Obviamente, nós seres humanos somos seres vivos (apesar de achar que alguns por aí parecem mais mortos-vivos), mas poucos notam que o que criamos parece tem vida própria também: artes, histórias, modas, idiomas... tudo isso muda, evolui, espalha-se, morre, etc como se fossem seres vivos cujo habitat principal é a cabeça da gente.
E, como tudo que é vivo, é imprevisível em algum grau. Quem, mesmo os criadores dos comerciais abaixo, diriam que eles se tornariam parte das expressões idiomáticas da língua, sendo citados e falados décadas depois da sua exibição (e da extinção dos produtos!)?
Cigarro Vila Rica, 1976
Essa marca ainda existe? Enfim, foi esse comercial, estrelado pelo jogador Gérson, que diz no final "Gosto de levar vantagem em tudo, certo?". A frase se transmutou na pouco ética "lei de Gérson", que tem até artigo na wikipédia X)
Tostines, anos 80
Sabe quando você não sabe qual é o fator gerador e qual a consequência? Os livros são caros por que poucas pessoas compram (e tiragens reduzidas são mais caras) ou poucas pessoas compram livros por que são caros? É esse o efeito tostines.
Vodka Orloff, 1984
Ok, o efeito orloff é meio obscuro comparado com os dois acima, mas volta e meia ressurge no noticiário econômico e político: o slogam "eu sou você amanhã" geralmente se refere à Argentina, isso é, qualquer coisa que acontece lá hoje corre risco de acontecer aqui depois de algum tempo.
Portanto, olho nas mudanças de rumos políticos lá =_=
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