão :P) para ela - sobre o que é a OMNI e por que ele a prendeu (não vou contar os detalhes para vocês aqui, sorry) - e joga a garrafa para o alto, espatifando ela no chão. Raquel é gravemente ferida por um dos cacos =_='
No quarto de Raquel e Cat, Grande (ou Tácito, o nome de batismo dele) está ajudando Catarina com as compras enquanto esta lê o bilhete falso que Mário escreveu e pôs na mesa com o nome da Raquel. Mal dá tempo pra companheira alien de quarto de Raquel reclamar quando chega Kevin "Ô turma! A Raquel tá encrencada!! Quem vem comigo ajuda-la?"
Fim da edição 3.

A edição 4 começaria mostrando um tubo de cola. E um pirex, daqueles marrons, com um cotonete dentro. Cacos de vidro são recolhidos, o sangue é limpo. Mário está fazendo algo com a garrafa que quebrou...
Muda cena, enquanto segue Kevin e Grande, Catarina está imaginando uma carta para as primas contando que para ela a OMNI também é estranha....
A última cena escrita fala que Raquel está inteira, em pose de boneca caída, olhos abertos e arregalados.

Depois disso não sei, bem provavelmente Kevin (que também é funcionário da OMNI) põe Mário contra a parede e liberta a amiga, continuando o encadeamento de situações absurdas que é a natureza dessa série X)

Raquel (reboot XD) volta depois que terminar as páginas desenhadas pelo Miguel =p E domingo que vem é Páscoa, então não tem newsletter.
Ah sim, enquanto resgatava o texto da página e o que vinha depois, tirei fotos de coisas não utilizadas em nas histórias e pus no meu instagram:
1) rascunho de uma professora de música que nunca apareceu em lugar algum. "dona Aurora, professora de música. Tocadora de cravo e ex-guitarrista do Iron Maiden".
2) uma página não usada. Tem muitas dessas, por sinal >=)
3) Catarina e Raquel fazendo cosplay x) A idéia foi reutilizada em outro desenho depois, com mais personagens X)
4) Rascunhos de como seriam a Faculdade de Química, a Reitoria, o prédio dos alojamentos e a planta do quarto de Cat e Quel.

E por enquanto só. Para finalizar, obrigado por terem acompanhado esta história até aqui^^



E estes dias fiz outra resenha enorme sobre uma série de livros de fantasia nacional e duas HQs:
1) A Fonte Âmbar, último volume da "trilogia Athelgard" da Ana Lúcia Merege. Também falo dos dois volumes anteriores O Castelo das Águias e A Ilha dos Ossos.
2) Pateta Repórter, uma HQ Disney que boa surpresa (ao menos para mim) feita pelo casal de italianos Teresa Radice e Stefano Turconi.
3) Saga #4, HQ famosa para quem curte HQs, bem escrita e desenhada. Obra de Brian K. Vaughan e Fiona Staples.
Cliquem aqui para ler as resenhas completas :D

Making of:

Raquel (fanzine #3), página 6


Transcrição:

Mário: "...que eu tenho no armário"
Raquel: numa garrafa!! Eu não acredito que estou presa numa garrafa!!
Raquel: ...mas acreditei que passei num vestibular que nunca fiz, numa cidade fora do mapa...
Raquel: meu, era óbvio que tinha algo errado... como pude cair como uma pata nessa?
Raquel: e... e minha companheira de quarto que definitivamente não é desse planeta??
Raquel: por que não fugi gritando desesperada como qualquer pessoa normal?
Raquel: agora estou aqui....


A história até aqui: Raquel é uma universitária normal que passou em universidade nenhuma, exceto na O.M.N.I., que ela não se lembra de ter feito prova para entrar. Curiosa, foi até lá e coisas estranhas começam a acontecer....

Pra quem chegou agora (e desmemoriados em geral): Raquel é uma personagem antiga minha, que teve fanzine, depois rebootei a série quando a moda eram HQs em flash, depois fiz mais dois outros reboots. Pretendo colocar todo esse material no site das tirinhas, mas esse é um trabalho lento e devagarzinho estou 'remasterizando' a arte, colocando letras legíveis e mandando pra vocês antes de todo mundo :)
Quer relembrar o que aconteceu na história até agora? Leia o primeiro capítulo de Raquel, o segundo aqui e o terceiro (mas aviso desde já: é uma história incompleta - e estamos na penúltima página!)


Penúltima página, e a segunda que tive de caçar num caderno velho o texto que ia para ela, decifrar minha letra feia, e fazer caber as falas. Essa página também teve duas dificuldades, até tirei foto e pus no instagram, vejam aqui.
Viram? A primeira é que tinha uma longa coluna à direita escrita "xerox". Acho que era para ter recortado cenas dos capítulos anteriores e fazer uma montagem da personagem recordando o que aconteceu até esse momento. E assim fiz, agora com photoshop porque não sou masoquista x)
A segunda é que o olho direito da Raquel no último quadro estava numa posição errada DEMAIS. Tentei arrumar, não ficou 100%, mas segue a vida.

Falando em segue a vida (que continua em ritmo pesado por causa do trabalho e, pelo jeito, até o começo do segundo semestre será assim. Ao menos vai gerar bastante material pro "trabalhar dá sequelas") sexta retrasada morreu o Bóris, a ovelha de pelúcia que pensava ser um cachorro que vivia comigo e minha família desde antes de vocês nascerem (2002).

Escrevi um texto rápido sobre ele no meu blog, bem aquém da presença dele aqui em casa e da falta que deixou. Cada bicho que passa na vida da gente deixa um monte de histórias, nos faz aprender monte de coisas - respeito, dependência, comunicação, carinho, e não só isso - e mesmo que doa no fim, ou tenhamos de fazer decisões doloridas, vale a pena ter um bicho por perto, cada minuto.

Ah, sim, to falando de animais domésticos. Não seja babaca e não pegue um animal silvestre para criar em casa. E qual a graça de manter passarinho preso? ¬¬'
E lembrem: bicho não é enfeite, é um ser com personalidade e requer um contrato para uma vida toda ò_ó

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