Results matching “kindle”

(essa série podia se chamar "mushi na perpendicular", não? XD)


Assim como ano passado, iniciei estudar a língua local, "preparação de viagem", mas no fim só gastei dinheiro em um livro básico que mal foi aberto :P
Mas ao contrário de 2011, fiquei quieto no blog e twitter sobre meus planos: eu queria mesmo fazer uma surpresa tipo "olha, agora to twittando no Japão \o/" no ano passado (sim, sou besta, mas qual a graça de se gastar em diversão e ser sério?), mas as circunstâncias (a.k.a. Preocupação e Indecisão) não deixaram.
Desta vez, só dei indicações aqui e ali de que ia viajar. Na véspera, aproveite o gancho de que "queriam me matar", disse no twitter que estava fugindo para a Bahia, programei twitts engraçadinhos e terminaria com uma foto de qualquer coisa escrita no aeroporto de Berlim com a mensagem "acho que não estou em Salvador".
Acabei não tirando a tal foto a tempo, ninguém ligou pras minhas besteiras sem graça no twitter e to adiantando a história. Rebobinando...


Enfim, chegou o dia: mala arrumada na última hora (com sobrinhos em torno), fichário novo (mal encapado, feito na última meia-hora), barba feita para não ser confundido com terrorista, twitts programados (mesmo não sabendo o que seria da minha viagem depois de Madri), peguei taxi na penúltima hora, mas mesmo com trânsito, cheguei bem a tempo de todas as burocracias e frufrus exigidos para se pegar um avião como manda o figurino.


Nem precisava de tanto, o vôo atrasou mais de uma hora para sair mesmo...

Para quem viajou de Britsh Airways, ir de Iberia é um downgrade: em cada trajeto da empresa britânica, haviam funcionários falando inglês e funcionários falando a língua local (São Paulo-Londres: português, Londres-Tóquio: japonês, etc), na Iberia era espanhol ou inglês, só. E senti falta da mordomia das televisões em todas as cadeiras em todos os vôos do ano anterior.
Enfim, paguei a passagem mais barata possível, com direito à altas emoções perto do fim, não tinha do que reclamar :P x)

(mas não vou negar, peguei um povo legal em torno, excursão de senhores e senhoras para Europa e Terra Santa, daqueles para puxar papo quando as luzes estavam acesas)


Dez horas depois, cheguei em Madri. O pouso não foi grandes coisas, mas o povo bateu palmas quando chegamos ao chão. Ou algo grave aconteceu e eu não estava sabendo, o que é bem provável.

(pra piorar, a Iberia tem o hábito de tocar musica clássica na hora dos pousos, uma iniciativa legal, mas podiam selecionar a trilha sonora, algumas das obras tocadas seriam colocadas fácil em cenas de "desastre imininente" em qualquer blockbuster cinematográfico)

O aeroporto de Barajas parece ser tão grande quanto Heathrow, com direito a trenzinho interno e tudo o mais. Mas eu estava tenso demais para curtir o local. Minto, eu estava mais tenso que o normal, mas menos do que muita gente que eu conheço estaria :P Já tinha me preparado psicologicamente para contar pros parentes, amigos e twitter a fantástica saga do meu retorno ao Brasil, expulso da Europa, a minha dramática passagem por um corredor polonês feito por soldados espanhóis, et caetera.
Pela primeira vez na vida, pisei na Eurásia Eurafrásia(Inglaterra e Japão estão ilhas, lembram? Quase parei na Coréia do Sul da outra vez, aí eu teria pisado na maior massa de terra da... Terra) e corria o risco de logo estar fora dali: depois de alguns corredores, encontrei a imigração. Sem soldados (ainda XD ...?), apenas um funcionário fazendo seu serviço, novo, meio incisivo, questionava se eu sabia dos documentos necessários para poder entrar na União Européia (ele disse praticamente isso). Falei que estava com tudo, menos a carta convite da minha amiga (até hoje espero ela na caixa de correio...), mostrei a versão impressa do scan, mas ele queria a carta O•FI•CI•AL (capslock na voz dele), ele reperguntou que documentos eu tinha, quanto dinheiro eu levava, insistia na carta, sempre em tom incisivo. Por fim, carimbou o passaporte e me liberou:
- Da proxima vez, non passa!


twittei essa imagem dias depois, mas escrevi a fala errado :P

Alívio e indignação. "Da próxima vez", é? ¬¬ Não engoli essa. Ainda.
Até agora não me decidi se eu fui liberado por que ele foi gente boa comigo ou se ele estava bravo por não querer me liberar mas as regras ou alguma instrução estava a meu favor :P Burro seria se eu puxasse assunto ali, fui embora antes que mudassem de idéia.


a tradicional foto de comida no primeiro aeroporto

E tive de esperar cinco horas até a saída do vôo para Berlim... nesse meio tempo fiquei caçando tomadas para recarregar o kindle (meu contato com o mundo), comi, dei uma volta no aeroporto... e Heathrow era melhor: concentrava o povo num canto, em torno tinha praticamente um shopping center XD Práticíssimo para matar o tempo e o salário. Barajas fez isso errado: é um enorme corredor onde ficam as cadeiras/embarques de um lado, lojas do outro. Não anima visitar as lojas desse jeito.




Barajas: se alguém faz a Espanha ser menos animada que a Inglaterra, alguém fez algo terrivelmente errado por ali

(Também achei um hondurenho morrendo de fome querendo trocar dolares por euros para comer, mas não havia casa de câmbio aberta por lá :|)


Quase 1900km, mais ou menos a distancia entre São Paulo e Maceió

O vôo para Berlin foi num avião bem menor, com novo atraso, sem refeição, sem cadeiras reclináveis e sem funcionários falando alemão - só espanhol e inglês - apesar de boa parte dos passageiros serem alemães. Lembrei que prometi para mim mesmo evitar piadas sobre nazistas até sair da Europa, mesmo no twitter. Vai que me deportassem :Þ


Alpes!


Chão!!

Um cochilo e chegamos no aeroporto de Tegel e... o compartimento de bagagens não quer abrir :P Provavelmente os funcionários da imigração espanhola deveriam estar lá dentro do container gritando "daqui non passa!!" para alguma bagagem brasileira desafortunada =P
Mais espera até as duas malas do mala aqui aparecerem na esteira, as pego ("eram elas mesmo? nunca tenho certeza..." <- e olha que elas tem enfeites para se destacarem na multidão) e na saída, dois guardas me param. Não lembro se me perguntaram algo, mas olham o passaporte, pegam lupa, reolham, olham pra minha cara... tô liberado. #ufa

(imaginem se eu tivesse levado meu chaveiro :P)


"Acho que não estou em Salvador..."

Antes de sair, tem mais funcionário perto da porta. Faço sinal se preciso passar por ele também? Num inglês com forte sotaque de padre de piada (e fácil o suficiente pro meu conhecimento rudimentar da língua entender) ele me pergunta "você trouxe cigarros?" Não. "bebidas?". Não. "CACHAÇA?!?". Não XD. "Pode passar! :)"

E passei, era começo da noite, encontrei meus amigos e estava eu em uma cidade que não conhecia ainda^^


(e nem fiquei olhando no Google Maps para ver como era por que é spoiler)

Europa 2012
Mushi na Europa - antes de tudo (I)Mushi na Europa - antes de tudo (II) e dali eu passei X)
Japão 2011
sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagemMushi de ponta cabeça - parte zeroMushi de ponta cabeça - parte umMushi de ponta cabeça - parte doisMushi de ponta cabeça - parte trêsMushi de ponta cabeça - parte quatroMushi de ponta cabeça - parte cincoMushi de ponta cabeça - parte cinco e meioSobre namorar japonesas no Japão...

Muitos, muitos, muiNtos anos atrás (tipo, mais anos do que você tem dedos) eu fiz uma oficina de quadrinhos no colégio, coisa de dois dias. Conheci gente, saí um tanto da toca onde ainda estou e me apresentaram esse texto do (já na aquela época) mais do que incensado Alan Moore, eu que ele dá dicas de fazer fantoches de cobra e falar com elas.

(ah, não quis digitar o óbvio não)

Enfim, é daqueles textos que me gritaram "seu burro, quer ecrever? Tá fazendo tudo errado!" e mesmo discordando de alguns pontos, acho leitura essencial (e não só esse texto!) para quem se aventura a contar uma história. Principalmente em quadrinhos, mas não só.

Anos atrás, eu e um amigo pegamos a cópia surrada que tínhamos do artigo (xerox de uma versão impressa em impressora matricial), digitamos (mais ele que eu), cacei as imagens citadas, formatei em HTML e pus num diretório discreto aqui do site:

parte 1parte 2parte 3

A texto foi digitado de acordo com a tradução que peguei e COM os comentários do tradutor, que não sei quem é. Seria legal ter os créditos do texto, que por sinal, tem várias versões (até melhores) em português internet a fora, mas acho que mais uma cópia na rede não faz mal para ninguém^^ atualização 30/03/18: segundo o J. M. Trevisan, o tradutor é Fernando Aoki =)

Para encerrar, para os usuários de kindle, formatei o texto para o dispositivo, o arquivo está aqui^^


Em tempo, se houver algum problema com direito autoral do texto (ou da tradução), me avisem que retiro tudo do ar!!. (mas seria legal que não, já temos roteiros demais no nível liefeldianos por aqui...)

E existe uma versão (revista e ampliada?) do texto em forma de livro na Amazon (link)


E se alguém soube onde acho uma cópia do doujinshi onde Alan Moore é uma colegial (obra desse maluco japonês aqui), por favor, compatilhem a informação^^

Depois de pouco mais de um ano desde o segundo beta, reinseri partes colocadas e escrevi bem mais partes novas (tanto que o beta 2 tinha 65 páginas de word, agora tem 160 o.o!) na minha tentativa de livro^^
Como das outras vezes, dei uma revisada, dei uma caprichadinha na apresentação (em formatos doc, pdf e mobi) e queria opiniões sobre o que estou escrevendo para ver se estou no caminho certo (a história está mais ou menos nos seus 50% agora)

(Antes eu me tocar do que estou errado logo no começo do que criar um sonífero potente em forma de tijolo ^^)

E aí, quer arriscar? XD

PS: a ilustração do post é a capa do pdf e do mobi, com duas das personagens secundárias: Agnes e Maria. Pra variar, não fiquei contetente com nenhuma das capas dos betas -_-


Aos frequentadores do mushicomics e do blog ao cubo: nas últimas semanas parei com tudo o que estava fazendo para correr com a revisão desse beta - estava trabalhando nisso desde setembro e o serviço não acabava!
Só terminei ontem (além de estourar meu saco cinco vezes revisando o texto e encontrando erros toda hora, gastei ontem o dia inteiro tentando montar um .mobi (formato do kindle e outros e-readers) decente)(e adivinhem, achei erros no texto durante a formatação...)(apertei o botão de foda-se e nenvi, tá?), então nesta semana ou na outra decido como colocar o (muito) que está parado em dia.

Mas, o mushicomics provavelmente só volta ao normal depois da minha viagem de férias.^^

Ontem, durante o almoço senzalal, estava eu fazendo a tradicional checada no twitter (via kindle, por que eu sou chique, bem) quando quase me engasgo c'a marmita ao ler um twitt da Mary Cagnin falando que Vidas Imperfeitas será publicada nos Estados Unidos 0.0

[(ok, a Mary falou que foi pega de surpresa com a notícia da publicação, e eu fiquei mais ainda por que ela não me falou que estava traduzindo ¬¬) + (sim, ela comentou no blog dela dias atrás, mas a moça atualiza a página menos que eu, então raramente visito) + (e se você for me falar em usar google reader e afins, faizevudê e não me enche o saco - gosto de visitar sites, não de receber uma enxurrada de atualizações passivamente)] = um monte de comentários entre parênteses e colchetes.

Enfim, mais uma autora talentosa do mushicomics subindo na vida, por mérito, talento e esforço próprio!! :)


in english!




Falando em autor ingrato que não me conta nada, fui xeretar o blog do Yuri Landim e lá descubro que Pirates! está sendo publicado em coreano.

...em
...co•re•a•no!!! o.o


se quiser ler em letras esquisitas, clica na imagem acima :P


E ele não me conta nada, só descobri o chifre com a criança feita... Por sinal, o Yuri é um recluso que só me manda mensagens por e-mail a cada dez anos e bem raramente por mensagens diretas do twitter ¬¬'



Por sinal, já cutuquei alguns editores que tenho algum contato para ver as histórias que tem no site, apontando as que considero acima da média e com autores que não sejam xiliquentos- os acima são exemplos. Mas... né?



Falando em histórias que cresceram, é sempre legal lembrar de Dinamite e Raio Laser, que foi publicado no mushicomics até conseguir seu espaço em um grande portal =)

Antes de tudo: como tenho amigos estrangeiros, o blog vai ser kinda bilíngue daqui pra frente, dependendo do meu humor e preguiça (por exemplo, esse post é grande, então não vou traduzir :P). Como é público e notório, meu inglês é R•U•I•M, aceito correções, mas não levem essa tarefa muito a sério, ok? :P

Fim do ano passado, surtei de pedir passaporte: fiz e paguei a requisição no site da Polícia Federal, algumas semanas depois fui em um posto entregar a documentação, recolher as digitais, etc. Em duas semanas o teria em mãos :D Aí, entre uma data e outra, torci o pé e do dia de ir buscar, decidi ir mancando mesmo, debaixo de chuva (isso é, tava caindo um dilúvio aquele dia e a besta aqui impossibilitada de correr, mas teimando em não levar guarda-chuva) pegar o dito cujo.
Mas, só depois de semanas de ter tirado, decidi o que fazer com ele...


Bom, um dos meus critérios pra viajar é ter gente para conhecer do lado de lá. Foi assim quando fui pra Recife e pra Brasília, foi assim quando fui pra FIQ em Belo Horizonte e também nas inúmeras vezes que visitei o Carioquistão. Tenho amigos nos EUA, mas por motivos técnicos resolvidos só recentemente, eu estava impossibilitado de vê-los (#lalala). Mas no Japão tenho um amigo de colégio morando lá desde o século passado, e um punhado de anos atrás ele deu as caras por aqui a serviço, por que não ir lá?

("por que não?" é a pergunta que mais me fez fazer coisas esquisitas de que não me arrependo ^^)

Conversei com ele, beleza. Meus plano de mushi envolviam eu ficar na casa dele e economizar uma fortuna em hotel =P Mas isso furou por que a mãe dele não estava bem (e deu alguns sustos na gente no começo do ano) e estava morando com ele, pçortanto eu não caberia lá. Ok, vamos ao plano B: hotel. E comprar passagens, comofas/
Aí, comentei meus planos de viagem para a @Apocrypha, que falou que amiga dela trabalhava numa agência de viagens, e me passou o contato :) Sei lá, eu tinha receio de agência de viagens, o Adilson tinha até me indicado algumas usadas pela colônia aqui - mas eu imaginava burocracia, engessamento de roteiros, além da minha fobia crônica em entrar em lojas e perguntar =_= - mas no fim das contas foi o melhor que fiz: eu não tenho tempo e skill para organizar todos os detalhes da viagem, eles tem. Mesmo pagando um tanto a mais (e acho que paguei a menos, agências costumam ter descontos em passagens e tal por fazerem compras grandes), o que eu economizei em aspirinas e tempo é priceless X)


Ok, contatei a Patrícia e por trocentos emails com ela (e com alguns repassados para o Adilson), fomos acertando os detalhes: ficaria 10 dias lá, sem um roteiro fixo para seguir - meu plano sempre foi ter uma "base" em Tóquio e de lá decidir pronde ir. Como o consulado japonês EXIGE que você já tenha pago avião e hotel para depois pedir o visto, a aventura já começa dando as primeiras facadas épicas no orçamento XD
Também consegui marcar as minhas férias para o fim de abril, concidindo minha chegada no Japão com a Golden Week, uma série de feriados emendados lá, praticamente uma "semana do saco cheio" nacional x) Isso daria alguma liberdade para meu amigo me ajudar por lá, mas também seria outro motivo para eu reservar hotél o mais rápido possível.

Como meu RG decidiu estragar, decidi tirar um novo antes de mandar a documentação pro visto, e depois enviei tudo (original e xerox de trocentas coisas) pelo correio. Aí, soube que, por orientação do despachante da agência de viagens, eles aguardariam algumas semanas para fazer a solicitação: como o visto japonês tem validade de só três meses, era melhor pedir um pouco mais em cima da hora para ele não vencer antes mesmo de eu começar a viagem o.o'

Nesse meio tempo, também decidi desenferrujar meu conhecimento tênue de nihongo pelo Livemocha - eu pegaria mais firme nos estudos em abril - e também decidi que ficaria quieto sobre meus planos de viagem no twitter e blog, seria legal fazer uma surpresa para todos né? "oi, adivinhem onde eu tô agora? XD"


Então que a natureza decidiu me trollar e tornar minhas férias épicas antes mesmo de embarcar: no níver de um ano de Milla, houve o terremoto no Japão e todo mundo sabe dessa história. E aí, viajo ou não? E radiação? Como estão as coisas lá? Amiga japonesa me fala que NÃO DEVO viajar. Outro me fala que ela é assustada e que Tóquio está tudo relativamente ok, tirando o racionamento de energia ("a crise no Japão vai ser em agosto, com o verão de trinta graus e os ar-condicionados desligados..."). Cada novo tremor e notícia de Fukushima vinha gente da família e do msn me recomendando que talvez não fosse boa idéia eu ir pra lá, ainda mais quando declararam nível sete pro desastre nuclear.

Como o maior inimigo do medo é a informação, passei esse mês e tanto lendo o que podia sobre o desastre (CNN (mais histérica), BBC (um tanto menos histérica) e Al Jazeera (que ganhou créditos comigo ao fazer uma boa cobertura na ocupação do Complexo do Alemão) eram visitados diariamente) e sobre radiação em si (o texto das bananas que traduzi foi um dos melhores achados contra a histeria da imprensa), acho que eu tinha alguma tranquilidade.
Até por que evitei ver os telejornais daqui, afinal, televisão não é exatamente um instrumento de precisão jornalística, e sim de entretenimento em massa.


(meus 2 centavos sobre o "nível 7": não significou que a situação no Japão tinha piorado ainda mais aquele dia, mas que estavam assumindo que o desastre era tão ruim quando parecia ser. Foi uma alteração de nomenclatura com fins de Política, uma arte em que as palavras tem mais poder que na vida real: como o bicho agora tinha um nome mais feio que "nível 5", fica mais aparente pros burocratas o tamanho da caca para eles fazerem o que deve ser feito...)


Contador Geiger a venda em Akihabara por cerca de R$2700. Foi o único anúncio desse tipo que vi.

Enfim, quase desisti, mas decidi teimar e as pessoas começaram a falar menos para eu não ir a medida que o assunto esfriou no noticiário x)


Nesse meio tempo, os papeis foram enviados para o consulado: reservas, extratos bancários de meses, holerites, declarações de imposto, carteira de trabalho (tenho mais tempo de banco do que eu gostaria, isso deve contar pontos a favor), comprovante de férias... tudo com cópias. Os documentos chegaram no consulado, os funcionários olharam para eles e me negaram o visto por falta de renda.

Wat?! o.o'

Pois é. Os papéis nem esquentaram a mesa e foram rejeitados ¬¬ Me sugeriram juntar rendimentos dos meus pais e uma declaração deles com firma reconhecida em cartório de que eles estavam custeando minha viagem.

Wat²?! o.o

Powxa, já passei da idade de meus pais me custearem, pior, eu mesmo que tava bancando tudo, as transferências estavam evidentes nos extratos XD Isso não colaria e eu teria um prejuízo do tamanho do Kraken...

Mas. Colou. !. =_=

(tenho lá umas teorias, mas não coloco aqui em público. Mas até entendo que o governo japonês é cismado com brasileiros dizendo serem turistas e se perdendo na multidão de ilegais, mas por outro lado, eu nunca passaria despercebido no país, tampouco me misturaria com a população XD E, desde a crise de 2008, muita gente decidiu abandonar lá e voltar para cá. Conheço caso de gente que casou com japonesa e deixou a esposa e filhos lá para ver se conseguia algo por aqui)


Enfim, eu tinha visto e todo o resto, só faltava agora os detalhes menores que deixei pro fim: ienes, roupas novas, preparar o site, bagagens, limpar kindle e Lapxuxa (fisicamente e de pirataria, nunca se sabe o que podem implicar com você na entrada de outro país)...


E então, contei que por causa das preocupações radioativas, acabei não estudando japonês? XD


Japão 2011
sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagem

Uma das falhas do meu currículo de leitor é ter lido praticamente nada de Machado de Assis, considerado o nosso melhor escritor e tal. Outra das minhas falhas é estar lendo mais traduções que textos escritos originalmente em português: acabo importando os vícios filtrados de outras línguas e acabo perdendo contato com a forma natural de nossa língua no modo escrito.

Com o Kindle, decidi sanar esse pobrema x) O projeto original era pegar os textos do Machadão aqui, converter pro Kindle e voilá: literatura de qualidade grátis :D Baixei um dos livros em html, fiz a conversão pelo e-mail e descobri duas coisas irritantes:
1) o html não tem tabulação. É irritante ler um texto literário sem aquele espaço no começo de cada período. Ou com linhas entre os parágrafos por que o html tem dessas, sem saber se isso foi escolha do autor ou não.
2) por alguma cabala maldita no html do site, apareceu uma margem de quase 2 centímetros no lado esquerdo da tela. Desconfortável =_=

Claro que com algum esforço eu poderia descobrir os problemas, arrumar o código bonitinho e tal para ser convertido decentemente, mas... na Amazon esse livro está custando em torno de 3 dólares. O que compensa mais? Perder horas briNgando com html ou pagar cinco reais? X)

Nem pensei duias vezes, baixei várias amostras gratuítas para ver qual está melhorzinha - afinal, o livro está em domínio público, qualquer um pode formatar o texto e vender onde quiser... - uma delas tinha até os mesmos defeitos da minha tentativa de conversão, nem se deram ao trabalho de dar uma reformatada no texto pra torná-lo mais legível. Ah, esse povo do dinheiro fácil...
Achando uma edição que vale meu suado dinheirinho, me dediquei à leitura...

Uma vez me falaram (Eco, foi você?) que existem dois tipos de livros: o conflito e a viagem. No primeiro há um problema para se resolver, e é o tipo mais comum e mais popular de livro. No segundo, os personagens vão de um lugar a outro, mostrando os fatos e ponto interessantes sem necessariamente ter um problema a resolver. A Divina Comédia é um deles, no meu ver Alice é outro. E vou incluir Memórias Póstumas de Brás Cubas na categoria, já que conta a vida do suposto autor da história, que narra sua vida antes depois de morrer =)
Se você procura ação e uma trama, aviso que vai achar o livro morno, com várias críticas sutis à todas as classes sociais, gêneros e tipos de humanos em si... eu ainda estou digerindo várias coisas e acredito que Um Dia terei de fazer releitura. Não entendo por que empurram Machado para colegiais: ele pede um leitor mais maduro.
(Obras erradas para público errado só dá rejeição =_=)

Problemas dessa edição: quem formatou colocou as tabulações mas esqueceu de numerar os capítulos ¬¬ E o narrador cita a numeração dos capítulos trocentas vezes =_= Há uma meia dúzia de caracteres com problemas e o livro termina com um bugadíssimo "\end{document}", revisão que é bom, neda, né?
Outro probleminha que é mais culpa do Kindle do que de quem converteu: falta de notas de rodapé (não tem como fazer isso ainda) ou de um vocabulário ou de um guia no final do livro, para eu pegar as referências que não entendi. É um livro velho e o Brasil de Machado de Assis era imperial, sem futebol nem escola de samba, era outro país. Mesmo sendo a minha língua pátria, somos tão distantes que preciso de uma tradução ^^

Antes de tudo: essa série de textos está sendo baseada no meu dia a dia com o kindle 2. Já fazem alguns meses que saiu o 3 - com diferenças no soft e no hardware, mas sinceramente o próximo kindle que vou comprar vai ser de e-ink colorida e/ou tela touch, se e quando sair.


Foto que tava sobrando por aí e não tinha onde colocar: o plug pro fone de ouvido e o botão de liga-desliga do aparelho :P


Outra coisa que esqueci de comentar: no texto anterior coloquei screenshots de dois livros nacionais no kindle:
Abascanto, a sombra dos caídos, do Diogo de Souza. Ainda não li, mas o livro está a venda na Amazon para o kindle :D (o link está no título do livro, notaram? :P)
O Conservatório, da Strix van Allen (autora das tiras vampíricas de Bram & Vlad no mushicomics e que acabou de se tornar oficialmente uma alquimista química formada XD), que ainda não saiu^^ Ela me mandou o livro em .doc, converti e coloquei no aparelho para betar e para mostrar no artigo :) Foi meu primeiro e-livro lido completamente. *-*



Na última vez, falei de todos os formatos de texto, MENOS do mais perguntado: o infame PDF. Por muitos documentos e livros serem distribuídos em pdf, tanto nas faculdades, nas empresas quanto nos sites piratas alternativos de livros, é natural as pessoas virem com essa dúvida e preocupação...
mas...
O pdf não é bem um formato de texto, seria mais como "a versão impressa" de um arquivo, ideal para distribuir - já que geralmente ele mantém fontes, objetos e diagramações inalteradas, independente do sistema e aparelho - , mas péssimo para quem não tem o arquivo fonte querer editar.
Sendo prático: um pdf é como se fosse uma imagem onde você consegue grifar o texto e pesquisar com ctrl + f :P

(isso acima é uma explicação de leigo improvisando, otay?)



Hoje em dia o kindle lê pdf nativamente, mas demora um tanto a mais para "montar" o texto na página e quando termina, mantém a formatação do arquivo. Não existe a opção de aumentar o tamanho da fonte, muito menos a leitura de texto pela voz sintética do aparelho. Atualmente para fazer buscas de texto no kindle e marcar páginas, mas não dá para grifar ou fazer anotações.



Até aí, tudo bem, mas a coisa pega mesmo é se o criador do arquivo fez ele com uma fonte minúscula e você sofre de visão: a tela do kindle "normal" é de apenas 600 × 800 pixels (a da versão de Itu, o DX, é de 1200 x 824) e tudo fica ridiculamente pequeno. Como disse, para ampliar o arquivo, mas a leitura fica menos fluída, já que não basta baixar apenas e subir o arquivo como faria no texto normal: se a formatação do documento for um tico mais exótica (fonte pequena e linhas bem mais compridas que o normal, por exemplo), você teria de ficar também avançando o texto da esquerda para a direita com o direcional em zigue-zague para ler. Ou se o texto estiver na horizontal com várias colunas verticais, só vai conseguir ler o pdf inteiro brincando de descer, subir, direita, descer, subir, direita várias vezes.

Enfim, ler um pdf no kindle é possível, sem muitos traumas em um documento bem formatado, mas é bem menos confortável do que poderia ser.


Eu falei que a tela gira (e amplia)


(os screens acima são um pdf da coleção Desventuras em Série - que recomendo apesar do Jim Carrey ter matado o filme querendo aparecer mais que os personagens centrais. O arquivo é baixável aqui e tentei baixar pela internet no kindle, de repente isso burlava as taxas wireless da Amazon, mas curiosamente o aparelho não reconhecia o link :P)


Uma sugestão minha é usar os serviços do PDF to Word, que converte os trem para .doc sem muitas perdas e, em seguida, converter o .doc para o Kindle. Me comentaram também que o pastor Calibre faz essa conversão também, mas não sei quanto à qualidade final.


Último: quanto aos .pdf com DRM, tipo os vendidos na Livraria Cultura, nem idéia.

Kindle e e-readers
O resgate do kindle quebrado: parte 0parte 1parte 2epílogo

Reviews: O review do Kindle que vivem me cobrando pelo Twitter - parte 1Gato Sabido e Positivo AlfaO review do Kindle que vivem me cobrando pelo Twitter e pelo MSN - parte 2: formatos de texto, txt, doc, rtf... tudo, menos pdf :P

Me desculpem, mas vou ignorar reclamações de que demorei para continuar esse texto e nem vou me justificar, tenho tantos problemas quanto vocês leitores, e vou fazendo o que posso X)

(Ou: faço o texto de boa, sem neuras ou crio um complexo por não te-lo escrito feito ainda e ser lerdo toda a vida)

O que mais me perguntam por aí é: que formatos de texto o kindle lê? Dá para colocar pdf no aparelho? E converter, o que dá para fazer?
Bom, vamos do mais fácil ao mais complicado:

.azw - é o formato padrão dos livros quando você compra pela Amazon, com direito a um DRM básico que te impede de sair copiando o livro por aí e distribuindo em outros kindles - a princípio, você até pode copiar, mas só seu aparelho vai ler x). O preço do livro na Amazon já inclui a transferência do arquivo pela "whispernet" (isso é, via 3G), mas há a opção de baixar o livro no PC e colocar no aparelho no cabo que vem incluso. Só não chequei se essa opção reduz o preço do livro (afinal, você não está usando a rede deles), mas 99% de chances da resposta ser... não :P

(a Amazon parece ter aprendido o truque das operadoras brasileiras de esconder as tarifas em um canto obscuro do site, escritas em linguagem arredia e letras miúdas...)

.mobi - é a mesma coisa que o .azw, mas sem DRM. Se entendi direito, a Amazon comprou o formato mobi e fez uma versão nova, que é o azw, mas o aparelho lê ambas na boa. Se você lê ingles (bem, tem algumas coisas em português perdidas lá), o Project Gutenberg tem todos os livros convertidos para esse formato, gratuitamente. Baixe e coloque no aparelho x)
Ah: às vezes livros nesse formato vem com a extensão .prc, que é a mesma extensão usada pelos Palms...)

.txt - o kindle lê o formato do bloco de notas sem conversão ♥ Coloque no teu aparelho via cabo ou mande o arquivo pelo mail xxx@kindle.com (onde xxx é seu nome de usuário) e receba pela whispernet, pagando tarifa.


como fica um .txt jogado diretamente no kindle


.doc, .htm e .rtf - O kindle não lê estes formatos nativamente, (eu tentei e pus arquivos nestes formatos dentro aparelho, mas eles sequer foram listados quando liguei o aparelho) então tem de converter. Os caminhos para seus textos aceitarem a fé são três:
1) mande para xxx@kindle.com, receba pelo ar e pague a conta.
2) mande para xxx@free.kindle.com (viu o "free" no endereço?) e receba depois de minutos um link para você baixar o arquivo "convertido" e upar no teu aparelho pelo cordão umbilical lá.
3) existem dois softs gratuítos que fazem conversão para .mobi: o Calibre e o Mobi Pocket. Não vou fazer tutorial de como usa-los, por que sempre me perco neles e nunca me sei como sempre acabo conseguindo o que queria -_-''' Recomendadíssimos principalmente quando você quer converter html com imagens anexas.


o botãozinho de controle de volume


Depois de convertidos e acomodados no kindle, todos os arquivos acima se comportam da mesma forma: você avança e volta as páginas com os botões do aparelho, dá para aumentar o tamanho da fonte, a largura das colunas, se você quer que o aparelho leia o texto para você - ridículo em português, passável em inglês, com duas opções de voz, mas não disponível em todos os livros comprados pela Amazon por causa de derechos autorals. Também dá para girar a tela de todo o modo. Pena que não faça isso automaticamente que nem o Alfa e sim na base do menuzinho.



Tanto os livros comprados quanto os arquivos convertidos podem ter imagens no corpo do texto, mas, lembre-se: preto-e-branco.



Mas o kindle é bastante limitado quanto aos caracteres que ele exibe, que não vão muito além dos alfabetos latino e grego. Uma furada da Amazon, já que acaba perdendo mercados grandes como o japonês e o chinês. (errr, ao menos no meu kindle 2 XD)


Esse post aqui visto pelo kindle ^^


Lendo o livro, é só digitar um termo para ir até ele e fora do livro, digitar o termo e dar "enter" (uma tecla com uma flechinha impressa no canto inferior direito) para procurá-lo em todo o aparelho (exceto pdf e imagens). Você também pode marcar anotações no corpo do texto ou grifar, é só mover o cursor até o ponto que quer e digitar. Também dá para marcar a página do texto ("add a bookmark") para referência futura.


acima: o menu de busca que aparece




exemplos de anotações numa página^^




menu padrão que aparece nas páginas de livros :)


Post-Scriptum: digitar caracteres especiais nas anotações é um porre: fora ponto final e a barra inclinada que não sei o nome, que estão no teclado, você tem de apertar o botão "sym" e ficar escolhendo as poucas opções no menu. Como falei, o teclado do aparelho e o direcionalzinho são dois dos pontos fracos do kindle.



Post Post-Scriptum 2: um blog legal sobre o kindle e outros e-readers: http://kindle.blog.br/ (só acho ele um tanto pesado de carregar)

Kindle e e-readers
O resgate do kindle quebrado: parte 0parte 1parte 2epílogo

Reviews: O review do Kindle que vivem me cobrando pelo Twitter - parte 1Gato Sabido e Positivo Alfa

(um daqueles posts cujo assunto twittei faz um tempo, mas faltavam fotos pra provar, e eu tava sem energia pra descarregar a câmera...)

(e não, não é ainda continuação do review sobre o Kindle. Sorry)

Não comentei aqui, mas o Kindle andava com um barulho estranho que me irritava: parecia que tinha algo solto dentro dele. Cogitei até encher os pacová da Amazon de novo, eles são atenciosos e tal (ao contrário da Claro ~ outra história que estou devendo contar o fim aqui na geladeira), mas ia dar tanto trabalho...

Aí, googleando, achei o site iFixit ensinando a desmontar o bicho: a parte superior destaca com jeitinho, usando os polegares. Ok então, esperei um dia em que eu estava sem pressa e sem sono e fiz:






saudades de quando eu era criança, tinha coragem de desmontar relógios e remontar funcionalmente e deixar peças sobrando pela casa XD


Enfim, era um parafuso (no lado direito das fotos) que se despreendeu ou algum chinês esqueceu de parafusar na linha de montagem.

Minto, eu ando é atarefado. Não, não riam. Não muito ao menos.

Ando focado mais no mushicomics que aqui (que devo trocentos textos, Kindle que o diga): criei um editorial que vou publicar todas as segunda-feiras, em tese, o "Papo de Segunda", e a partir dele quero ir mudando a filosofia e o funcionamento do próprio site. Devagar e sempre ^^
Papo de Segunda, 23/08/2010 - Help XDD
Papo de Segunda, 30/08/2010 - Apressado por motivos claros

Também ando brincando com edição de ilustrações clássicas e cartazes para propagandear o site internamente:


A primeira ainda não escrevi um texto a respeito,
mas as histórias sem fim são um problema crônico do site ¬¬


Decidi separar as 2ª-feiras para as histórias novatas (Papo de Segunda, 10/09/2010 - É sexta!!!!), lembrar os leitores que agora o site também atualiza aos sábados, e pedir ajuda (Papo de Segunda, 13/09/2010 - #pidão)!!!


Essa imagem vai grudar na memória do povo XD

E não foi só isso X) Também ressussitei uma seção do fanzine CYMB ótico, com direito a pintura nova no logo velho XD Em plena era da internet, resolvi ressussitar a "seção de cartas" no site. Vamos ver se a experiência dá em algo ^^

Para quem quiser ler, a primeira "Sessão Zumbi" está aqui.

E pra encerrar o texto, o Papo de Segunda de hoje é uma tentativa de FAQ x)


Papo de Segunda, 20/09/2010 - FAQ (parte 1)
e confesso que estou me divertindo bastante brincando de edição de imagens ^^

1) Ontem garganta irritou e tive febre de 38,5°C. Digo, tive febre quase o dia todo durante o expediente, mas só fui medir a temperatura em casa. Remédio e descanso cortaram o calor, mas a tosse ainda persiste.
2) Ontem finalmente reclamei na Anatel sobre a Claro. A previsão é de ter resposta em cinco dias e... porra, Anatel!!! Seu site funciona só no Internet Explorer??
3) Parece que a história do Kindle vai ter parte 2 D:
4) Lembram-se da Luna, a filha do Sansão que ficou por aqui até um dia antes de Milla e seus irmãos nascerem? Ainda to sem fotos dela crescida, mas tive notícias de que ela desapareceu por um dia, um dos filhos da família que adotou a gata ficou doente por causa disso, e a encontraram: dormindo, sossegada dentro do guarda-roupas... X)

• Resumo de tudo que vou falar adiante: para mim, ficou a impressão de que, para a Claro, ou eu sou burro - por não saber usar direito o aparelho que tenho desde 2007 - ou que quero aplicar um golpe e roubar TRINTA REAIS na empresa.
O que eu quero apenas é meu dinheiro de volta, que desapareceu SEM CULPA MINHA, sem ter de me estressar, ter despesas ou ter me locomover por causa disso. Não fui eu, não tenho por que ser penalizado.




O que aconteceu: Coloquei trinta reais no meu pré-pago na quarta feira. Na manhã de quinta-feira acordo com várias mensagens de SMS, sobre jogos, de um serviço chamado "Curioso" e algumas ilegíveis no aparelho, e um saldo restante de cerca de R$ 1,20. Todo o dinheiro sumiu!!
Ligo para a Claro, e em três conversas (as duas no horário de almoço do banco, a outra à tarde e em casa, durou cerca de quarenta e cinco minutos) eles alegam que "eu" baixei músicas e aplicativos.
Eles tem um extrato provando!
E eu sei que não fiz nada disso, ninguém além de mim usa meu celular e se existe um extrato, é prova de que existe um erro do sistema deles.

(nessa terceira ligação, eu e a coitada da atendente ficamos discutindo em círculos, ela querendo que eu vá até qualquer loja da Claro ver o tal extrato, ou esperar um mês para ele chegar em casa - porra, esse povo não conhece e-mail não? - e eu sinceramente não querendo porcaria de extrato algum, só quero o meu dinheiro de volta.) (por fim, fiquei de saco cheio e desliguei o telefone na cara, gastei tempo demais com isso e a janta estava esfriando)

Por que não quero ir ver o tal extrato: eu não sou mentiroso e não quero roubar trinta contos da Claro Brasil, pra que eu vou na loja? Para esfregarem um documento na minha cara "olha seu bobo, você usou sim, tá aqui no papel. Lerolero"? Pior, vou gastar meu tempo e meu dinheiro pra isso?
Ponham em mente que a Claro está fazendo doce por TRINTA REAIS que eu alego não ter gasto. Sou um cliente Claro, e portanto eu sou um cliente burro e/ou mentiroso? Então se eu reclamo que fui lesado, eles querem que eu vá à uma loja Claro para me esfregar na cara um estrato "provando" que sou burro ou que estou mentindo pra eles?

E puta que pariu, estes quarenta e cinco minutos me estragaram o meu humor pela noite inteira e o sono também. Tinha um monte de coisas pra fazer, joguei prO Futuro.

Sobre meu aparelho: é um palm Treo 680, vermelho (sempre brinco em por pintinhas pretas nele x) ). Comprei fora das operadoras, quando quebrei o pé pela primeira vez (2007!) numa promoção e coloquei o chip, que por sinal foi herdado de outro treo (treo 600, também comprado fora das operadoras). Sendo assim, ele não tem aqueles menus de serviços que estas empresas colocam em seus aparelhos, portanto não posso ter clicado em nenhum deles sem querer.
E ele também não roda flash/java :P
As músicas que tenho no meu celular foram colocadas pelo cartão SD - o Lapxuxa tem um drive, lembra? Os Treo também ^^) e nele só funcionam aplicativos para o semifinado PalmOS, plataforma que faz parte da minha vida desde 2001.




Não tem como eu ter clicado páginas na web e assinado serviços, basicamente eu só acesso dois sites no celular: http://mobile.twitter.com/replies e http://m.yahoo.com/mail. Às vezes acesso o https://m.gmail.com, todos são sites leves para justamente economizar créditos (5 reais o mega, me informaram quando contratei) e aparentemente não tem sequer propaganda.
Bem mais raramente uso a versão mobile do google, mas não lembro de ter feito isso recentemente - o kindle tem internet grátis e uso ele nas emergências XD - e convenhamos, se eu cliquei acidentalmente num serviço pago, eu deveria ter recebido uma mensagem do tipo "você tem certeza?"

Até o Windows faz algo assim quando vou fazer uma cagada irreversível. O Windows!!



Antes de ver o saldo de manhã já estava estranhando as tais série de mensagens via SMS, mas sinceramente achava que fosse bug ou algum serviço random que a Claro estivesse fazendo ou tentando empurrar. Um tempo antes, até reclamei no twitter que meus créditos estavam sumindo rápido, suspeitei que a Claro tivesse aumentado a tarifa, então decidi reduzi mais ainda meu consumo.

E então? E então eu to puto da vida, me recuso a por mais uma meseta numa conta que vai engolir meu dinheiro e a operadora vai jogar na cara que a culpa é minha. Estou procurando outra operadora (apesar dos pesares) e vou procurar onde reclamar oficialmente. Imagino que três coisas incomodem uma empresa: cliente saindo, propaganda negativa de ex-cliente e bronca de orgão regulador. No que for possível fazer os três, farei.

Mas não gastar minha vida à isso. Dá para viver com trinta reais a menos, isso não vale uma úlcera nem noite de sono - e olha que essa porcaria já me estragou uma noite toda e tá me comendo as horas que enrolo pra fazer esse texto.
O que não dá é achar bonito ou normal que uma empresa que você contrata te trate com desconfiança quando você diz e argumenta que o erro não foi teu, ainda mais sendo o próprio prejudicado! Eu confiei na empresa quando quando fiz meu plano, por quê eu não mereço a contraparte?

(Eu ia brincar com o título e por "gato alpha e positivo sabido", mas iria ser bobeira demais até para meus padrões.)

Ontem dei uma passada na Bienal, entrei de graça por que tinha gasto em uma gibiteria algumas semanas atrás e eles estavam distribuindo convites para os clientes :P E me senti importante por que não precisei pegar fila pra ingresso, nem para entrar, portadores de convites tinham catracas próprias e bem mais vazia. Me senti VIP mesmo sendo PN.
Falando sério, fui ao evento para ver se encontrava amigos e conhecidos, e também ver as novidades - às vezes o consumismo me obriga comprar lá mesmo, às vezes faço a lista mental do que quero e comprar nos meses seguintes - e acabei trombando com os falados concorrentes nacionais do Kindle. Como tinha muita gente curiosa com eles, acabei não mexendo muito nos dois aparelhos, mas tirei fotos, vídeos e tive ao menos uma primeira impressão deles^^

Para quem quiser ver ao vivo, ambos os aparelhos estão na rua H da Bienal, se você começar fazendo ziguezague pela rua A, você vai encontrar o Alpha à sua esquerda, na loja da Positivo e mais pra frente na sua direita, o Gato Sabido está no stand da Submarino.

Gato Sabido


o aparelho vem em várias cores


É o primeiro aparelho a sair no país, então merece ser o primeiro a ser comentado. Eu achei ele leve, bem leve, frágil e... estou sendo bonzinho: o acabamento é ruim, de plástico. Como alguém no público comentou quando pus o Kindle para tirar foto lado a lado, "comparando com o branco, o colorido tá parecendo um MP15"



Ele é menor, mas mais grosso, não tem teclado, mas aceita cartão SD (graaaaande defeito do Kindle não ter isso). Também não tem nenhum tipo de conexão wireless, nem touchscreen. É o mais barato dos três, R$ 599, mas sei lá...


Pessoalmente, achei simpático o nome do aparelho, corajoso para um povo que tem vergonha da própria língua (tipo uns toscos que batizam o próprio site num mix de japonês e inglês), mas pena que o aparelho em si seja meio... nhé. Uma última coisa: o aparelho é feito fora do Brasil, é o COOL-ER, da britânica Interead (mas montado na China), que faliu recentemente. Página oficial

Positivo Alfa





Recém lançado e por isso bastante comentado, até que gostei do aparelhinho: é pequeno, bastante fino, leve, aceita cartão Micro SD (yay!), tem o dicionário Aurélio integrado, mas não vi pistas de conexão sem fio/internet.
Não tem teclado, mas dizem ter na tela, que é touchscreen - que não me pareceu responder tão rápido quanto no meu palm, por exemplo. Ao vivo, a tela por sinal, me pareceu ser mais branca que o Kindle, mas as fotos parecem querer me desmentir:



Também ouvi comentários de que a tela se atualizaria mais devagar que o dos outros e-readers por aí, acho que concordo, mas não é algo para se cortar os pulsos. É um aparelho para se ler livros, não para jogar um FPS...


Pra fechar, o aparelho está todo em português (é fabricado aqui, acho XD), só está a venda na Livraria Cultura por R$ 699 e não achei um site oficial.
Me pareceu um bom aparelho, mas eu não trocaria pelo que tenho ;)

Comparando

Gato Sabido
Positivo Alfa
Kindle 2
Altura (cm)
18,3
17,0
20,3
Largura (cm)
11,8
12,4
13,5
Espessura (cm)
1,09
0,89
0,91
Peso (g)
178
240
290
Tela
6 polegadas em todos ^^
resolução (DPI)
170*
167
167
Tons de cinza
8
16
16
Touchscreen
não
sim
não
Internet
não
não
3G
Memória Interna (GB)
1
2
2, na prática 1,4**
Expansão de Memória
cartão SD (até 4GB)
cartão micro SD
não
Formatos suportados
PDF, EPUB, FB2, RTF, TXT, HTML, PRC, JPG, MP3
PDF, EPUB, TXT, MP3***
AZW, TXT, PDF, AA, AAX, MP3, MOBI, PRC são aceitos nativamente.
HTML, DOC, JPEG, GIF, PNG, BMP são aceitos após conversão.
Preço (R$)
599,90
699,00
720,00****

Notas:
* algo me diz que são 167DPI e eles arredondaram pra cima. O Alfa e o Kindle são 600x800 pixels, o COOL-ER também deve ser, acho.
** são 2GB, mas vem 600MB de firmware necessário e tal, aí viram 1,4GB. Não sei se isso acontece nos outros.
*** se toca música, toca MP3, suponho :P
**** o preço foi copiado e colado do blog Editora Plus. Pelo mail que recebi quando o Kindle novo estava vindo para casa, o meu custaria uns 980 reais dólares (com dólar mais ou menos R$ 1,80), mas eles cobraram o preço velho de US$ 259,00, agora está US$ 189,00. Os preços em reais estão com os impostos inclusos, se você tiver alguém nos EUA vindo pra cá pra te importabandear, o preço cai pela metade ;)

Fontes dos Dados: Gato Sabido - Gato Sabido, Wikipedia. Positivo Alfa - Livraria Cultura, Tecnológica Magia, Gizmodo Brasil, Isto É Dinheiro, Lojas Americanas, Escritores de Fantasia. Kindle 2 - Wikipedia, Blog ao Cubo, Editora Plus, Amazon.


Para encerrar, só reforço que as opiniões acimas são pessoais e feitas em cima de uma breve olhada nos aparelhos durante a Bienal. Se algum fabricante quiser me emprestar um aparelho para um review mais completo, como eu estou fazendo bem aos poucos do Kindle, óbvio que aceito, mas duvido que isso acontece para um blog tão disperso de assuntos quanto esse :P (apesar da minha lista de seguidores no twitter ter bastante gente da área de TI, escritores e editores me seguindo.. ^-~)

Comprei, prometi, quebrou, prometi, ganhei um novo, prometi, acho que mais que demorou de eu fazer o tal review do kinder ovo Kindle 2, né?



Pra variar, gostaria de informar aos paraquedistas que meu blog tá mais para "querido diário" ou "as nada-aventuras de um tosco insistente" do que para um guia técnico especializado: vou dar minhas impressões sobre o aparelho dentro das minhas necessidades. Se tiverem alguma questão, comentem no rodapé do post, que respondo lá mesmo ou em alguma sequência do texto (nesse momento imagino uma série de dois ou três posts, mas posso mudar de idéia e fazer tudo numa tacada só :P)

Um dos motivos para esse enrolation todo é que falar do kindle toca num vespeiro: ele é um ebook, aquela classe de aparelhos que supostamente (ou "certamente" para alguns) substituirá o livro de papel e tal. Se eu pegar embalo nesse texto, dou meus 2¢ sobre o assunto por aqui mesmo, se não, blablablarei noutra oportunidade. Beleuza?

'Bora então pro papo de vendedor:


(foto de maio, Milla está bem maior agora ^^)


O Kindle é um aparelho fabricado pela Amazon, famosa livraria online americana, feito para leitura de livros digitais e outros documentos de texto, um dos tais "e-book readers", os leitores de livros eletrônicos. É possível comprar livros diretamente pelo proprio aparelho (ele tem conexão pela internet, depois falo em detalhes) e receber o arquivo poucos minutos "pelo ar", sem a necessidade dele estar conectado à um computador nem nada.
Mas a graça do Kindle (e da maioria dos outros e-readers) é a tela, feita de e-ink, uma tecnologia diferente das usadas em monitores e celulares que não emite e sim reflete a luz ambiente. É como se fosse papel, incomodando pouco a vista, além de ser bastante legível sob a luz do sol:


Viu, faz até sombra :P


Além de economizar bastante energia: o aparelho só gasta quando você "vira a página", o fabricante alega que a bateria dura semanas - com o 3G desligado, senão descarrega rápido, experiência própria...

Mas, ao contrário de papel, a tela é um tanto acizentada e se você não notou ainda, o Kindle é em preto e branco. A tecnologia de e-ink ainda não incorpora cores e de qualquer forma quem compra um e-reader quer o aparelho para ler livros, não jogar videogame, né? :P



O que achei mais legal desse modelo que comprei, é o tamanho: pequeno, das mesmas dimensões de um livro normal e tão grosso quanto um lápis. Cabe direitinho na pasta plástica do meu fichário A5 que uso para carregar meus textos:


Dias depois dessa foto, o plástico rasgou, mas marissel fez outro "porta-kindle" para mim, de pano branco com coraçõezinhos vermelhos QUE NÃO VOU FOTOGRAFAR.


Assim, fica bem prático de carregar e de ler com uma mão só - pesa só 290 gramas! Qual a vantagem de carregar um tijolo eletrônico na bolsa e que não é confortável de ler em qualquer lugar? Livros de papel são assim, errado quando seus pretensos sucessores resolvem fazer o contrário :P
Sim, sim, há um modelo maior, o DX (com tela de 9,7 polegadas), e o anunciado Kindle 3 vai ser menor com as mesmas seis polegadas de tela do 2.


Mais um comparativo de tamanho direcionado ao público otaku :P (no alto o lapxuxa, a bateria dele e meu fichário)




Na caixa, o Kindle só vem acompanhado de manual e carregador USB. Adaptador de tomada tem de ser comprada a parte. E bom lembrar que tanto o manual quanto o aparelho vem em inglês!! O suporte técnico também :P Não tem opção para outras línguas e pelo que vi navegando, alfabetos alienígenas tipo japonês não são suportados pelo aparelho ainda.


O teclado e alguns dos controles. A tela está no modo "proteção de tela" e dá para ver em baixo do aparelho a conexão do cabo de força/entrada de dados


Um dos pontos fracos do aparelho é não ter tela sensível ao toque ("ainda", aposto) e o teclado ser MUITO ruim para digitar, as teclas são baixas e rígidas, uma merda de usar em situações normais e pior ainda com o dedo cortado. Claro que é um aparelho focado na leitura, (é para você ler livros nele, não escrever o seu próprio) mas já que dão a opção de por anotações e navegar nele, podiam deixar isso menos pior -_- O botãozinho saltado na direita da foto é o direcional do aparelho, razoável para navegar em menus, um sofrimento para escolher links.

Acho que por enquanto é só, depois eu falo mais. Encerro esse post com uma foto da bunda prateada do Kindle...




...e uma lição de casa, o texto "E-book: o início, o fim e o meio", do Eric Novello. Não concordo com tudo do texto, nem vou abordar ele no próximo post a respeito, mas acho um bom começo para discussões futuras :)

O kindle quebrado saiu de casa ontem, mas ainda não aparece no site de acompanhamento dos Correios (nem no do USPS). Espero que chegue a tempo de eu não receber multa -_-:


Sim, ele foi assim pros States! Queria muito ver a cara deles quando abrirem o pacote x)


O kindle novo chegou em casa hoje, via DHT *-*:


"Era uma vez..."


Novinho, mint, com cabo e manual, só :D

Sim, sim, vai ter resenha, calma... XD

  1 2 3  

Find recent content on the main index or look in the archives to find all content.

Pages

Powered by Movable Type 5.13-en