março 2020 Archives


(de Alan Moore e Chris Sprouse)

Nunca tinha lido tudo de Tom Strong, mas conhecia o personagem através de edições soltas da Devir e Pixel: Tom é um herói à moda antiga, criado pelos pais para ser o ser humano perfeito (e é forte, longevo, e diria de bom caráter). Com o passar das décadas casou-se com Dhalua (um dos melhores casamentos inter-raciais que já li), teve filha, além de ter um mordomo robô e um amigo macaco inteligente. Ah, ele vive numa cidade de prédios altíssimos em que teleféricos são um dos meios de transporte normais.
Pra quem leu muito Alan Moore, a comparação é inevitável: se Miracleman é o Super-Homem descontruído e jogado no realismo; se Supreme vai no caminho contrário - o personagem respeita e homenageia inteligente todas fases do kryptoniano; Tom Strong é o Super antes de ser o Super: bebe nas antigas histórias pulp, em que fingiam fazer a ciência explicar os poderes e feitos do herói. Ah, sim, é também o que chamo de "Moore de bom humor": as histórias tem menos sombras, em todos os sentidos, que o usual do autor (Top 10 é outra HQ que coloco nessa etiqueta e espero que relancem, com todos os spin-offs).
Nessa edição temos a origem do personagem (mais apresentação do mundo e personagens secundários), o confronto com uma inteligência artificial auto-replicável e depois com uma civilização asteca transdimensional que pretende invadir a do personagem. Depois vem uma aventura em sequência em que ele enfrenta uma antiga rival nazista, uma entidade que dominava a Terra antes dos continentes se separarem ("uau!" pro conceito) e o retorno de um vilão clássico (que, num flashback, mostra que se utiliza de um conceito científico ultrapassado xD).

# Veredicto: divertido, inteligente. Faz a quarentena passar mais rápido :P
# Bom: Moore saca algumas idéias novas/diferentes em cima de conceitos científicos. E apesar de Strong ser bem porradeiro e andar armado, tem um caráter calmo e conciliador, um diferencial depois de uma década de metrancas gigantes, músculos sobre músculos e dentes rangendo. Ah, as críticas ao nazismo valem pra atualizade, infelizmente....
# Mau: vilã nazista fetichista, já vi muitas, viu? :P E nem era o Arthur Adams na melhor forma.
212 páginas • R$27,90 • 2016 • veja no site da editora


Índice de resenhas e movimentações da minha estante:

...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui

(Rhino)
O homem que estava destinado a se tornar o vilão Rino, era uma pessoa comum e bastante musculosa que realizava diversos trabalhos para criminosos profissionais. Em determinado ponto de sua carreira, ele foi contratado por um grupo de espiões independentes, sem vínculo com nenhum país. Seus empregadores o escolheram para ser submetido a uma experiência, cujo propósito era criar um assassino superpoderoso. Os espiões o selecionaram devido a seu porte físico avantajado e inteligência curta o que eles acharam lhes assegurar total lealdade. O modesto criminoso foi então submetido a vários meses de tratamentos químicos, o que acabou por lhe conceder força sobre-humana. Uma equipe de especialistas desenvolveu um material tão resistente quanto a pele de um rinoceronte e o utilizou para fabricar uma vestimenta. Entregando-a ao bandido e conferindo-lhe o nome de Rino, os espiões o designaram para uma missão bastante importante: raptar o astronauta John Jameson, filho de J. Jonah Jameson, diretor do jornal O Clarim Diário, com o propósito de vende-lo a nação que mais dinheiro oferecesse. A autoconfiança recém-adquirida por Rino, após sua transformação, levou-o a sentir-se ressentido com o tratamento que estava tendo nas mãos de seus empregadores, a ponto de rebelar-se contra eles e destruir seu quartel-general. Feito isso, o vilão tentou raptar o jovem Jameson por sua própria conta, mas foi impedido pelo aparecimento do Homem-Aranha. Condenado à prisão, o criminoso foi colocado em um hospital da polícia, onde era mantido sob o efeito de pesados sedativos. Algumas semanas depois, durante um período de lucidez entre as doses de remédio, Rino conseguiu fugir, indo imediatamente atrás do Aranha à procura de vingança. O herói aracnídeo conseguiu vence-lo novamente, usando uma versão de seu fluido de teia, planejado com o auxílio do Dr. Curt Connors (veja Lagarto). O fluido continha pequenas cápsulas de ácido que se decompunham em contato com o ar, e acabaram tomando a vestimenta do supervilão fina e incapaz de resistir a qualquer impacto mais forte. Dessa forma, Rino pôde ser recapturado e preso outra vez. Cumprindo uma curta sentença, ele foi colocado em liberdade condicional. Quando isso aconteceu, os espiões que o criaram - aparentemente sem guardar rancor por sua traição - se aproximaram dele com a proposta de transforma-lo num ser mais poderoso ainda, utilizando um tratamento com raios gama. Eles também desenvolveram um material à prova de ácido para confeccionar seu uniforme. Sem perspectivas de ganhar dinheiro, e queimando de ódio pelo Homem-Aranha, o vilão aceitou a oferta. Sua primeira missão foi raptar o dr. Bruce Banner, uma das maiores autoridades em raios gama do mundo. O plano do círculo de espiões era coagir Banner a desenvolver um exército de assassinos super-humanos, criados por exposição aos raios que deram origem ao incrível Hulk (veja Hulk). Quando Rino tentou realizar sua missão, o cientista se transformou em seu monstruoso alter ego e dominou o vilão. Este foi novamente enviado a uma prisão e mantido sob fortes doses de sedativo. O combate de Rino contra o Hulk chamou a atenção do perigoso Líder (veja Líder), que acreditou ser o presente estado do criminoso um ótimo ponto de partida para submetê-lo a um novo tratamento com radiação gama e tomá-lo capaz de derrotar o monstro verde. O gênio criminoso libertou o vilão do presídio, ampliou sua força e, em duas ocasiões distintas, controlando mentalmente o corpo de Rino, experimentou vergonhosa derrota frente ao gigante esmeralda. Criado em 1966 por Stan Lee, atualmente não se tem noticias de seu paradeiro.


Índice: ABCDEFGHIJKLMNOPQSobre esse projeto


(de Chris Claremont e Bill Sienkiewicz)

Não vou me repetir quanto à minha tietagem do título e talz: os universos Marvel e DC eram meus cantos preferidos do mundo numa adolescência mei bosta, e a mansão Xavier, com aquela dinâmica quase familiar entre um salvamento do mundo e outro era quase que minha casa. E claro que me identificaria mais com o nicho de personagens na minha faixa etária que vivia lá dentro =P

(é.... acho que acabei me repetindo)

Esse gibi aqui foi escrito pela mesma dupla que fez os dois álbuns dos Novo Mutantes lançados poucos anos atrás pela Panini: Chris Claremont e Bill Sienkiewiecz, mas em vez de uma história dos anos 80/90, aqui temos uma história feita ano passado que se encaixa naquele período, tipo uma história não contada naquela época. Nesse aspecto, a trama está exemplar: é fechada (Warlock surta, Magia surta em consequência e os moleques tem de resolver a bagaça toda), Claremont está reconhecível em sua melhor forma e ainda sabe conduzir seus personagens depois de tanto tempo longe deles (e sem seu maior defeito: a verborragia). A arte do Sienkiewicz tá o desbum de sempre, mesmo sendo só preto e branco, mas o trabalho do colorista (Chris Sotomayor) casa perfeitamente.
Por outro lado, temos nada de novo: todos os clichês dos personagens estão lá, todas as tramas e conflitos secundários que o Claremont invocava pra gerar alguma tensão (e, ocasionalmente, desenvolver numa história maior) nas histórias também: o lado mal de Illyanna, Doug se arriscando fundir com Warlock, o fato de Miragem ter se tornado uma valquíria numa história anterior (algo que nunca foi bem inserido ou desenvolvido pelo Claremont quando estava no comando do título, imho), etc. E, com a história tenta se encaixar no meio de uma cronologia já estabelecida, ela não tem consequências.

# Veredicto: serve pra matar as saudades =)
# Bom: o acabamento do gibi está bom, o roteiro está redondo, casando com a arte e cores (nem senti aqui a "guerra" que havia entre roteiro e arte, lá nos antigamente). E os personagens não estão congelados nos anos 80: há elementos aqui e ali de nossa época que casam perfeitamente com os personagens XD Os puristas podem mimizar, mas o tempo marvel sempre passou de forma diferente do tempo real ;)
# Mau: como falei, é tipo um Star Wars: O Despertar da Força só com os personagens originais: entrete e só reconta de forma aprimorada o que você já viu trocentas vezes antes. E, convenhamos, "Filhos da Guerra" é um título forte desperdiçado numa historinha feijão com arroz.
36 páginas • R$9,90 • 2020 • revista no site da editora

P.S.: agora quero saber onde exatamente eu encaixaria essa história na cronologia dos personagens. Óbvio que é após Guerras Asgardianas e antes de Inferno....
P.S.2: tem filme mais amaldiçoado que o dos Novos Mutantes? :P (pretendo ver, mesmo ciente que será uma bomba).
P.S.3: o mundo seria um lugar melhor se o Claremont tivesse feito o New Mutants Forever direito.
P.S.4: vou deixar a seguir meu "mapa cronológico" das revistas da época (me guiava por ele pra comprar as revistas antigas gringas, quando o dólar era pagável)

Rei

(The Kingpin)
Muito pouco se conhece sobre Wilson Fisk, o Rei, antes dele ter assumido o comando das principais quadrilhas da costa leste dos Estados Unidos. Sabe-se, porém, que ele já se referiu à sua infância, dizendo ter sido uma criança bastante impopular e afirmando ter enveredado pelo crime quando atingiu a adolescência. Desde garoto, Fisk contava com uma forte determinação de ser o melhor em qualquer coisa que fizesse, e acreditava piamente que a força física era um grande fator para se adquirir poder no submundo. Treinando fanaticamente em muitas formas de combate corporal e utilizando-se de vários métodos para desenvolver uma admirável constituição física, ele se especializou na arte japonesa conhecida como sumô. Seu interesse nessa forma de luta, obviamente, voltou sua atenção para a cultura e filosofia orientais. Fisk obteve sua educação através de livros roubados de bibliotecas e, com o tempo, tornou-se particularmente fascinado pela ciência política. O jovem não tardou a perceber que uma outra importante chave para o sucesso se encontrava na utilização de técnicas políticas para organizar e dirigir grupos de criminosos. Foi exatamente a utilização dessas técnicas que lhe conferiram o título de Rei do Crime. Embora Wilson sempre tenha sentido prazer em combater fisicamente seus inimigos, ele reconheceu a necessidade de nunca se colocar numa posição na qual a lei pudesse provar sua responsabilidade em relação a qualquer ato ilegal. Extremamente precavido, ele jamais foi condenado por nenhuma das atrocidades que cometeu. Fisk nunca aceitou trabalhar ao lado de qualquer vilão, preferindo liderar sua própria quadrilha. Em pouco tempo, essa quadrilha cresceu muito em tamanho, influência e poder graças à sua extrema inteligência e,quando necessário, às suas proezas em combate físico. Fisk foi muito cuidadoso em investir seus ganhos ilegais em negócios legítimos. A primeira companhia que ele possuiu, comercializava especiarias do Oriente. Hoje, embora tenha construído um vasto império em vários ramos comerciais, ele ainda faz questão de declarar em público que não passa de um humilde mercador de especiarias. Depois de uma década como líder criminoso, o Rei também obteve amplo sucesso com negócios legais a ponto de se tornar um destacado membro da sociedade de Nova Iorque. Foi então que ele conheceu a bela Vanessa, com quem logo se casou, e, cujo amor, ele sempre afirmou ter lhe concedido toda a paz que seu espírito tanto buscava na procura do poder. Se Vanessa tinha ou não consciência de suas atividades criminosas antes do casamento, ninguém sabe. Seu filho, Richard, nasceu um ano após o casamento. Cerca de duas décadas depois, Fisk, já conhecido como Rei, havia se tomado um dos líderes criminosos mais poderosos de Nova Iorque e Las Vegas, e adquirido o respeito de vários outros chefões. Durante o curto período em que o Homem-Aranha decidiu pôr fim à sua carreira de herói (veja Homem-Aranha), o enorme vilão resolveu realizar seu plano mestre. Por muitos anos, vários chefes de quadrilhas tinham sonhado em formar uma união de gangues com o propósito de competir com a Maggia, que monopolizava o crime organizado em todo o país (veja Maggia). Sem a ameaça do herói aracnídeo, Fisk propôs que a união fosse realizada sob sua liderança e foi aceito por todos com quase unanimidade. O Rei, então, deu início a uma gigantesca onda de crimes em Nova Iorque, que terminou com seu primeiro confronto com o novamente ativo Homem-Aranha. O vilão havia tentado silenciar o diretor do jornal O Clarim Diário, J. Jonah Jameson (veja J. Jonah Jameson), mas o Aranha conseguiu salva-lo, e este revelou a nação que Wilson Fisk era o Rei. Com isso, a união de quadrilhas aparentemente se desfez. Nos anos que se seguiram, o vilão sofreu uma série de derrotas. Nesse período, surgiu uma grande oportunidade para a realização de seus sonhos de poder, quando ele foi recrutado para servir de líder oculto - no setor de Las Vegas - da organização Hidra (veja Hidra). Seu filho, Richard, agia sob sua direção como Supremo Hidra ou chefe do grupo. Através da sociedade secreta, Wilson pretendia obter o governo do país e partir para a conquista de todo o mundo, mas acabou se voltando contra a Hidra quando soube que a facção de Las Vegas não estava sendo realmente controlada por suas mãos, mas sim, pelo criminoso nazista, conhecido como Caveira Vermelha (veja Caveira Vermelha). Nessa época, Vanessa cansou da vida criminosa que seu marido estava levando e lhe fez uma ameaça: se Fisk não se regenerasse, ela o abandonaria. Temendo perder aquela que lhe era tão cara, o Rei concordou em abandonar as operações ilícitas e ambos se mudaram para o Japão. Vanessa chegou até a persuadir o Rei a entregar seu arquivo sobre as atividades de outros líderes criminosos para as autoridades legais. Tentando impedir que isso acontecesse, os que tinham assumido o lugar do vilão na liderança das quadrilhas raptaram sua esposa, que foi aparentemente morta por um auxiliar direto de Wilson - ele a via como o único obstáculo impedindo que seu chefe voltasse para o crime. Com a idéia de que a esposa estava morta, Fisk realmente retornou ao crime. Ele não apenas assumiu a liderança de sua antiga organização, mas também tirou de circulação todos os que a haviam dirigido em sua ausência, entregando-os ao Demolidor (veja Demolidor). Livre da ameaça desses criminosos, o Rei uniu novamente as quadrilhas da costa leste, criando um sindicato muito mais forte do que o anterior. Feito isso, ele mais uma vez voltou sua atenção às conquistas políticas, fazendo com que uma de suas marionetes, o candidato Winston Cherryh, vencesse a eleição para prefeito de Nova Iorque. O Demolidor, contudo, encontrou Vanessa viva, mas sofrendo de sérios problemas mentais, e usou-a para manipular o vilão e fazê-lo ordenar que Cherryh renunciasse à cadeira de prefeito. Criado por Stan Lee em 1967, ele continua liderando sua vasta organização criminosa até o presente, esperando uma oportunidade de se vingar pelo que o Homem sem Medo lhe fez.


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(The Recorder)
Um Registrador é um andróide construido pelos Colonizadores de Rigel com o propósito de reunir informações e analisar atos (veja Colonizadores de Rigel). Cada um dos aproximadamente quinhentos Registradores existentes foram construídos no satélite que orbita o planeta Rigel-3. Os andróides geralmente são enviados em missão de exploração a planetas que os rigelianos tencionam colonizar. Seu procedimento básico é aterrissar no mundo, registrar todas as suas condições físicas, bem como formas de vida. Quando o trabalho está completo, eles retornam ao centro de comando rigeliano para entregar todos os dados obtidos. Entre os Registradores mais famosos, encontra-se a unidade 211, designada para acompanhar Thor em sua jornada a Ego, o Planeta Vivo (veja Thor e Ego, o Planeta Vivo). Sua missão foi tão bem realizada que o Grande Comissário Rigeliano permitiu que ele retivesse a lembrança de suas experiências após entregar as informações colhidas, o que não acontece com os demais andróides de linha, cuja memória é apagada depois de cada missão. Criado por Stan Lee em 1966, atualmente não se tem notícias de suas atividades.


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Assim com o dos Ebionitas, o Evangelho dos Hebreus é outro texto perdido que só conhecemos uns pedaços através de citações de terceiros. Como vou usa-lo no meu projetinho de paralelo dos evangelhos (tem um preview bem rascunhado aqui), decidi preparar uma "tradução" dele também e, mais pra frente, do Evangelho dos Nazarenos, o último dessa categoria "evangelhos apócrifos que só conhecemos de segunda ou terceira mão" :P

O que sabemos desse texto é que provavelmente foi escrito em grego, no Egito, no começo do século II. A obra chamada "Esticometria de Nicéforo" diz que Evangelho dos Hebreus tinha 2200 linhas (Mateus tinha, segundo essa tabela, 2500 linhas, Marcos 2000, Lucas 2600 e João 2300) de texto. E, ao contrário do Evangelho dos Ebionitas, que foi citado apenas por um autor, o Evangelho dos Nazarenos foi citado por muita gente, em várias obras - e, pelo que deu pra notar, ele não era considerado tão herético assim, parte dos antigos o respeitava, parte confiscava o livro e tocava fogo nele - , o que me deu um trabalhão descobrir quais fontes estão acessíveis dentro dos meus limites, antes de copia-las, verte-las pro português e coloca-las aqui.

As citações que encontrei originalmente foram escritas em grego, copta e latim, e, se meu inglês é muito ruim, minhas fluência nestas três línguas é ligeiramente abissalmente pior. Assim, essa minha "tradução" (aspas, aspas) foi feita em cima das traduções existentes para o inglês. Na medida do possível, cacei o contexto em que o Evangelho dos Hebreus era citado e algumas vezes confrontei mais de uma tradução, quando existiam. Assim mesmo, quando/se alguém detectar erros, m'avisem que corrijo (tô ligada que vou passar vergonha), e se alguém souber ler as fontes originais pra me conseguir mais infos que não consegui obter (Jerônimo e Dídimo, o Cego, principalmente), muito agradeceria :)

Bom, vamos ao que interessa: primeiro, o texto existente, organizado, sem comentários, pros apressados X)


1 Quando Cristo desejou vir a terra para os homens, o Bom Pai chamou um "poder" nos céus chamado "Miguel" e pôs Cristo sob seus cuidados. E o "poder" desceu ao mundo, e foi chamado Maria, e [Cristo] esteve em seu ventre por sete meses.

2 E isto aconteceu quando o Senhor levantou-se de dentro das águas, toda a fonte do Espírito Santo desceu sobre ele e permaneceu nele e lhe disse: meu Filho, em todos os profetas eu esperava por ti para que viesses e Eu possa descansar em ti. Pois tu é meu descanso; tu és o meu Filho primogênito que reina para sempre.

3 "Minha mãe, o Espírito Santo, me levou agora por um de meus cabelos e me levou para o grande monte Tabor"

4 Ele, cuja busca não parará até que encontre; e tendo encontrado, ele vai se perguntar; e se perguntando, ele reinará; e reinando, ele descansará.

5 E nunca sejais alegres, salvo quando contemplardes teu irmão com amor.

6 Está contada entre uma das ofensas mais graves: aquele que entristeceu o espírito de seu irmão.

7 Mas o Senhor, após ele ter dado suas roupas sepulcrais para o servo do sacerdote, apareceu à Tiago (por causa de que Tiago jurara que não comeria pão a partir daquela hora em que ele bebera o copo do Senhor até que ele o visse novamente ressuscitado dentre aqueles que dormem)" (...) "Tragam uma mesa e pão" (...) "ele trouxe pão e abençoou, e o partiu e deu a Tiago, o Justo, e disse a ele 'meu irmão, coma meu pão, porque o Filho do Homem resussitou dentre aqueles que dormem.'


Agora, a parte mais legal (pra mim, ao menos) e mais trabalhosa: quem citou o Evangelho dos Hebreus e onde, do autor mais antigo até o mais novo :P
E, como fiz no dos Ebionitas, a citação ao evangelho estará em preto, o restante do texto em torno em cinza e em vermelho o número do fragmento na sequência proposta pelos estudiosos^^

Enquanto preparo uma "tradução" do Evangelho dos Hebreus, outro texto antigo que só nos chegou por citações em outras obras, coloco aqui uma versão mais direta dos fragmentos do Evangelho dos Ebionitas, na suposta ordem que eles deviam estar na obra original, sem os comentários de Epifânio e lembrando que entre um trecho e outro deve ter tido mais texto que provavelmente nunca saberemos:


1 Isso aconteceu nos dias de Herodes, rei da Judéia, sob o sumo sacerdote Caifás, em que um certo homem chamado João, veio batizar com o batismo de arrependimento no rio Jordão. Dizia-se que ele era da linhagem do sacerdote Arão, filho de Zacarias e Isabel, e todos foram a ele.

2 isso sucedeu de acontecer quando João batizava, que os fariseus vieram a ele e eram batizados, e toda Jerusalém também. E ele tinha uma veste de pelos de camelo e um cinto de couro ao redor dos lombos. E a carne dele, era mel selvagem, cujo sabor era como o de maná, como bolo em óleo.

3 Quando o povo foi batizado, Jesus também veio e foi batizado por João. E quando ele saiu da água, os céus foram abertos e ele viu o Espírito Santo descer na forma de uma pomba e entrar nele. E uma voz foi ouvida do céu dizendo: Tu és meu Filho amado, em ti me comprazo; e outra vez: Hoje te gerei. E de repente uma grande luz brilhou naquele lugar. Vendo isso, João disse-lhe: Quem és, Senhor? E novamente veio uma voz para ele do céu: Este é meu Filho amado, em quem me comprazo. E então, João caiu diante dele e disse: Peço-te, Senhor, me batize. Mas ele o proibiu dizendo-lhe: deixe como está, pois é assim que tem de acontecer.

4 Havia um certo homem chamado Jesus, e ele tinha cerca de trinta anos, e ele nos escolheu. E, chegando a Cafarnaum, entrou na casa de Simão, apelidado Pedro, abriu a boca e disse: Enquanto eu caminhava junto ao mar de Tiberíades, escolhi João e Tiago, filhos de Zebedeu, e Simão, André, Filipe e Bartolomeu, Tiago, filho de Alfeu, e Tomé, Tadeu, Simão, o zelote, e Judas Iscariotes. Você também, Mateus, sentado no posto de recebimento dos impostos, chamei e você me seguiu. Quero, pois, que sejais doze apóstolos em testemunho a Israel.

5 "Eis que tua mãe e teus irmãos estão do lado de fora". "Quem são minha mãe e meus irmãos?" E estendeu a mão para os discípulos e disse: "Estes são meus irmãos, mãe e irmãs, estes que fazem a vontade de meu Pai".

6 "Eu vim para abolir os sacrifícios, e se você não deixar de sacrificar, a ira não deixará de pesar sobre você".

7 "Onde quer que preparemos para comer a Páscoa?" e ele supostamente dizendo: "Eu realmente queria comer carne nesta Páscoa com vocês?".


Sobre esses posts(Natal)Marcos 1Marcos 1, de novoMarcos 3Marcos 5Fighting Fantasy - the SynopticsSobre dar esmolas, ser cristão e alguns pastores no twitter: uma colagem de versículosEvangelho dos Ebionitas

(Death Bird)
Muitos mistérios rondam a origem da criatura conhecida como Rapina. Pertencente à raça aérie, um povo humanóide descendente de criaturas semelhantes a pássaros, sabe-se apenas que ela nasceu com uma fúria incontrolada, o que a levou a matar sua irmã e ser exilada. Criada por Chris Claremont em 1977, depois de combater Miss Marvel a serviço de Modok, ela foi derrotada pela heroína, aparentemente morrendo ao cair dentro de um silo e ser consumida pelas turbinas de um foguete.


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(The Black Bolt)
Raio Negro era filho de dois dos maiores geneticistas do Grande Refúgio de Attilan, morada dos inumanos: Agon, chefe do Conselho de Genética e Rynda, diretora do Centro de Cuidados Pré-natais (veja Inumanos). Submetido a Névoa Terrígena - cuja propriedade e alterar o DNA dos organismos - enquanto ainda se encontrava no ventre da mãe, o inumano nasceu com estranhos poderes ate mesmo para seus semelhantes. Quando criança, ele demonstrou certas habilidades de manipular energia as quais ainda não conseguia controlar, e provocou, com a voz, descargas sônicas de grande poder destruidor. Para proteção da comunidade, ele foi confinado no interior de uma câmara a prova de som e recebeu uma vestimenta capaz de controlar o seu poder. Lá, ele foi instruído na arte de dominar suas habilidades ate a idade de dezenove anos, quando seu regresso a sociedade foi permitido. Um mês depois de receber a liberdade, Raio Negro descobriu que seu irmão, Maximus, estava prestes a fazer um pacto traiçoeiro com um emissário da raça kree (veja Maximus e Krees). Tentando impedir que a nave kree escapasse, o inumano utilizou seu poder proibido derrubou o veiculo do céu. Quando a espaçonave caiu, chocou-se contra o edifício do parlamento matando varios membros do Conselho de Genética, inclusive seus pais. Maximus também sofreu graves conseqüências com o ocorrido: as reverberações do grito do irmão afetaram sua sanidade, bloqueando os poderes mentais que ele possuía desde o nascimento. Apesar de sua culpa e de seus silenciosos protestos, Raio Negro foi obrigado a aceitar o manto de líder dos inumanos com a idade de vinte anos. Criado por Stan Lee em 1965, além de poder emitir gritos devastadores, ele também é capaz de erguer pesos de até duzentos quilos e voar.


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A lista das coisas que andei fazendo nessa vida ^^
...ou "currículo das coisas que gostei de ter feito" :) - versão 4.0 :P

Nota: datas terminadas com um sinal de mais (+) indicam que a publicação continua em andamento.



Quadrinhos:
Raquel: (roteiro), 7 capítulos até o presente (2017+) - link
Na verdade, Raquel é uma história que já teve várias versões online. A atual é a quinta e, espero, definitiva. As versões anteriores, que nunca concluíram, foram:
 ○ versão 1: (roteiro, arte), 2 edições (1998, 2014-2017) - link
 ○ versão 2: (roteiro, arte (partes 1 à 9), animação), 10 capítulos em flash (2000-2003) - link
 ○ versão 3: (roteiro, arte do capítulo 1), 2 capítulos (2004-2006) - link
 ○ versão 4: (roteiro, arte), 8 páginas (2008-2009) - link
Mushiíces: (roteiro, arte), mais de 160 tiras (2012+) - link
 ○ versão em inglês (127 tiras): no Tapastic e no The Duck.
Uran: (roteiro, arte, cor): história fechada (2004-2006, 2013) - link
Netmals, de Reinaldo Quaresma: participação no roteiro de 3 episódios (2001) - link

Textos em Série:
Raquel: 8 capítulos (2018+) • roteiro da versão em quadrinhos - link
Cia de Asas: 6 capítulos (2014+) - link
Capitão W.A.S.P.: 1 capítulo (2019+) - link
Contém: pôneis: 3 capítulos (2019+) - link
"T3rras": 2 capítulos (2019+) - link
"Os 4 Ases": 2 capítulos (2019+) - link
"Ébano": 1 capítulo (2019+) - link
"Sandy": 1 capítulo (2019+) - link
diversos textos menores no Wattpad

Contos Publicados:
Hic sunt monstra (em "Monstros Gigantes - Kaiju", 2016, editora Draco - organizadores: Daniel Russell Ribas e Luiz Felipe Vasques) • Publicado apenas na versão digital - link
m3d0 (em "Pacto de Monstros", 2009, editora Multifoco - organizadoras: Mônica Sicuro e Rúbia Cunha) - link
Fechando (em "Quotidianos", 2015, site organizado por Rober Pinheiro) - link

Fanzines:
Sine Qua Non (colaboradora, co-editora), 9 edições (2014+) - link
Mushiíces (roteiro, arte) 2 edições (2018+) • compilação das tiras - link
Raquel (roteiro), 2 edições (2018+) • publicação física da HQ - link
[raquel] (roteiro, arte) 1 edição (2017+) • compilação das versões anteriores da história - link
MushiComics (editor), 1 edição (2006) - link
CYMBótico (colaboradora, co-editora), 12 edições (1996-1999) - link

Sites:
Caverna do Dragão (1999-2009, 2016+) • fansite sobre o desenho animado homônimo.
(url anteriores: http://www.geocities.com/TelevisionCity/7943/mat.html, http://welcome.to/caverna)
Meus Carrinhos de Brinquedo (2013+) • fansite sobre brinquedos de plástico com atualizações bem espaçadas.
Mushi-san no Heya (虫さんの部屋)(2000-2002, 2015+) • resenhas de revistas de anime/mangá. A partir de 2015 o site também começou a agregar links para todas as resenhas que fiz em meu blog.
(url anteriores: http://www.geocities.com/televisioncity/7943/heya/heya.html, http://www.mangax.com.br/heya, http://welcome.to/heya)
toki pona (2016+) • tradução para o português do curso da conlang toki pona.
MushiComics (2004-2012) • quadrinhos on-line de diversos autores (o site está atualmente quebrado por motivos técnicos).
(url anteriores: http://www.mushi-san.com/, http://www.mushicomics.com/)

Mapas:
Crônicas de Atlântida – o olho de Agarta (2016, editora Draco - escrito por Antonio Luiz M. C. Costa) • ilustrei vários dos mapas que integram o livro - link
Aleros (2018, editora Skull - escrito por Heitor V. Serpa) • ilustrei o mapa que vem encartado no livro - link
Honra ou Traição (2019, editora Skull - escrito por Tuka Vilhena) • ilustrei um dos mapas encartados, não fui creditada - link
mais informações sobre meus mapas, aqui

Ilustrações:
Quotidianos (2014-2016) • site de contos ilustrados, onde contista e ilustrador são pessoas diferentes. Fiz as artes de contos dos escritores Simone Saueressig e A .Z Cordenonsi. Como o site está oficialmente fora do ar (uma url alternativa é https://projetoquotidianos.wordpress.com/), postei as artes feitas em um diretório do meu DeviantArt.
Deviantart (2004+) • minha galeria tem diversas ilustrações com intenções diversas x)

"Criptografia":
(aspas, por favor :P)
Código pessoal para diários: 918 alterações (1989+) • uma forma pessoal de auto-expressão que ocasionalmente emerge em meus trabalhos, sempre em mutação. Há um site tabulando as formas iniciais dele (link) e alguns posts no blog explicando algumas regras dele naquele momento (links: 1 2 3 4 5 6)
Língua Plutoniana: (2018-19) • cifra criada para ser usada nas capas do fanzine Sine Qua Non. - link (versão 1.0) e link (versão 1.1)

No começo do século estava em moda as HQs em flash, na época um formato de imagem/animação vetorizado bastante leve, com muitos mais possibilidades narrativas que postar vídeo ou páginas estáticas na internet.

A grande estrela do formato no Brasil foram os Combo Rangers, eu mesma entrei na onda e adaptei o então fanzine Raquel pro formato, mas havia uma miríade de histórias por aí.
Com a internet cada vez mais rápida, ninguém mais sofre baixando imagens gigantescas ou, pasmem, vídeos! para acompanhar suas histórias favoritas. Assim aos poucos pararam de se produzir histórias em flash, o formato se tornou "maldito", acabou o suporte aos navegadores para ele e perdemos mais uma parcela da história das HQs online no país.

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Uma das HQs era "Netmals", do (sumido) Reinaldo Quaresma. Por meu trabalho em Raquel (juro que um dia converto a segunda fase da personagem, que é em flash, pra um formato suportado atualmente), ele me convidou em 2001 (com outros autores) a escrever alguns episódios. Escrevi o 10 (único que foi animado) e pelo jeito estava engatilhando o 13 e o 17.

Por motivos de ego e de montar uma lista completa dos meus trabalhos, posto agora os roteiros (com anotações e tudo o mais) no wattpad e aqui no blog :P
NM 10: txt | wattpad
NM 13: txt | wattpad
NM 17: txt | wattpad

Página 154: Quasar
Página 155: QuasímodoQuarteto Fantástico
Página 156: Quarteto TerrívelQuentin Harderman


Índice: ABCDEFGHIJKLMNOPSobre esse projeto

(Quentin Harderman)
Organizador do Comitê pela Defesa dos Princípios Humanos ,uma fachada para o Império Secreto (veja Império Secreto) - cujo objetivo era desacreditar publicamente o Capitão América, substituindo-o pelo Rocha Lunar, para que este se tornasse o novo símbolo da justiça e liberdade (veja Rocha Lunar). Harderman arquitetou um plano genial onde o Capitão aparentemente cometeu um crime e tornou-se foragido da polícia. Com isso ele conseguiu colocar grande parte da população contra o herói, inclusive a própria SHIELD (veia SHIELD). Por fim, quando seu esquema estava prestes a ser coroado de êxito, o Capitão América derrotou o Rocha Lunar e este delatou Quentin como sendo um aliado do Império Secreto, pondo fim ao diabólico esquema. Criado por Mike Friedrich em 1973. o malfeitor continua detido ate hoje.


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Série de posts em que deduro meu consumismo e tento (tá difícil) tomar vergonha na cara =P Conforme anunciado, mudei o nome pra "acumulação de papel", porque nem só de gibis vive a joaninha :P

Postagem anterior: janeiro/2020

Nacionais:
3 de fevereiro
Ms. Marvel: Quociente: mesma opinião que aqui (um dia faço checklist :P)

9 de fevereiro
Dr Slump #16: mesma opinião que aqui (18 volumes)
O Sonhar #2: mesma opinião que O Sonhar e Lúcifer, aqui.

16 de fevereiro
Dragon Ball #6: mesma opinião que aqui (34 volumes)(!)
Jojo's Bizarre Adventures (Stardust Crusaders) #3: mesma opinião que aqui (esse é o terceiro arco de oito, que tem 10 volumes)

Importados:
3 de fevereiro
Amazing Spider Man (Epic Collection) #25 - Maximum Carnage: mesma opinião que aqui, e ainda urge fazer um ponto de corte =_=
Justice League International - Born Again: talvez a melhor encarnação da Liga da Justiça (e certamente a menos séria XD). Mas acho que fiz besteira comprando essa revista - já tenho as histórias em outro formato ¬¬


leituras de fevereiro:
Saga #7
Saga #8
Saga #9
Super Late Bloomer
Terraplana

Assim como "Resenhas Rápidas", estou encerrando mais uma seção do blog porque simplesmente perdeu sentido :P Minhas compras de livros ainda continuam com boa velocidade, mas a leitura tá muito aquém do que eu queria... de qualquer forma o esquema de "se eu ler um livro inteiro, compro mais dois no máximo" nunca funcionou à contento ;P

Enfim, quando eu for falar o que comprei li, será em "Acumulação de gibis Papel"...

...não que isso seja importante pra alguém além de mim ;P

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