junho 2020 Archives


(de Jason Aaron e outros)

Antes da minha maratona de Tom Strong, li a Thor de Aaron. Mas antes de desenvolver essa "resenha", quero por na mesa quatro coisas:
1) talvez solte spoilers no texto.
2) pra mim só existe UM Thor e é o do Walter Simonson. Estou aberta à outras abordagens, mas duvido que outro autor, ou autora, chegue àquele nível. E, para mim, o Thor Odinson era um ninguém antes dessa fase, e voltou a ser ninguém depois :P
3) entre o começo desse texto tiveram minhas férias e ainda há a pandemia. As revistas não estão mais comigo e alguns comentários serão em cima da memória e anotações que fiz logo após a leitura.
4) e, antes de tudo, eu não tinha os gibis desse arco em que o personagem entra pro time das meninas e fiquei (mais) curiosa quando anunciaram que o próximo filme do personagem será baseado nela. Corri em gibiterias atrás das revistas que cobriam esse arco de histórias e pus na pilha. E, em 2020, chegou a hora e a vez de conferir este material...

...e logo me lembrei de uma frase do autor de Tom Strong: que o leitor de quadrinhos raramente vai ler o começo da história do personagem que curte, e raramente verá o final (ou algo nessa linha, a citação é de cabeça). Assim, mesmo numa faixa limitada de histórias, sempre vai ter uma carga cronológica anterior a ser decifrada e a certeza que algumas pontas não serão fechadas tão cedo. Quando comecei a ler, tive de me situar quando ao status quo atual de Asgard(ia) e seus habitantes. Por sorte, quase todo mundo agia como eu lembrava, então logo eu estava de boas naquela ilhota apertada na altura de Saturno.
O que entendi que aconteceu: Asgard, a terra dos deuses nórdicos, já era, e eles tiveram de migrar para uma versão pocket do seu reino. Aconteceram outras coisas lá, mas não vou explicar aqui porque no fim das coisas pouco importam pro todo da leitura. Thor não era mais digno de usar Mjolnir - seu famoso martelo - e no lugar dele, Jane Foster, a ex-namoradinha terrestre dele é que empunhava a arma mística e o título de Thor (e quase ninguém sabia dessa identidade secreta).
Nessa, vi que me "enganaram" e de cara me decepcionei ao descobrir que a história d**a** Thor não começava ali, na primeira revista da sequência que comprei, pelo contrário: Jane Foster/Thor já estava bem estabelecida naquela altura e talz... Bom, já que comecei a ler, não ia ser aquela hora que correr atrás do que faltava (a aparição da nova Thor e a revelação de quem estava sob a máscara da nova personagem, etc - mas aceito dicas, se é que existe um conjunto de histórias não-fragmentárias para procurar) e dei sequencia à leitura.
Assim, os comentários a seguir serão só em cima do que que li:
• Jane Foster: as cenas descrevendo o tratamento de câncer da personagem são muito boas. Mas essa temática some na revista e se torna mais uma muleta no roteiro, pra provar que a identidade civil da Thor é durona ou pra fazer alguma piadinha de humor negro. Uma pena, porque dava pra investir muito aqui, ainda mais com o elemento fantástico/super-heróico ali do lado.
• A Guerra dos Reinos era outra coisa interessante, que dava pra ser foda massavéio, mas ficou em banho-maria quando podia ter se desenvolvido. Acontece mil arcos com a personagem e tá lá aquela guerra destruidora de civilizações no background mal incomodando o núcleo dos personagens.
• Asgard(ia) e seus problemas internos (Odin, irmão do Odin, etc): saudades de Simonson, com um pai dos deuses mais sábio e que realmente fez diferença nas tramas, tanto presente quanto ausente. Asgárdia é um reino menor, no tamanho físico e na grandeza dos personagens.
Loki tá um clone dos filmes, dúbio e talz. Como não sei o quanto é evolução do personagem desde mil novecentos e dinossauro na assinatura, não sei o que dizer :P
Roxxon: como corporação, o melhor inimigo de todos os arcos, simplesmente por ser diferente. A parte da reunião dos "líderes secretos" do mundo também é legal... mas a série é isso: monte de coisas legais que só distraem de contar uma história maior e coerente =p No somar da história toda, é uma parte que você destaca do conjunto e não sente falta.
S.H.I.E.L.D.: atuando contra os "donos do mundo", sendo alguns deles corporações americanas. Aham, claro. De resto, também dispensável pro total do enredo (e to me coçando pra não comparar a influência pra história de toda a aparição da SHIELD e seus agentes nas histórias desse autor com as poucas páginas em que a SHIELD aparece nas histórias do outro autor citado acima).
• "O Vinking Mais Forte que Existe": filler em duas partes. Tanto para contar e o autor fica nessa punheta recorrente pro passado do Thor marmanjo folgado e/ou pirralho em busca de levantar o martelo (deve ser algum mecanismo de compensacao do autor, já que o personagem não tem mais martelo e sim uma perereca)


dsclp

• Mjolnir ter vida e uma personalidade é uma sacada interessante. Por outro lado é tipo "que detalhe secundário do personagem ninguém abordou ainda pra eu poder criar arcos narrativos novos, já que não tenho foco pra manter os já abertos?".
• Eventualmente a revista (to lendo os gibizinhos da Panini, lembrem-se) aborda o que aconteceu com o Thor original. O motivo dele se considerar indigno parece ser interessante (ou é apresentado de forma interessante), Bill Raio Beta está apresentado de forma decente e o Colecionador é o tipo de personagem bucha que só tem importância porque o autor quis. Ah, tem algo a ver com Thanos ali, mas como é parte de algum crossover que estou por fora, boiei parcialmente, deduzi o resto.
(Tem Angela no gibi, enxertaram a personagem na árvore dos mundos õ.Õ Achei tosco de ponta a ponta, mas parabens a Neil Gaiman por ter feito arder o fiofó do McFarlane e ter ganho dinheiro vendendo ela pra Marvel) (ah, sim, ela foi mais um elemento tosco e descartável, pra variar)
• Em certo momento, juntam um monte de personagens de reinos diferentes pra lutar contra Malekith. Mais um caso de idéia legal que morre na praia.... por sinal, Malekith é outro bucha que só ficou esperto porque os outros personagem emburreceram coletivamente.
• O arco com os Shiar: filler, de novo. Ok, tem umas cenas c'a Fenix que são até intrigantes (que pelo jeito foi desenvolvido em outro gibi) e tem o começo do fato que encerrou esse arco de histórias, mas 95% do que aconteceu você joga fora e não faz falta pro todo.
• o conceito de um Thor da Guerra é até bom, mas a execução é feita da forma mais óbvia possível, um agregado de clichês executados com zero sutileza e arriscando estragar um personagem clássico.
• ...e a revista encerra depois de 14 edições, nem de longe fechando os arcos que abriu.

Aí vem o par de encadernados "A Morte de Thor". Desavisada, achei que eles ao menos encerrariam a guerra de Malekith ou a história da personagem...
...ledo engano. De novo:
• Temos abrindo a dupla de revistas uma simpática história com várias versões do Thor, seguida de porradaria com Thor da Guerra versus Mangog (um daqueles velhos vilões do personagem, tão velho, mas tão velho que quem leu sua primeira história na época que saiu está automaticamente no grupo de risco do covid-19).
• O primeiro volume termina com um crossover da Thor atual com o Thor antigo, quando era mais moleque, na época dos vikings.
• No segundo encadernado d"A Morte de Thor" [reforço de aviso: soltarei spoilers] a doença de Jane, obviamente, evolui mais que a trama e é usada como recurso dramático para encerrar a série com o clássico (falso) dilema heróico de que se ela virar Thor mais uma vez, a doença a matará.
...E todo mundo sabe que heróis mandam um foda-se bem grandão pra esse tipo de situação pra encher o vilão da vez de porrada, relâmpagos e marteladas - é daqueles clichês que alicerçam o gênero - , depois de quase todo mundo ter caído e ela se tornar a última linha de defesa - também clichê, mas é por isso que a gente paga gibi -, numa batalha bem executada... tirando o fato de um bichão tão foderoso e assustador, derrubador de deuses, não!!, de deuses guerreiros enfurecidos em massa!!!!, morrer só porque caiu numa estrelinha de meia idade e quinta grandeza.
Coé...
Ok, pela satisfação da narrativa, até pra engolir essa, mas logo após é que a história fraqueja de vez: a Jane não morre nesse gibi, só quase morre (com algum tempero-draminha: "oh, uma mortal só o pó da rabiola dando verdadeira lição a nós imortais asgardianos...") e deixa de ser a Thor, aí sim "matando" a identidade secreta dela, a Thor.
Dã.
Nosso amigo roteirista, além de todos os defeitos acumulados, decide fazer pegadinha do Mallandro com quem leu ¬¬'
Enfim, depois disso, a nomeada última revista da Thor encerra com pistas dos planos de Malekith e de que Jane será curada do câncer (aposto que quem escreveu acha que só uma gripezinha), mas não estarei lá para ver.

# Veredicto: entrete, o conceito é excelente, mas bem aquém de todo o potencial da personagem, ou de qualquer um deles. Venderei o gibizinhos :P
# Bom: Tem idéias boas, sim :) A própria Jane elevada à Thor é uma delas, o humor negro dela é outro e, para mim, ela demonstrar ressentimentos de Odin e Loki, criados na época em que ela era só o elemento que criava conflitos e tramas no gibi do ex-namorado foi encontrar ouro.
# Mau: sobrou filler na medida que faltou construção de personagens, faltou foco, faltou epicidade, faltou walter simonson. E também vou aproveitar esse espaço para falar mal da publicação bagunçada que a Panini fez.
Thor (14 edições): em torno de 52 páginas cada revista • R$R$ 7,50 em média • 2017 à 2018 • A Morte de Thor #1: 140 páginas • R$39,90 • 2018 • A Morte de Thor #2: 132 páginas • R$39,90 • 2019





A Marvel nos antigamente tinha um título chamado "What if..." ou "O que aconteceria se..." (na tradução da Abril) em que se contavam histórias imaginárias (ok, todas são imaginárias, diria um autor veladamente citado acima). Uma delas, escrita em 1978, contava o que aconteceria se o martelo de Thor fosse encontrado por (oh!) Jane Foster. Tenho o gibi nacional em alguma caixa, achei a história bem qualquer nota quando li - como fã de Ranma esperava mais :P Mas, né, era o Thor antes da fase que vale - e quando reencontrar a revista, (re)leio e opinino aqui^^


Índice de resenhas e movimentações da minha estante:

...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui

(Sh'iars)
Os Shiars são uma raça humanóide extraterrestre que estabeleceu um vasto império na chamada Galáxia Shiar, e já tiveram relacionamentos com os humanos da Terra. Os impérios Kree, Skrull e Shiar são os três maiores de que se tem notícia no Universo (veja Krees e Skrulls). Os Shiars tem relações diplomáticas com os krees e skrulls, e, devido à grande distância que os separam, nunca se viram em situação de guerrear contra as duas raças. O trono do império, até há pouco tempo, se encontrava em posse de Diken, um louco que quase destruiu o Universo, usando os poderes do cristal Mikrann. Sua irmã mais jovem, Neramani Lilandra - então almirante da frota imperial - se opôs a ele e uma guerra civil teve início. Quando o vilão foi, por fim, derrotado, Lilandra subiu ao trono e nele permanece até hoje. Os Shiars já conhecem a Terra há muitos anos e fixaram, secretamente, observadores no planeta desde que este ficou famoso por se encontrar numa encruzilhada de rotas hiperespaciais, entre os domínios kree, Shiar e skrull. Apesar de a princípio considerarem o ser humano um primitivo, os Shiars começaram a mudar de opinião desde que entraram em contato com os X-Men (veja X-Men). Tanto isso é verdade que a imperatriz Lilandra chegou até a se apaixonar por Charles Xavier, com quem namora até hoje (veja Charles Xavier). Criados por Len Wein em 1975, eles já foram e serão responsáveis pelas aventuras mais dramáticas já vividas pela superequipe mutante.


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Não, não é hoje :P

Na verdade, a lua vai estar cheia só na sexta, mas não será treze. Sexta treze agora só em (consulta calendário) novembro. Mas achei uma anotação aqui das luas cheias que caem numa sexta treze nesse século e no passado, e achei legal por esta listinha aqui. Vai que eu ajude algum supersticioso :P
• 13/Mar/1903
• 13/Out/1905
• 13/Jun/1919
• 13/Jan/1922
• 13/Nov/1970
• 13/Jul/1984
• 13/Fev/1987
• 13/Mar/1998
• 13/Out/2000
• 13/Jun/2014
• 13/Ago/2049 <- sexta feira treze, lua cheia e em agosto!!!
• 13/Abr/2063
• 13/Nov/2065
• 13/Fev/2082
Fonte: aqui

(Sharon Carter)
Irmã de Peggy Carter, o primeiro amor do Capitão América ainda no tempo da Segunda Guerra Mundial (veja Peggy Carter. Sharon ouviu tanto Peggy falar sobre o grande defensor da liberdade que desenvolveu uma verdadeira adoração pelo herói. No final da guerra, quando sua irmã foi vítima de uma explosão que a colocou em estado de amnésia, Sharon ouviu dizer que seu maior ídolo havia sido dado como morto - no acidente que o lançou em estado de animação suspensa. Bastante triste, ela passou a dedicar toda a sua atenção para auxiliar a recuperação da irmã. Anos mais tarde, quando o Capitão América foi encontrado vivo pelos Vingadores, ela já estava crescida e decidiu ingressar na SHIELD - onde seu ídolo estava trabalhando - para conhece-lo (veja SHIELD). Resultado: ambos acabaram se apaixonando. Após uma série de desencontros amorosos, e da eventual cura de Peggy graças ao maquiavélico plano do Dr. Faustus - que tencionava usá-la para destruir o Capitão -, Sharon e seu amado acabaram se encontrando definitivamente no amor (veja Dr. Faustus). Utilizando seu terrível gás mental, o horrendo Dr. Faustus - desta vez liderando a terrível Força Nacional - conseguiu transformar a bela jovem em uma de suas agentes. Também hipnotizado pelo gás, o Capitão América passou a defender os ideais da Força Nacional: só a raça branca deve permanecer livre; a violência e a selvageria são a solução para o mundo. Percebendo a situação do amigo, o Demolidor partiu em seu socorro e foi obrigado a enfrenta-lo, conseguindo, por fim, retira-lo do transe maligno. Quando o movimento criminoso foi dizimado, o Capitão viu, através de um videoteipe, que sua amada, hipnotizada, ateou fogo ao próprio corpo num trágico suicídio em massa durante uma manifestação pública do órgão criminoso. Criada por Stan Lee em 1966, a morte da namorada deixou o famoso herói terrivelmente abalado e motivou-o a dar um rumo completamente diferente a sua vida civil.


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