Alias


(por Brian Michael Bendis e Michael Gaydos)

Já disse algo assim nas resenhas passadas: teve um ano esses pré-pandemia, que li um monte e meu dedo foi abençoado com excelentes escolhas, porque praticamente só peguei gibi bom. Foi tanta coisa, muito acima da minha velocidade de resenhar que além da pilha de compras (aqueles gibis que quero, mas teria de sambar para encaixar no orçamento) e da pilha de leituras (“todo mundo de bom senso tem uma”, repitam comigo), acabei criando a pilha de resenhas.
E, cá estamos em 2022, comigo lendo vergonhosamente nada, mas com uma dívida ancestral de textos a serem escritos* :P

* algumas coisas sem graça podei da lista, mas assim mesmo ela continua grandinha.

Pelo que ouvi falar, o roteirista Brian Michael Bendis queria fazer uma série com Jessica Drew, a Mulher-Aranha, mas por algum motivo desistiu da idéia e criou outra Jessica, Jessica Jones. No decorrer da série, descobrimos que Jones foi brevemente super-heroína no passado (“Jewel”, “Safira” na tradução nacional), mas abandonou a carreira para virar detetive particular. E a série gira em torno de casos que ela pega, às vezes em torno de seu passado e durou 28 edições que acabaram saindo por aqui em três encadernados.

...no momento estou folheando os gibis e não sei se fico feliz por ter esquecido o grosso das histórias - sinal que vou me divertir de novo daqui algum tempo quando reler - ou me preocupo por ter esquecido tanto :P Mas me lembro do que interessa: que, no geral, as histórias são de busca por gente desaparecida, com participação de figurinhas famosas da Marvel (inclusive a Drew dá as caras, claro) e com uma protagonista adulta responsável pelas coisas legais e pelas merdas que faz (inclusive ela pega pega e/ou namora um ou dois uniformizados :P), com um emprego na margem da lei e na margem entre o mundo normal e o dos super-heróis.

# Veredicto: fica na estante, com certeza. E se você achar os três volumes a venda num preço justo, considere pegar.
# Bom: roteiros, personagens e diálogos bem construídos, Já vi gente reclamando nos diálogo enormes que levam a nada, mas a vida real é assim mesmo :P E, antes que me esqueça, destaco aqui a historinha com J. J. Jameson, num formato diferente e HQ (e com a eterna satisfação de ver ele se ferrado) e de um dos raros What If mais felizes que a linha temporal padrão da Marvel. Acreditem, gostei tanto que nem precisei folhear os gibis pra me lembrar delas :P
# Mau: o gibi não é daqueles que mudam sua vida, mas entrete, nunca pedi mais que isso, mas já vi reclamarem do final meio deus ex machina na luta contra o maior vilão da vida pregressa dela, mas até isso é válido dentro do contexto. Talvez a grande reclamação seja o formato luxuoso demais usado na época, ainda hoje mais de 50 contos num gibi faz a gente pensar antes de gastar.
volume 1: 232 páginas • R$ 50,00 • volume 2: 276 páginas • R$ 68,00 • volume 3: 204 páginas • R$ 52,00 • 2018

P.S.: há um seriado homônimo, mas em comum só tem o mesmo nome. A versão televisiva da personagem foi batizada de “Jessica Jones”.
P.S.2: tem material posterior com a personagem, não li.
P.S.3: nota mental: Algum Dia reler e fazer uma resenha melhor que essa. A HQ merecia mais.

Índice de resenhas e movimentações da minha estante:

...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui