(por Joe Kelly e JM Ken Niimura)
Tem histórias que, numa releitura, você vê como é estruturalmente bem simples, enxuta, e aí é que você encontra a genialidade dela. Eu Mato Gigantes, gibi que bebe muito dos mangás (o roteirista, Joe Kelly, é obviamente gringo, mas o desenhista JM Ken Niimura é espanhol (o JM é de “José Maria”), de pai japonês) eu já tinha lido uns anos atrás, senti que devia fazer uma “resenha” aqui e fui dar uma refrescada na memória antes de escrever.
Mas basicamente temos a história de Bárbara, uma menina imaginativa, brava pra caramba, meio doida, auto-intitulada caçadora de gigantes e mestra de RPG que ama matar personagem de jogador tosco. A arte é muito mangá, mas é meio caricata e garranchada às vezes, mas é perfeita pra proposta. A trama conta com um segredo poderoso, personagens com atributos na ficha (usando a linguagem de RPG, hobby bastante citado aqui), mas o número exato para fazer o conjunto andar sem sobras e um final que é uma explosão. Tudo bem simples quando olhado de fora.
Sim, to tentando evitar spoilers, senão estrago :Þ
# Veredicto: se pegar em mãos, leia! Não entra na categoria “mudou minha vida”, mas dificilmente sairá da minha estante.
# Bom: a fantasia é real!!! Fora isso, os extras são muito bons e amei praticamente todos os personagens que aparecem com algum destaque, mas vou jogar meu holofote pra irmã de Bárbara, com poucas cenas mas muito a dizer: tentando fazer o papel dos pais e fracassando, porque nem um adulto conseguiria ir tão longe. É sutil, é humano e dá a dimensão exata do que estava acontecendo quando o roteiro pede isso.
# Mau: a encadernação da New Pop é meio nhé, espero que relancem um dia. E pena que o gigante não tem três pernas como a proposta do desenhista, realmente seria mais aterrorizante assim :P
208 páginas • R$ 39,90 • 2013 • revista na página da editora
P.S.: há uma adaptação em filme, não vi.