"Resenhas" rápidas: Shazam! & A Sociedades dos Monstros • Horácio: Mãe • Cebolinha: Recuperação

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• Shazam! & A Sociedades dos Monstros (de Jeff Smith): Assim, to me devendo ler Bone até o fim - e olha que tenho a série toda em inglês, num gibizão só, autografado pelo autor numa FIQ passada ♥ - mas já sei que o cara é foda, tanto no traço estilizado e firme, quanto na narrativa.
Shazam, ou Capitão Marvel é aquele tipo de personagem injustiçado (eu sei que saiu filme estes dias, tá? Mas não vi ainda e esse texto será ignorando ele sumariamente) pelas marés da história - e olha que ele já chegou a vender mais que o Super-Homem - , e que volta e meia a DC tenta fazer reboot pra ver se emplaca :P Esse gibi não foi um reboot, mas uma história fechada que reconta a origem do personagem junto de uma primeira aventura: Billy Watson é um menino órfão que é levado a um estranho mago e ganha poderes dele. Falando a palavra mágica SHAZAM ele fica adulto e ganha superpoderes, etc. A grosso modo, o personagem é um Super-Homem com coração de criança e isso casa muito com o estilo do Smith.
E o resultado é uma história gostosa de ler, com aventura e humor, mas que acaba devendo um pouco em relação às minhas expectativas por ser tão curta. É boa, mas não é memorável, não muito longe de "normalzinha". Talvez o estilo narrativo do Jeff Smith precise de mais e mais páginas pra brilhar completamente... e infelizmente não foi o caso.

# Veredicto: valeu a leitura, mas não fica na coleção não.
# Bom: o roteiro está redondo, colocando vilões clássicos do personagem em ação de forma lógica pro mundo apresentado. A solução dada pro senhor Malhado também foi uma excelente sacada.
# Mau: o final é bobinho, mesmo pra essa variação do personagem. E Mary Marvel está boa como personagem cômico, mas me incomoda a assimetria da irmã continuar criança e o Batson não.
212 páginas • R$ 27,90 • 2014 • veja no site da editora

Vale a trívia: SHAZAM é o acrônimo dos seres mitológicos/históricos que dão os poderes a Batson: Salomão (Sabedoria), Hércules (força), Atlas (Vigor), Zeus (Poder), Aquiles (Coragem) e Mercúrio (Velocidade).
Mas, numa das falas do gibi, tem um diálogo em que Shazam fala "você tem a habilidade de sentir forças vitais? Esse é o dom da deusa Atena! Eu não tenho esse poder!" "claro que não. Você é menino." lembrando quer originalmente os poderes dela vinham de Selene (graça), Hipólita (força), Ariadne (habilidade)(mais tarde mudada para Ártemis, deusa grega da caça), Zéfiro (agilidade), Aurora (beleza)(mais tarde alterada pela deusa grega Afrodite) e Minerva (sabedoria). Depois houveram outras variações de quem estava no acrônimo dela (personagens judaicas, divindades egípcias inclusive), mas nunca Atena esteve entre as listadas. Só que, até aí, Zéfiro sempre foi um personagem masculino :P

• Horácio: Mãe (de Fábio Coala): o Fábio é autor das Mentirinhas e de vários álbuns, sendo que o único que li foi O Monstro (também pego em FIQ, com pelúcia :D) e me pareceu ser um autor de histórias otimistas, mas com um toque de melancolia e reflexão, cabendo certinho pro personagem-xodó do Mauricio de Sousa (diz a lenda que ele deixa(va) ninguém fazer histórias do personagem).
E então temos uma boa história de origem das amizades do dinossaurinho, do paradeiro da mãe dele (é!) e de escolha de atitudes, de se arriscar por algo melhor em vez de ficar preso no que tá confortável. Ah, o arco do personagem tiranossauro que interage com Horácio é bem realista e sutilmente otimista em relação ao caráter das pessoas, pra mim é daquelas pequenas sacadas que valem ouro.

Curiosidade: diz a introdução que outro personagem foi oferecido ao autor, e ele trucou com Horácio e aceitaram. Queria saber quem seria é esse outro personagem? :)

# Veredicto: não é a melhor Graphic MSP, mas certeza que está no time das que mais curti.
# Bom: a história é redondinha, a sequência muda que é uma história a parte é linda em termos de cor e diagramação - superior ao resto da história até.
# Mau: falei bem da mensagem, mas na primeira leitura achei que ela tava diluída demais e também achei desnecessaura, talvez ruim mesmo, a sequencia e "solução" da história com personagens humanos. Outra coisa é que o visual do Horácio não me agradou :P
100 páginas • R$ 31,90 • 2018 • veja no site da editora

• Cebolinha: Recuperação (de Gustavo Borges). Cebolinha tem problemas na escola, os pais tem problemas maiores na vida real, tudo se resolve no fim. Tem até o carinha que parecia malvadão mas tem motivos e uma amizade é selada com um gibi. Se as Graphic MSP tem seus clichês, essa conseguiu sintetizar todos.

# Veredicto: nota abaixo de 5, vai pra recuperação.
# Bom: traços e cores, curti muito do visual adotado pra maioria da turminha.
# Mau: o roteiro é quase que um mosaico de cenas recicladas.
100 páginas • R$ 31,90 • 2018 • veja no site da editora


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