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blog:mushi_de_ponta_cabeca_-_parte_quatro

Mushi de ponta cabeça - parte quatro

Começo do século, fui ao Rio de Janeiro pela primeira vez, conhecer uma amiga que depois virou minha namorada, depois continuou amiga, e outro amigo que tá sumido, mas que era gente boníssima (e uma raridade: descendente de japoneses com sotaque carioca xD). Nessa, fiz as visitas default na Cidade Maravilhosa: subir no Cristo Redentor e no Pão de Açúcar.
Em ambas as visitas a vista é maravilhosa. Mesmo em dias nublados, o céu, o mar, as montanhas e aquela coisa feita de prédios espremida entre os elementos naturais fazem o Rio merecer ser o cartão postal que é. Eu não sabia (e continuo sem saber muito...) quais eram os principais edifícios e construções da região... mas não precisava disso pra aproveitar a vista de lá do alto :)

Em São Paulo a vista do alto que mais gosto é a do Edifício do Banespa: ali você tem o Centro Velho aos seus pés e reconhece do alto velhos conhecidos de andanças por aquelas bandas: o Mercado Municipal, o Martinelli, A Catedral da Sé e por aí vai.
Aí, levei a amiga carioca citada acima no texto - que era namorada na época - para o alto do edifício admirar Sampa, mas não achou tanta graça assim: "então, você olha de um lado, tem prédio. Do outro, mais prédio. E andando mais um pouquinho, mais prédios ainda". Well...

Por um tempo achei que fosse a boba briga Rio/São Paulo, mas matutei e vi que o que acontece é que São Paulo não tem muito o que mostrar para os recém-chegados à cidade, é pobre nesse sentido. A cidade se revela com a vivência aqui, nas andanças e rotinas. A graça de Sampa vem com a familiaridade.




Sinceramente, acho que 95% das pessoas que ouviram falar da Torre de Tóquio (site oficial aqui) cabem em duas categorias: japoneses e fãs de anime/mangá. Os outros 5% devem ser pessoas que tem algum contato com as duas categorias anteriores X)

Eu mesmo só ouvi falar dela quando assistir RayEarth pela segunda vez (na primeira vez eu ficava me perguntando o que um bando de japonesas estavam fazendo em Paris...) e de lá para cá volta e meia vejo ela referenciada em outras produções japonesas. Tem até uma piadinha que lá deve ser uma da passagens entre o nosso mundo e outros. Pena que a Torre entortou no terremoto e essa conexão deve(ria) estar avariada até arrumarem.^^


É nove metros mais alta que a francesa lá...



Como eu ainda era 200% n00b nos segredos do metrô japonês, meu amigo marcou de me pegar numa das estações próximas ao hotel e fomos até lá. Não me perguntem em que estação descemos (o guia que comprei diz que as mais próximas são Shibakōen e Akabanebashi - o que no mapa que coloquei aqui significa que dei uma volta de uns 135° no sentido horário :P), já que nos perdemos andamos um pouco até lá.

Para ser sincero, não esperava muito da visita e realmente encontrei o que esperava encontrar: muita gente (era o primeiro sábado de um feriadão), estrangeiros, muitas crianças (uma das cenas mais legais que não fotografei foi uma menina japonesa de uns 2 anos num carrinho de bebê de olhos arregalados ao ficar de frente a outra menina da mesma idade, mas americana loira de olhos azuis ^^)(merecia mesmo a foto!), fila pra subir, aperto lá em cima (o espaço lá parece tão maior nos animes...), preços inflados no restaurante e loja de souvenires (feinhos) e mais preços inflados para subir na torre (820円 para o observatório normal - a 150 metros de altura - e mais 600円 para subir no observatório especial, que fica a 250 metros).




E chegar lá em cima e ver a cidade ao meus pés... é, vocês leram esse texto antes. Foi para mim a mesma coisa que minha ex deve ter sentido ao ver São Paulo lá do alto. Eu também não tinha intimidade com a cidade - tinha chegado no dia anterior! (e os dias que fiquei no Japão foram pouco de qualquer forma) - e o tempo estava nublado, não dava pra ver as montanhas ao fundo que o panfleto promete ^^"


Clique para ampliar ^^




Apertado, tem muita gente =x




Ao fundo, a nova torre que estão construindo próximo de Asakusa




Zōjō-ji, templo budista (to roubando a informação da Wikipedia XD)




Esses tão no panfleto: a sede da Fuji TV e a Rainbow Bridge (mas continuo roubando as infos da Wiki...)




Não sei o que é, mas achei esse telhado muito louco. Nem a Wikipédia sabe, mas fica aqui.




Subindo do Main Observatory para o Special. E faltou mesmo eu tirar foto das moças que trabalham lá ^-~ - para variar, vestindo uniforme impecável e bonitinho.



"então, você olha de um lado, tem prédio. Do outro, mais prédio. E andando mais um pouquinho, mais prédio ainda"




...mas tem mar também XD




Há a opção de descer a pé, e para baixo todo santo ajuda...




...decidimos encarar os 600 degraus :)




Há um parquinho nas redondezas da torre - e não só nós fomos doidos de descer.




Infelizmente descer escadas não diminui a barriga -_-'






Veredicto do passeio: é o tipo de local que você "tem" de ir na cidade, meio que para "bater o carimbinho no teu currículo de turista". Se você está com poucos dias e tem atividades mais culturais (ou consumistas) à vista, deixe a Torre de Tokyo pra próxima... :P


Lembranças ^^






Volta e meia vou falar em ienes e tal, então uma rápida apresentação da moeda local:

1) O símbolo é ¥, mas é bem comum usarem o kanji 円 para indicarem os preços.
2) Atualmente 100円 (ou ¥100) é igual a uns R$ 2,00, então é fácil fazer de cabeça as conversões quando se gasta por lá XD
3) Lá se fala "en" e não iene ou yen.
4) A pouco tempo atrás, 100en era igual a um dólar. Hoje um dólar tá em torno de ¥80. A desvalorização da moeda americana parece ser mundial...

Outra coisa que chamou a atenção é que os japoneses usam bastante moedas, não tem nojinho delas que nem o povo daqui :P Por sinal, a moeda de 500円 é a moeda com maior valor em circulação no mundo, (dependendo dos humores do câmbio, claro)

R$

¥1

¥5

¥10

¥50

¥100

¥500



(Não sei por que eu enfeito tanto estes posts...)(ah, tentei fazer as moedas proporcionais na imagem^^)

Claro que existem cédulas (1000円, 5000円 e 10000円 são as mais comuns. Dizem que existe a lendária nota de 2000円, mas parece ser tão rara quanto uma chinesa de olhos verdes...), mas a maior parte dos gastos do meu dia a dia foi na base de moedas: passagens de metrô custam a partir de ¥130, ocasionalmente passando dos ¥200, refrigerantes de máquina estão na mesma faixa... depois eu falo de tudo isso^^

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Discussão

Gisela Silveira, 2011/05/30 00:33

É isso mesmo o lance de ter intimidade com as cidades de concreto! Quando eu subi no Empire State eu quase morri de tédio, e não entendi como alguém pode fazer turismo em metrópole quando se foi criado em uma. Na mesma noite meu ex-marido quis visitar as (ainda de pé) Torres Gêmeas e eu joguei a toalha: vai você mané que pra mim a dose de concreto tá suficiente por um mês, e fui pro hotel dormir. Quando as Torres foram destruídas eu fiquei grata por não ter ido… imaginei que teria memórias emocionais se tivesse ido e que estaria sofrendo ainda mais. Decidi desde então que só vou turistar em locais onde tenha mar, praias de areia branquinha E/OU paisagens bem diferentes da minha realidade diária. WELL, obviamente a exceção é Japón!!

Fabiano Alves, 2011/05/30 00:43

Vc deveria viajar mais, Mushi!

Denise, 2011/05/30 11:43

“então, você olha de um lado, tem prédio. Do outro, mais prédio. E andando mais um pouquinho, mais prédios ainda”
Hahahahaha adoreeeeeeiii!!!! ^^

Alleen, 2011/05/30 17:28

Eu AMO paisagens urbanas, adoro ficar admirando a arquitetura da cidade. Na boa, eu devo ser uma das poucas pessoas que não acha o Rio lá tão lindo assim, depois de ver aquela paisagem todo santo dia, percebi que o encanto dura pouco. Gosto da beleza natural, mas ADORO a beleza criada pelo homem =3 quando me for ao japão (se esse dia maravilhoso chegar ou se o mundo não acabar em 2012) minha primeira parada será a Torre de Tóquio xD

Cida, 2011/06/01 00:27

Deve ser bom demais estar “de ponta cabeça”, conta mais…

Cris, 2011/06/01 19:21

Meninoooooo, eu fui alí e você viaja para o outro lado do mundo???? Que chick!!!
Cadê meu presente?

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blog/mushi_de_ponta_cabeca_-_parte_quatro.txt · Última modificação: 2021/04/21 12:47 (edição externa)