(de Alan Moore e Chris Sprouse)
Segundo encadernado de Tom Strong, começa com uma aventura no velho oeste que no fim é alienígena (gostei), seguido de uma meio bestinha com as crianças da série e professores retrógrados (me lembrou vagamente um episódio de Caverna do Dragão, "A Cidade à Margem da Meia-Noite"). Tesla Strong, a filha dele, tem uma história vulcânica; Tom Strong volta numa aventura curta, com capa legal (imita os álbuns de Tintim), mas que soa requentamento de duas histórias do próprio personagem (ela lembra muito a dos Astecas e a do Homem Modular).
Continuando a profusão de histórias curtas, Dhalua (a esposa de Tom) conta uma história de seu passado, com traços místicos, e Tesla conta um confronto com uma vilã - o plot-twist no fim é divertido :). Tom conta uma esquisita história de seu passado, em que visitou a terra dos mortos. Por fim, ufa, Tom Strong visita uma terra alternativa de desenhos animados, depois Tesla tenta fazer o mesmo e dá ruim.
Ao fim desse bloco de várias historinhas, temos a história maior que dá nome ao encadernado: o equivalente de Tom de uma terra paralela vem pedir ajuda para salvar seu próprio mundo. Apesar de bem contada, é bem normalzinha demais para um personagem que começou chutando os roteiros óbvios. Mas é digno de nota que Alan Moore resgata do limbo uma série de super-heróis da Nedor, editora dos anos 40, que estão em domínio público faz tempo (inclusive, o nome do selo que publicava Tom Strong nos EUA, America Best Comics, é homenagem à uma das revistas da editora) e que aqui Tom nem se move pra impedir um colega em matar alguém que ele não mataria.
Acabou? Não! Tem mais histórias: uma em várias partes com personagens de tempos e dimensões diferentes, bem no estilo das antigas do Capitão Marvel/Shazam, seguida de uma humorística em que a família viaja para o espaço, imitando o humor inicial da Mad. Tem lá sua graça, mas Moore já tinha feito bastante uso desse recurso de imitar HQs antigas em Supreme, não precisa voltar a fazer isso :P Ainda nessa vibe "viagem espacial", temos outra que me pareceu um episódio requentado da série original de Star Trek. Por fim, finalmente, uma história de resgate num futuro distante.
# Veredicto: digno, mas aquém do primeiro volume
# Bom: a HQ no velho oeste é digna de estar no volume anterior, e tem a HQ propaganda de uma página só, 'divirta-se com quadrinhos!" que vale mais que várias nessa edição =P
# Mau: Moore se repetindo e pouco inspirado. É ainda melhor que muito autor, mas ninguém pode ter expectativas baixas com o barbudo.
196 páginas • R$27,90 • 2016 • veja no site da editora
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