February 2018 Archives






Página 1
Raquel: Raquel Cortez, dezenove anos, sozinha dentro dos escuros corredores da misteriosa e sinistra universidade...
Raquel: Seus passos são cautelosos como os de uma gazela.
Raquel: Mas ainda assim ecoam fortemente, quebrando a quietude das ancestrais paredes do quinto andar do conjunto residencial...
Página 2
Raquel: E sei lá por que estou pensando como se eu narrasse a história de minha vida em ritmo de filme de terror
Raquel: (quinhentos e vinte e um)
Raquel: Esse tipo de local afeta a imaginação da gente, viu?
Raquel: (quinhentos e vinte e três)
Raquel: (quinhentos e vinte e cinco)
Raquel: (quinhentos e vinte e sete)
Raquel: Tudo organizadinho. Deve ter normas rígidas para as residentes.
Raquel: (quinhentos e vinte e sete)
Raquel: (quinhentos e vinte e nove...)
Raquel: (quinhentos e vinte e nove...)
Raquel: QUINHENTOS E VINTE E NOVE?!
Página 3
Raquel: Pera aí...
Raquel: Ala feminina, cinco e três e nove. Quinhentos e trinta e nove!
Raquel: Faltam dez!
Raquel: Por que o corredor acaba no apartamento quinhentos e vinte e nove se eu tenho a chave pro quinhentos e trinta e nove?
Raquel: brr...
Raquel: arf... arf...

A história até agora: Raquel está em um ônibus, relembrando a misteriosa carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I." Chegando na cidade, ela e outros jovens são recebidos por Mário, que se diz funcionário da Universidade e os leva até lá e lhes dá chaves de seus alojamentos, dizendo "guardem a bagagem no quarto de vocês e daqui meia hora um guia os levará para conhecer todo o campus".

(Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva, em livro E em quadrinhos! :) )


Evito ter poderes de chefia: minha tendência é o controle, de abraçar tudo e atravancar o andamento das coisas por não dar liberdade a quem entende do que está fazendo, ou a quem precisa errar para aprender.
Bom, como enfatizei, é uma tendência, não uma camisa de força onde estou enfiado: sendo ciente do meu defeito, às vezes acho meios de contorná-lo, às vezes até consigo jogar o trabalho na mão dos outros, resistindo a tentação de pegar tudo para mim de volta.

Assim, esse capítulo tem só o roteiro meu: o Miguel pegou pra ele as funções de pôr o texto e tons de cinza nas páginas... e agora a parte visual da história está em melhores mãos e fiquei sem desculpas por demorar tanto em entregar o roteiro dos próximos capítulos .-.

Inclusive ando numa preguiça danada pra criar, numa dessintonia que me preocupa: passei a semana tentando fazer a próxima "tira secreta" de Klara e saiu nada, enrolei pra revisar as páginas do Miguel (e certeza que deixei passar batido um zilhão de coisas) e por aí vai... certeza que estava na frequência do stress de certa namorada, que estava na reta final de entrega do doutorado dela. Esse tipo de coisa se pega^^"

1) uma coisa que sempre esqueço de perguntar para vocês: o que estão achando das histórias? Apesar de Raquel estar numa fase de recontar o que já foi contado até aqui na newsletter, queria saber a opinião de vocês :)
2) em 2018 decidi fazer um experimento no meu blog: pesquisar na Grande São Paulo as ruas batizadas com datas. Eu achava que Sampa teria uma rua por dia do ano, mas me enganei. Até agora só mapeei janeiro e fevereiro, e nem metade dos dias tem representação nos logradouros paulistanos. Nem pra isso os políticos andam prestando....

(Plantman)
Samuel Smithers nasceu em Londres e perdeu seus pais quando ainda era muito pequeno. Criado em um orfanato, durante toda a sua adolescência ele trabalhou como assistente de um botânico inglês que estava pesquisando a inteligência na vida vegetal. Depois de dez anos, quando o cientista morreu, Smithers emigrou para os Estados Unidos, onde esperava continuar o trabalho que havia começado com o botânico, em Londres: a criação de um dispositivo para permitir que as plantas se comunicassem com os seres humanos. Ridicularizado por suas idéias, Samuel conseguiu trabalho como jardineiro, em Nova Iorque. Pouco tempo depois, um relâmpago atingiu o aparelho que ele estava desenvolvendo, carregando seus circuitos com uma energia que o possibilitou controlar todas as plantas. Vestindo um uniforme especial e assumindo o nome de Homem-Planta, Smithers começou a sonhar com a conquista do mundo. Ele foi sub-julgado pelo Tocha Humana (veja Tocha Humana) antes que seu primeiro plano surtisse efeito. Desde então, o vilão tem sempre surgido com novos esquemas para ameaçar a humanidade, frequentemente aliado a outros criminosos. Seu plano mais ambicioso foi atacar Londres com uma gigantesca criatura vegetal chamada Leviatã, mas foi contido pelo Príncipe Submarino (veja Namor). O Homem-Planta foi criado em 1963, por Stan Lee.


Índice: ABCDEFGSobre esse projeto

(Midnight Man)
Criado por Doug Moench em 1981, o Homem da Meia-Noite é um criminoso uniformizado que rouba artes valiosas e manuscritos originais de grande valor por prazer. Sem possuir nenhum poder além da sua astúcia e agilidade naturais, ele já enfrentou o Cavaleiro da Lua (veja Cavaleiro da Lua) e acabou sendo derrotado.


Índice: ABCDEFGSobre esse projeto

Quem tem uma câmera, desde a era das máquinas fotográficas com rolo de filme de algumas dúzias de poses até a dos celulares com espaço suficiente para milhares de imagens, com certeza foi tentado ao menos uma vez a apontar a lente do seu aparelho para o céu e capturar aquele céu lindo ou aquela lua maravilhosa lá no firmamento.

Passada a vontade, logo vem a decepção (ou não tão logo quando se usava filme...): poucas câmeras conseguem capturar a luz das estrelas, transformando o céu lindo que te encheram os olhos num quadrado preto sem graça. E a Lua, bem, geralmente ela vira algo assim:




26ago17 - Festa da Achiropita


...um borrão branco, muitas vezes tremido.

Acabei não contando aqui minha saga com minha máquina fotográfica: a última que comprei foi quando fui pra Alemanha e era um modelo que curti muito, simplezinha mas eficiente. Não era profissional, mas cabia no bolso, nos dois sentidos.
Até que certo dia ano passado ela acabou quebrando de vez e me vi numa realidade diferente da qual estava acomodada: os celulares tomaram o lugar das câmeras e elas estavam praticamente extintas. Mesmo a marca famosa que fez a minha tinha parado de produzir, se limitando a uns modelos estacionados no tempo e bem carinhos que só vendiam no Japão. Fui pesquisar por conserto, e o orçamento foi uma ofensa, mas com sorte logo achei uma idêntica (mesmo modelo!) e com pouco uso à venda e por menor preço. Comprei e logo estava de volta à minha ilha de conforto, sabendo que da próxima vez que sair de lá, não terei como voltar.

Enfim, uma hora falo disso isso melhor.

O que interessa é que a maioria das câmeras hoje em dia tem zoom automático, muitas vezes irritante, mas que foca legal objetos distantes, tipo, sei lá, o alto das grades do meu portão:


sim, meu pai quis que elas fossem pintadas alternadamente de dourado e preto.


Conseguido esse foco, você afasta um pouquinho mais e as lentes se ajustam certinhas no objeto mais próximo, a Lua!!

15jun16 - tcharã! \o/

Descoberto esse truque, eu fiz a festa nos dias seguintes :D E descobri que:
1) tem de ser de dia, quando a Lua ainda está no céu, quanto mais alta, mais nítida:


25jul16 - a lua tá tão baixa aqui que quase some na foto :/

2) e quanto maior a "mordida" da sombra da Lua nela mesma, melhor a imagem (ao menos para meus critérios):


17jun16


14mai16

Enfim, era o que eu queria dizer com este post. Espero que este truquezinho seja útil para outras pessoas, quem sabe ele funcione até com celulares :D


Ah, não, quero falar mais algumas coisinhas, mas antes, mais algumas outras fotinhas da nosso vizinha mais chegada:


25jul16


26jul16




27jul16


Ah, essa última imagem tem uma mentira: o muro desfocado não existe na foto original, mas achei legal inserir no fotoxop para contrastar com a foto anterior, ambas foram tiradas no mesmo local e hora :)

Se a lua estivesse cheia este dia, a foto seria algo assim:

Se pudessemos ver o lado oculto da lua no céu, ele apareceria mais ou menos dessa forma:


...bem sem graça, por sinal

Ao contrário do lado que sempre vemos, o lado oculto não tem muitos "mares" (maria, em latim), praticamente só o Mare Moscoviense, no alto da imagem. Aposto que o lado oculto da Lua é oculto porque é sem graça mesmo...


E diqo que se a Lua aparecer no céu assim algum dia, estaremos bem encrencados...


...e talvez seja hora de praticar devoção à antiga religião, só por via das dúvidas

Mas se aparecer assim


é porque namorada decidiu chegar mais perto de mim :P


Bom, tentei fazer uma montagem do lado visível da Lua usando apenas as fotos que tirei como fonte:


ficou meio tosco, eu sei

Não sei se vocês já perceberam, mas do lado esquerdo parece ter um coelho desenhado lá:


(para fãs de anime mangá, o nome original da Sailor Moon é Usagi, que não coincidentemente significa "coelho"....)

Bom, essas manchas escuras são os mare (que significa "mares" em latim, o plural é maria, como disse lá em cima), enormes planícies que dão graça à nosso satélite, e achei legal por o nome dos que dão para ver a olho nu daqui da Terra:


1) A cabeça do coelho é o Mare Tranquilitatis, Mar da Tranquilidade, onde foi feito o primeiro pouso na Lua :)
1½) Se você não acredita que o homem pousou a Lua, desejo fortemente que teu cu exploda e coce o resto da vida.
2) Abaixo dele fica o Mar da Serenidade.
3 e 4) as orelhas do coelho são feitas, respectivamente, pelos Mar da Fertilidade e de Néctar.
5) A "cratera" logo ao lado da abeça do coelho é o Mare Crisium ("das crises")
6) O Mare Imbrium, das "chuvas", fica ao lado da Serenidade :P
7) Acima dele (se você que lê este texto morar no Hemisfério Sul, caso o contrário, a figura que fiz está de ponta-cabeça em relação ao que você vê no céu...) está o Oceanus Procellarum ("Oceano das Tormentas"!!), o maior das maria. A Apolo 12 pousou aí.
8) No alto está o Mare Humorum ("da umidade")
9) ...e abaixo deste, o Mare Cognitum ("que se tornou conhecido")
...ao lado dos mares Humorum e Cognitum, à esquerda, fica o Mare Nubium, das nuvens, que por algum motivo, não indiquei ¬¬'


E também fiz um mapinha com algumas crateras que acho que se destacam mesmo vendo daqui:


1) A cratera Langrenus é uma mancha branca ao lado do mar da Fecundidade. E não acabei demarcando também na imagem acima (oooops) a cratera Stevinus, logo acima das orelhas :P Foi batizada em homenagem à Michael van Langren, que fez mapas da Lua no século XVII e foi o primeiro a dar nome aos terrenos de lá (e, pelo que vejo, mudaram tudo depois :P)
2) No alto, ao lado do Mare Nubium, fica a Tycho que acho uma das crateras mais lindonas existentes mas não saiu bem nas fotos que tirei. Ainda.
FOi batizada em homenagem à Tycho Brahe, que estudou as fases da Lua no século XVI.
3 e 4) São as crateras Byrgius e Grimaldi. Joost Bürgi e Francesco Maria Grimaldi (que mediu as alturas das montanhas lunares no século XVII) são os homenageados da vez.
5) a Kepler é uma das manchas brancas nas vizinhanças do oceano das Tormentas. Johannes Kepler batiza a cratera e tem uma biografia grande demais pra eu resumir aqui :P
6 e 7) as outras duas são Copernicus e Aristarcus. Nicolau Copérnico é o criador moderno do Heliocentrismo (em que a Terra gira e torno do Sol) mas foi precedido por Aristarco de Samos, além de propor que a Terra gira em torno do Sol (e não o contrário) quase três séculos antes de Cristo, também calculou o tamanho e distâncias do Sol e da Lua.


Se quiserem um mapa da lua menos tosco com crateras e mares, cliquem aqui. Tá em inglês, mas não tem muito o que entender^^ E queria lembrar que sou bem amador, tanto em astronomia quanto e fotografia, só quis neste post compartilhar imagens bonitas, alguma informação que eu já sabia mais coisas legais que aprendi enquanto montava este texto :)




Página 10
Raquel: Logo chegamos ao campus
Raquel: Grande...
Raquel: Arborizado, com vários prédios espalhados entre o verde....
Raquel: Tudo parecia lindo, novo e perfeito.
Raquel: Como nunca tinha ouvido falar daqui antes??
Mário: Chegamos no conjunto residencial... Vocês descem aqui.
Mário: Peguem as chaves dos seus alojamentos, guardem a bagagem no quarto de vocês...
Página 11
Mário: "...daqui meia hora um guia os levará para conhecer todo o campus.
Mário: Bom dia e até mais tarde."
Raquel: E assim como chegou...
Raquel: ...ele se vai
Raquel: Soltando três estudantes numa terra estranha...

A história até agora: Raquel está em um ônibus, relembrando a misteriosa carta que a leva até a cidadezinha de Gádira, onde fica a misteriosa "Universidade O.M.N.I."
Chegando na cidade, ela e outros jovens são recebidos por Mário, que se diz funcionário da Universidade e os leva até lá...

(Raquel é uma história em quadrinhos, escrita por mim e desenhada pelo Miguel Jacob. É o "remake" de uma história que já fiz mais de uma vez, mas dessa vez pretendo que seja a definitiva :))

Um dos sites em que publico as tirinhas em inglês, o The Duck (tá, esse "o" ficou estranho, já que a tradução fica "o O Pato", é tipo falar que "sou rápido como o The Flash"...) elegeu Mushiíces como a "melhor tirinha com protagonistas crianças". Eu to besta até agora com isso *-*

Por sinal, no longínquo ano de 2001 (ninguém aqui era nascido ainda :P) a votação em um site me colocou em 3º lugar como melhor roteirista e melhor HQ online (Raquel, em sua segunda encarnação). Fazendo as contas rapidinho, ambas as votações deviam ter só três candidatos, mas ser citado em tempos pré-rede sociais já foi uma vitória imensa. Tanto que demorei quatro anos para descobrir que existiu essa votação o.o'

Fim do ano passado, li uma série de livros, a trilogia WondLa (preciso resenhar), escrita e ilustrada por um dos melhores desenhistas que conheço, Tony DiTerlizzi. Confesso que comprei sem esperar muito, afinal, era um desenhista escrevendo, e a série me surpreendeu positivamente: tem alguns problemas por ser escritor iniciante, mas construção de mundo, personagens, etc, muito bem feitos. E, depois de ter lido os três livros, soube que a cada livro lançado, ele tinha feito um livretinho com rascunhos dos personagens, lugares etc. Claro que eu quis! Mas não achei a venda em canto nenhum da internet.... e acabei perguntando pro próprio autor como conseguir.
Não é que ele me manda os livretos autografados??? :D Isso fez meu dia por vários dias seguidos :DDD

Na medida que acho legal que um autor é atencioso com seu público, é triste como várias séries legais (de livros, de HQs, de desenhos animados, seriados etc) não tem o devido reconhecimento. Não precisam estourar como Harry Potter ou Jogos Vorazes, mas seria mais justo se mais gente conhecesse ao menos. Eu que não consumo muitos livros/HQs porque sou lerda pra ler conheço várias pérolas que pouca gente ouviu falar, tipo WondLa mesmo, ou a brasileira Rani do Jim Anotsu. =/

1) Falando em WondLa, fiz uma fanart da personam principal da série, Eva Nove, para agradecer os livretos. A arte simplezinha está aqui ^^
2) Ano passado encomendei uma estátua de Raquel e Catarina pela pra lá de talentosa MDDragons. Estes dias ela postou no facebook mais fotos das duas prontas (com direito a link para as minhas histórias). Vão lá e prestigiem o trabalho dela :D
Por sinal, se quiserem conferir Klara e Maria por ela, livremente inspirado nesse desenho meu, entrem aqui :D


3) no meu blog fiz uma postagem falando basicamente que é "raro menino arriscar usar algo feminino, quando as meninas praticamente não tem neurose quanto a isso"
4) também no blog outra postagem em cima dessa pixação que vi na Paulista, ano passado:

...óbvio que concordo, e muito, com a frase ò_ó
5) e, pra finalizar, fiz a resenha de três HQs (além de por uma lista parcial dos livros que andei comprando e lendo):

• a curtíssima Culpa, da citada acima Cristina Eiko.
Nimona, da gringa Noelle Stevenson e
American Flagg!, de Howard Chaykin.

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