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Meu HD anda cheio e um dos motivos é uma pasta cheia de desenhos velhos que preciso triar para ver se vão para o DeviantArt. Nela, tinham alguns testes de vídeos que fiz com o Bryce, para aprender, para ver como ficavam algumas idéias para história, para gastar tempo e CPU sem necessidade XD

A maioria data de fevereiro à agosto de 2002. "Oa" fiz em 2004 e das joaninhas para frente, são de 2009.

Músicas usadas: PonPon, de Ai Otsuka; um dos Interlude, das Les Suprêmes Dindes (site fora do ar...) e They're Taking The Hobbits To Isengard, meme clássico de Erwin Beekveld.

O que é o que ali:
• No começo são navegações em cima das texturas e relevo de Marte e Vênus.
• Depois tem Júpiter e seus quatro maiores satélites, na proporção real e com animação mal feita...
• Os vídeos planetários são "terraformações" de Marte, Vênus e Lua. Por sinal, é mais fácil achar mapas topográficos decentes dos planetas do que da Lua - ela aparece bem quadriculada em alguns dos vídeos, pode ver. Só muito recentemente consegui alguns que prestam, no site da agência espacial japonesa... Também coloquei em alguns vídeos a "Via Terra", estrutura gigantesca que só existe em minhas histórias ^^
• Se você não sabe o que é Oa, é o planeta sede dos Lanternas Verdes. Se você não sabe o que são os Lanternas Verdes, tudo bem, não tenho preconceitos. O visual do planeta é mais ou menos como ele aparecia nos quadrinhos dos anos 80.
• Fiz um mapa realista da Terra Média (Se você não sabe o que é, pode continuar sendo meu amigo ^^) e fiz um mapa com relevo pra fazer o Bryce ficar passeando em cima :P
[Essas porcarias são curtas, mas demoram horas para serem feitas, ok? :P]
• E no final, uma tentativa de booktrailler do meu livro eternamente em construção. A animação final foi feita em Flash, e assim como a música, tá incompleta =P
• Os modelos das naves achei em VRML por aí há muito tempo atrás =)



Ah, esqueci de adicionar esse stop motion antediluviano, feito em 2001:



(clique pra ver em tamanho maior em outra página e tal)


Depois de fazer algo complicado, decidi fazer um desenho "mais simples", com Klara, em uma cena que não tenho certeza de que vai acontecer no livro ^^
Material: Photoshop e mais tempo do que eu esperava.

"Como todos devem estar sabendo, estou na metade final de escrever uma tentativa de livro (Depois tem a revisão, mas uma coisa de cada vez^^) Enfim, minha história tem aliens, mestiços e outras raças estranhas, e como todos já devem ter visto também, eu gosto de desenha-los também =P

Portanto, mais um desenho de uma personagem (Maria, à direita), da mãe dela, ambas sob a luz da madrugada conversando para o mundo natal da espécie delas. O desenho tem trilhões de defeitos - a começar pelo nariz de Samira - mas decidi "encerrar" o trabalho, senão acabo nunca. Fora que consegui nele o que eu queria: aprender/praticar sombreamento e iluminação, com mais de um foco de luz.
Acho que é a minha primeira arte sem traço de contorno :))

Me falaram que ficou com cara de arte 3D, mas não tem nada de 3D aí... não sei se levo isso como elogio XD

Material: fotoxop básico, Stellarium (um software de planetário: usei para capturar a aparencia do céu em São Paulo, dia 25/02/1989, às 2 da matina. Samira aponta para onde fica 18 Scorpii... ;) ) e um boneco de madeira supostamente espada que teve de vestir uma sainha pra eu tirar fotos e aprender um tico de como a iluminação funciona ^^

P.S.: para provar que eu sou ruim, primeiro fiz o desenho e no meio da colorização percebi que a perspectiva da bu... do sentador das moças estava em planos diferentes. Aí tive de improvisar essa escadaria... -_-
PS2: "Samira" é daqueles nomes provisórios que vão ficando. Como outras cantenianas batizei a-i-a no nome (Camila, Catarina, Maria...), tá complicado achar outros nomes que caiam na regra (que não é obrigatória, é TOC meu)"


Clique para ampliar, por que minha letra é feia mesmo


Baseado em conversa real. Algumas piadas internas, mas eu explico se perguntarem, ou não XD

EngЯish: to read this comic on a language understandable for you, click here XDD

Tirinhas
Mushi de ponta cabeça - parte cinco e meio

Faz tempo que não peço para estamparem rabiscos meus :D Essa leva estreei na Fantasticon, mas acho que deveria ter feito as imagens serem menos quadradas para ocupar melhor o espaço da camiseta ^^" • EngЯish: many times since i put draws I made in a tee ^^This ones I weared in Fantasticon - and learned a lesson: make the pictures less "squared" to use better the clothe's space ^^


A da esquerda é um antigo desenho que fiz para amigas, as outras duas imagens já foram postadas na geladeira aqui e aqui^^ • the left draw I made to friends, yeaaaaars ago. The other ones I made more recently^^

Algumas semanas atrás anunciei que "faço mapas de mundos ficcionais a preços módicos", e agora, orgulhosamente mostro a vocês a minha primeira encomenda: o mapa do continente de Atlântida, segundo o livro nacional de fantasia "Crônicas de Atlântida – O tabuleiro dos deuses", de Antonio Luiz M. C. Costa. ^_^


No alto, a minha versão, em baixo o mapa original feito pelo próprio autor e a capa do seu livro :D


Alguns links:
Crônicas de Atlântida – O tabuleiro dos deuses
Enciclopédia do mundo do livro
Artigo na enciclopédia sobre o continente que mapeei

P.S.: Por sinal, ainda estou devendo ler o livro e resenhar. Fui um dos "leitores betas" dele e já divulguei o lançamento aqui. ^^

Enquanto enrolo pra fazer a parte seis, decidi quadrinizar como foi minha viagem ao Japão, segundo amiga americana do SL^^


Clique para ampliar


Em tempo: as fotos usadas foram tiradas por mim lá e a fonte usada no texto é baseada em minha caligrafia :)

EngЯish: this comic on a language understandable for you, click here XDD

Japão 2011
sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagemMushi de ponta cabeça - parte zeroMushi de ponta cabeça - parte umMushi de ponta cabeça - parte doisMushi de ponta cabeça - parte trêsMushi de ponta cabeça - parte quatroMushi de ponta cabeça - parte cinco

Minha mãe tem um deviantart, e o lerdão aqui demora para atualizar lá, mas já to colocando a casa em ordem =p


Se quiserem ver o detalhe, o link é aqui


Visitem: http://marissel.deviantart.com/

Você, escritor de Fantasia ou Ficção, autor ou mestre de RPG, tem um mundo ficcional detalhado, mas seus mapas parecem ter sido feitos por um orc bêbado no escuro?
Quer dar a sua platéia uma noção exata da geografia de seu continente, planeta, país ou vila? Ou um toque de realismo visual ao plano de fundo de sua história... mas não tem coordenação motora para sequer fazer um quadrado no Paint?

Todo autor sabe que muitos leitores e fãs gostam de ver "onde estão" na história e que "saber onde está" também ajuda muito na composição da própria história! Então, depois de anos fazendo mapas de meus mundos e de amigos por diversão, treino e sandice, decidi abrir o serviço de fazer mapas ficcionais para pessoas como você, que jura de pé juntos que aquele garrancho abstrato feito à bic em papel de pão é a capital de um Império e quer demonstrar isso melhor!

Qual o preço? Mais barato do que imagina (espero que você seja bem criativo pra cima...), mas o valor variará pela quantidade de tempo que gastarei fazendo, detalhes e tamanho do mapa^^
Está inseguro em colocar seu mundo em minhas mãos por se achar chato e detalhista, muito acima da média, na sua construção de mundo? Não se preocupe, eu sou mais >=)

Abaixo, alguns exemplos do meu trabalho, clique nas imagens para vê-las no Deviantart, e lá escolha a opção "download image" (no canto superior direito) para vê-las em resolução máxima ^^




Esse não conta como exemplo, é um pixelmap para um projeto de jogo que não saiu da idéia XD



Uma versão mais realista do mapa usado no jogo "War" (ou "Risk"). As bordas, o chão e as peças foram geradas digitalmente ^^



A Terra Média, da série de livros (e filmes) O Senhor dos Anéis num estilo "google earth". Usei o Atlas da Terra Média como referência, muito tempo atrás. Há algumas falhas visíveis na ampliação, mas foi um dos meus primeiros trabalhos X)



A cidade de Atlântis, capital de Atlântida, segundo o livro “Crônicas de Atlântida”, de Antonio Luiz M. C. Costa. Também no estilo "google earth", fiquei devendo algumas correções, mas ele assim mesmo usou a imagem no wiki oficial do livro :D



Um trabalho mais 'normal' em outro livro nacional: refiz o mapa de Kether, continente de Além da Terra do Gelo, de Victor Maduro. Na imagem ampliada dá para comparar a versão original à direita com meu "remake" à esquerda.



Por último, um dos mundos de minhas próprias histórias: fiz a textura de Cante para usar no Celestia (um programa de astronomia em 3D, onde você passeia pelo universo conhecido - e que aceita plugins com mundos imaginários e mais), com direito a maps de nuvens e de relevo para fazer as sombras aparecerem corretamente enquanto o mundo gira em torno do próprio eixo.




Sim, eu sei que é serviço com mercado de uns quatro clientes no mundo, mas deixem me divertir com o que sei fazer x)

To um tanto preguiçoso para o blog e tudo o mais, mas para compensar, fiz um desenhozinho até:


Clique e tal para ver em tamanho maior no meu Deviantart ^^


Para quem não conhece, Catarina e Raquel são personagens antigas minhas, e a história com elas tem umas quatro versões por aí: o fanzine original, a em flash (mais famosa e a que foi mais longe), a primeira tentativa no mushicomics e a segunda tentativa (que Um Dia retomo). Klara e Carlos são os personagens centrais do "wannabe" (minha tentativa de livro).

Curioso que MUITO tempo atrás fiz um desenho com o "cosplay" de Cat e Quel, mas nunca terminei, aí semana passada rabisquei Klara sonada e de pikachu... :)

Como vocês viram, mesmo com filas, esperas (40 minutos o elevador pro pavimento especial, por exemplo) e até enrolando um tantinho (tomando sorvete e descendo a pé os 600 degraus), visitar a Torre de Tóquio (ah, descemos na estação Hamamatsuchō para chegar lá) não gasta tanto tempo assim, ainda sobrava quase a tarde inteira. Para onde vamos?


Morando lá desde antes da virada do milênio, meu amigo me puxou para um templo lá, enorme, muito lindo e que semanas depois (isso é, hoje), provou que sou uma besta: segundo o guia que levei ao Japão mas deixei no hotel (esqueci na pressa por vergonha das tiazinhas da limpeza, acho), e segundo a Wikipédia também, o Sensō-ji é o templo mais antigo de Tóquio, "o mais sagrado e o mais espetacular". -_-'

Isso que dá fazer turismo sem ter feito a lição de casa antes: não sabia o que estava vendo e nem o que ver me faria aproveitar o passeio melhor. Ok, eu estava com meu amigo que conheço desde a era dos dinossauros tempos de colégio, mas moradores são péssimos guias turísticos e em muitos casos aproveitam as visitas de longe para conhecer o que deveriam ter conhecido faz tempo... (não sei se é o caso do meu amigo, mas como ele vai ler esse texto mesmo...)(ele já disse que não é guia turístico...)


Mapinha da região: à esquerda o primeiro portão (Kaminarimon), a Nakamise-dori (仲見世通り)("dori" é "rua") que tem trocentas lojinhas e no final dela o portão maior (Hōzōmon). À direita dá pra ver o templo Sensō-ji. Praticamente só andamos dos portões até o templo, mas toda a área demarcada tem templos e construções interessantes - segundo os guias...


O Senso-ji fica em Asakusa (sim, o bairro que tinha visitado rapidamente à noite e que dizem ter escola de samba. Descemos na estação Asakusa mesmo) e é impressionante mesmo para um paraquedista como eu: começa com um senhor portãozão e seus guardiões:


O Kaminarimon (雷門, "portão do trovão") visto da rua. Nele tem dois guardiões de um lado...




...e outros dois guardiões do outro. São biítos, parecem o público que atendo no banco :PPP (Estas telas enchem o saco pra tirar fotos =_=')

Depois a Nakamise-dori e sua infinidade de lojinhas (e gente):




À direita, indo para o templo, dá para ver a Tokyo Sky Tree, com obras a todo vapor

Terminando no outro portão ainda maior:


O Hōzōmon (宝蔵門, "Portão da casa do tesouro") visto da Nakamise-dori


Mais perto, para terem uma idéia melhor de tamanho :P






O Hōzōmon visto do pátio do templo. Ele também tem guardiões, mas as fotos ficaram ruins demais por causa das telas de proteção...


E finalmente chegamos no pátio com o templo principal, o queimador de incenso, omikuji e outras construções menores:




Incenso (cof, cof)

Por recomendação do meu amigo, evitei tirar fotos no interior do templo (afinal, é um lugar sagrado), fiquei olhando a tudo e a todos, tentei não atrapalhar a fé alheia, nem participar (por exemplo, se benzer da fumaça do incenso, as pessoas costumam puxar com as mãos para cima delas), já que não é a minha fé e não é uma brincadeira para quem leva a sério (tipo, para praticamente todo mundo em torno de mim...).


Mas aceitei gastar hyakuen (isso é, cem ienes ~> hyaku (百) = 100, en (円) = iene (sei lá por quê "en" virou "yen", "iene" etc no Ocidente)) no omikuji e tirar a minha sorte: paga a moeda, chacoalha um tubo cheio de varetas, tira uma vareta, confere o número marcado nela e pega o papelzinho com o número, indicando sua sorte^^


À direita, a barraquinha de omikuji, e mais a direita ainda, o "varal" onde as pessoas amarram a má sorte tirada

No meu caso, peguei a Melhor Fortuna e tal (mas não tão boa assim, já que pedia para ter cuidado em viagens - a minha ao Japão conta?), mas acho que não valeu: fiz o sorteio faltando uma das varetas (meu amigo tinha acabado de fazer a leitura dele), então...


Pode ler, eu deixo :P


WTF sobre casamento?! XD

Bom, se você não gosta do resultado, é bom amarra-lo (o que me lembra o "tá amarrado" de alguns evangélicos...) ali perto pra cortar o efeito, como meu amigo fez em seguida ^^



Parênteses: tem suásticas em vários cantos (na foto: em cima e na lanterna do Hōzōmon. E nos incensos), que é um símbolo budista (e de várias religiões) antes de ser adotada pelos nazistas. Até a pouco tempo eu achava que a suástica nazi (卐) oposta à forma usada nas religiões orientais (卍), mas parece que ambas as formas são usadas pelos religiosos.
Por sinal, o ideograma 卍 ("manji") é usado para marcar templos e santuários em mapas japoneses)



O pátio e o Hōzōmon, vistos da entrada do templo


Findas as fotos, voltamos pra Nakamise-dori e fiz as compras: um desses manekineko foi para minha irmã...


...e uma das corujinhas para minha mãe. Fiquei bem tentado em levar a família toda à direita, mas fui mais modesto :)


Para encerrar, foto de um dos mais belos monumentos japoneses: a estátua de sei lá o quê as pernas das japonesas



Ah, saindo do templo, à leste, depois do rio Sumida (XD) fica a estranhíssima sede da cervejaria Asahi, também conhecida (segundo a wikipédia inglesa e a japonesa!) como "prédio do cocô" e "trôço de ouro" XDDDDD


Tabela de equivalência das moedas brasileiras frente às japonesas, já que gastei um tempão fazendo várias moedas que não usei no post anterior u_u

R$


Japão 2011
sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagemMushi de ponta cabeça - parte zeroMushi de ponta cabeça - parte umMushi de ponta cabeça - parte doisMushi de ponta cabeça - parte trêsMushi de ponta cabeça - parte quatro

Minha mãe tem um deviantart, e o lerdão aqui demora para atualizar lá, mas já to colocando a casa em ordem =p

Visitem: http://marissel.deviantart.com/

Minha mãe tem um deviantart, e o lerdão aqui demora para atualizar lá, mas já to colocando a casa em ordem =p

Visitem: http://marissel.deviantart.com/

...nos posts sobre a viagem: uma das coisas que sempre estou adiando "para as férias", era pegar meu acervo de tralhas, separar o que quero comigo, e do que não quero, jogar fora o lixo, doar para parentes e bibliotecas a parte "útil" e vender as raridades.
Como isso demanda tempo, dias, não dá para fazer nos meses normais do ano: meu quarto está intransitável, estou atravessando nuvens de poeira e não toquei em metade que tem de ser triado. E o que já foi está espalhado em montes pelo chão do quarto e do corredor, talvez tome o banheiro...
Assim, vou tentar blogar o mais rápido possível - a memória da gente é algo fugaz - mas também vou tentar arrumar o caos instalado o mais rápido possível - antes que marissel tenha um treco com tanta bagunça...

...ou que os gatos decidam brincar com ela.

A vantagem de ter estourado o pé tantas vezes é ter conseguido o contato de taxistas nas idas e voltas para consultas, trocas de gesso e fisioterapia. Assim, pegamos um da lista e fui pra Guarulhos.

(se já estava gastando horrores desde que inventei essa história, não ia pegar um mercede com motorista e cobrador pra chegar lá, né?)(fora que é um aeroporto tão fora de mão que quase se necessita de avião para chegar...)

(comentaram no outro texto que uso muitos parênteses) (isso é verdade) ()

Cheguei lá trocentas horas antes, como recomendado, passei pelo check in (para certificarem quantas malas o mala aqui tava levando), depois pela fila de checagem do passaporte (que está em reformas para ampliação e onde ouvi pérolas tipo "que vergonha, parece uma Venezuela" e "mas viu que vai melhorar, vão privatizar!". Eu tinha entrado numa filial do PiG e não sabia!! =_=)
Depois passamos por mais uma fila, da segurança, onde tenho de colocar bagagem e tudo de metal na esteira pra ser checado pelo raios-x (não sabia que os computadores tem de ser colocados numa bandeija a parte) e eu passei por um detector de metal. Se alguém me lembrar que uma modalidade disso tem no meu trabalho, leva ¬¬'. To de férias!


Pobre que é pobre tem de tirar foto de avião quando embarca o/

Esqueci de comentar no post anterior: quando eu comprei as passagens em fins de janeiro, eu sairia do Brasil 27 à tarde, chegaria em Londres dia 28 depois do sol raiar, ficaria uma horinha lá e chegaria em Tóquio antes das 5 da matina do dia 29, no aeroporto de Haneda. Na volta, eu sairia dia 8 pouco depois do sol nascer, chegaria na manhã de Londres (fusos horários e a mágica de transformar um vôo de 10 horas em três), ficaria ONZE horas na cidade e chegaria dia 9 de madrugada em Sampa.

Quer dizer, dava mais que tempo para dar um pulinho na terra da Rainha na volta, né? Animado, contatei a @menciclopedia para conhecer a cidade na parada de volta pro Brasil.

Só que... fim de março, a British Airways decidiu mudar algumas coisinhas: na ida, em vez de ir pra Tóquio direto, eu daria antes uma paradinha de uma hora em Seul. Imagino que houvera muitos cancelamentos por causa do terremoto e colocar mais uns perdidos em terras sul-coreanas no bonde ajudaria a diminuir o preju. E também seria a única vez que eu colocaria os pés na Eurásia, já que tanto a terra do Imperador quanto a da Rainha são um punhado de ilhas.
Mas nem dez dias depois, mudaram de idéia e minha passagem na terra da Pucca foi cancelada. E mais dez dias depois mudaram tudo novamente outra vez: na ida eu ficaria SEIS horas em vez de uma em Londres e chegaria em Tóquio no aeroporto de Narita, mas dessa vez em um horário de gente, depois das nove da manhã. Mas na volta é que houveram mais estragos nos meus planos: o aeroporto também trocou pra Narita, sairia quase onze da matina de lá, chegaria as três da tarde em londres, ficando lá CINCO horas em vez do montão de horas que eu tinha antes :/ Considerando tempo gasto na burocracia para sair do aeroporto, no transporte de ida e volta para cidade e que eu tenho de estar poucas horas antes do vôo no aeroporto, os planos de passeio ficaram seriamente balançados. Vou te contar, a BA parece uma empresa aérea venezuelana, espero que privatizem logo* para melhorar.

Pra terminar, eu continuava chegando por aqui às cinco e tralalá da madrugada. Meh.


A primeira parte da ida foi tranquila: peguei corredor, conversei com brasileira que estava indo visitar Londres e a comida brincou de ir para meu colo. Descobri que tinha um mapinha no vôo que dizia onde estávamos (o trajeto foi ligeiramente diferente do que marquei no globo, óbvio) e fiquei brincando de checar altitude (11km!), posição e a temperatura lá fora (40 a 60 graus negativos...) quase todo o tempo em que fiquei acordado 8D


Chegando no chão, depois de várias voltas até autorizarem o avião pousar - já que tudo estava cheio por causa do casamento real - comecei a prestar atenção, qua a coisa é séria e eu não tinha mais a muleta da língua portuguesa: mushi, lê as instruções no avião, abre os ouvidos, segue placa, segue gente, sorria, não faça brincadeiras sem graça por que esse povo não é pago para rir delas. Mas até que me saí bem seguindo a manada: mostra passaporte, passo sem problemas, vai na maquininha de raios-x, tira computador, coloca na bandeija, tira mochila das costas, coloca na bandeija, coloca chaves e moedas na bandeija, passa por baixo do sensor.
- Passport, sir?
- Hm?
- Passport.
Ops. Deixei o passaporte em cima da mochila, que caminhava via esteira para debaixo dos raios-x.
Estiquei o braço apontando e fiz a minha melhor cara de "tá ali, foi mal".
- ...ah... ok... -_-'
Além da cidade, aposto que o saco dos funcionários do aeroporto também estava cheio com os turistas.






Falei que Heathrow é enorme e tem até um trenzinho levando os passageiros entre as seções? O saguão de espera é gigantesco, com trocentas lojas e preços inflados (em libras!). Depois de dar mil voltas, decidi trocar alguns dólares comprados em priscas eras pela moeda local e comer, já que eu teria um chá de cadeira imenso. Fiz um lanchinho básico, enrolei, andei, fiquei vendo a BBC falando de um assunto só nos telões, etc.


Comendo e twittando. E meu primeiro lanche internacional!
(falei que nessa terra eles colocam abacate em sanduíche? o.O)


Cueca com mapa do metrô londrino. Depois quem é brega mesmo?

Uma coisa que achei legal foi ver os funcionários de origem hindu e muçulmana com o traje do aeroporto modificado para suas crenças: quando fui pegar o avião para o Japão, quem nos levou até o aeroplano foi um senhor hindu de uns cinquenta anos, de turbante e barba branca bem arqueada ouvindo música da terrinha no ônibus :D


Como suspeitei, o vôo para o Japão foi quase vazio (praticamente ninguém nas poltronas do meio), tanto que fomos levados de onibusinho para ele. Do meu lado, só um japonês e muito sono na cabeça, já que viraríamos a noite no ar.

(Claro que ninguém consegue dormir as 10 horas inteiras de cada etapa e fiquei tirando fotos da janelinha e checando o tal mapa: curiosamente, cruzamos a Dinamarca, mas houve um desvio para não passar por sobre a China)

Antes de chegarmos em terra, a tripulação nos torturou com o horrível café inglês de bordo (agora sei por que preferem chá) e com o igualmente ruim café da manhã inglês de bordo (horrível e gorduroso... salsicha defumada, um omelete alien e cogumelos, coé??), e também distribuiram o formulário da alfândega japonesa mais a ficha de desembarque para preenchermos**.

Quer fazer amigos estrangeiros? Leve caneta e aguarde o momento para sair emprestando. Fica a dica X)


Enfim, Japão. Cruzei o país de oeste a leste...


...o que me permitiu ver neve pela primeira vez na vida, mesmo que a onze mil metros de altura XD Eu poderia ter visto na Sibéria, mas era noite e eu estava dormindo de qualquer forma :P

Pousamos. Sabe a ficha de desembarque? Ela tem interessantes questões no estilo "sim ou não": "Você já foi deportado do Japão ou teve entrada negada anteriormente?", "foi considerado culpado em processo criminal no Japão ou em outro país?", "você está carregando narcóticos, maconha, ópio, estimulantes ou outras dorgas, espadas, explosivos etc?"... fiquei pensando quem é que seria bobo de colocar "sim" em qualquer uma pergunta dessas, até que na primeira fila pra checagem de visto, vi um casal de franceses (ou belgas) perdidos que estavam quase colocando um X em todos os quadradinhos com "はい/yes" o.o' Ajudei os dois a preencher corretamente, a pedido de funcionária japonesa (desesperadamente educada com tanta gente para só ela administrar). Tem enganos que são legais acontecer apenas em filmes X)


Acredito que isto seja sério, né?

Minha vez de ser atendido. Funcionária japonesa. Meu conhecimento de nihongo está tão íntegro quanto a usina de Fukushima. O meu de inglês parece Three Mile Island. Ela faz perguntas numa língua, depois na outra com sotaque. Ela quer saber quanto tempo vou ficar, quando vou embora, etc, estas coisas. Pego papel e caneta, meu inglês escrito é MUITO melhor que o meu falado (mas minha caligrafia... -_-') Tento me explicar, começo a sacar papeis e papeis de reserva de vôos, hotel etc da bagagem. Ela me libera com cara de quem diz "vaza"! XD


Nota rápida sobre os dois idiomas: japonês é uma língua extremamente silábica com verbo no fim da frase e relativamente poucos sons; inglês é uma coleção de onomatopéias e grunhidos com verbo no meio.
Então, imagine as dificuldades de um falante de uma língua tão certinha tentando falar naquele espasmo vocal que é nossa língua franca: daí que japoneses tendem a serem péssimos falantes de inglês! O único ponto de concordância é que em ambas as línguas você escreve de um jeito e fala de outro...


Vazei e fui para o moço do raio-x. Mais perguntas, mais caneta e papel e mais uma vez fui dispensado logo. Acho que aprendi uma técnica ninja.

Por fim, peguei a mala que já me esperava nas esteiras e saí, onde meu amigo esperava o mala que chegava do Brasil :)

Japão 2011
sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagemMushi de ponta cabeça - parte zero

Notas:
* a British Airways é uma empresa privada desde 1987
** quem quiser ver os bichos documentos a serem preenchidos antes de entrar no Japão, aqui estão eles em detalhe: alfândega frente, alfândega verso, desembarque frente, desembarque verso.

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