(de Kurt Busiek e Brent Anderson)
E finalmente chegamos ao décimo segundo encadernado da série, o mais recente publicado no Brasil. Lá fora, Astro City fechou mais cinco volumes e está em hiato desde 2018. A série mensal encerrou na edição #52 (deixando vários plots em aberto), com promessa de retornar em novo formato (graphic novels com mais páginas e arcos completos), mas pelo jeito está tudo parado, já que Kurt Busiek está trabalhando no roteiro do episódio piloto da série de TV baseada no gibi :D
• Bambambão (aka
Crackerjack, mas curti a adaptação do nome dele pra nossa língua) é daqueles personagens que aparecem com algum destaque desde a
primeira encarnação de Astro City, Balestra (
Quarrel) ganhou algum destaque em o
Anjo Maculado e acho que só. Em
O Ocaso do Dia,
Forçando,
Batalhando e
O Fim da Trilha contam a biografia dela (a dele, assim como sua identidade secreta, continuam um total mistério), filha de supervilão e
namorada e em relacionamento aberto com um herói que possui alto nível de egocentrismo... e de previsibilidade, já o que Bambambão fará no decorrer da história você deduz em poucas páginas, mas isso funciona a favor do enredo.
Balestra tem uma vida interessante, com escolhas meio ilógicas que fazem todo o sentido (MPH que o diga)("
às vezes, dois errados FAZEM um certo. xD", dise uma
amiga) e como ela e o parceiro não são superpoderosos nem são de natureza mística, e como o tempo real impõe seu peso em Astro City, ambos estão entre heróis mais vulneráveis à ele na série, ditando vários rumos nesse arco de história.
(Em tempo:
MPH é daqueles personagens que não teve história própria, mas é dos que mais crescem pra mim. Uma outra é Cleópatra.)
(Em tempo, 2:
a reação do Samaritano no fim desse arco me fez pensar se ele está caindo na tentação do Infiel)
• segundo o
TV Tropes, o roteirista da série comentou que "
eu sempre disse que um universo de super-heróis que não possui gorilas falantes simplesmente ainda está pronto, então é bom finalmente estabelecer um elemento tão essencial depois de quase vinte anos".
Baquetas e
Blues do Homem-Macaco conta a história de Baquetas, um gorila falante fugido de uma civilização gorila isolada e militarista, tentando a vida musical em Astro City. Claro que as circunstâncias o fazem ser um super-herói (e aqui confirmo a tese que os Irregulares aceitam qualquer um....), mas é interessante o conflito interno de Baquetas, que fugiu da vida de soldado e se vê voltando à ela, de outra forma.
(Em tempo, 3: o grupo de músicos no final parece ter saído de algum desenho animado dos anos 70, não? :P)
# Veredicto: espero que a Panini não demore pra lançar o que falta. Espero que a série saia logo do hiato lá fora (mas confesso que não imagino Astro City como seriado)
# Bom: construção de personagens: Balestra é relativamente complexa, enquanto o namorado dela é quase plano - e assim mesmo ambos funcionam na história. O mesmo pode ser dito de Baquetas: ele é um velho conceito acrescido (gorila falante) de outro velho conceito (anti-belicismo), e funciona como se fosse novo :P
# Mau: começa a me preocupar isso de cada volume abrir um arco novo de possibilidades, que não continua no gibi seguinte e você saber que o autor não anda bem de saúde fazem uns 20 anos..... (talvez não seja coincidência o tempo ser lembrado aqui e ali nas histórias mais recentes)
176 páginas • R$27,90 • 2019 • veja no site da editora
lista de resenhas de Astro City:
1 - Vida na Cidade Grande
2 - Confissão
3 - Álbum de Família
4 - O Anjo Maculado
5 - Heróis Locais
6 - A Era das Trevas 1 - Irmãos & Outros Estranhos
7 - A Era das Trevas 2 - Irmãos em Armas
8 - Estrelas Brilhantes
9 - Portas Abertas
10 - Vitória
11 - Vidas Privadas
Índice de resenhas e movimentações da minha estante:
...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui