E quem falou que só palpito sobre gibis? :P No carnaval viajei com a namorada e assistimos juntinhos duas animações que já tinha comprado DVD há eras mas estava enrolando para assistir (poxa, se compro algo, é para ela estar a disposição de consumi-la quando quiser, né? Não tem por que correr, já basta a vida lá fora.)
• Rio (2011): o filme me conquistou pelo trailler...
...afinal, acho que é o mais próximo do Rio de Janeiro real que vi em animação, e a trilha com "mas que nada" (música mais conhecida por Sérgio Mendes, mas seu primeiro cantor for Jorge Ben (antes de virar Benjor))* terminou por me encantar.
Sinceramente, o filme me divertiu: as imagens são lindas (tanto pelas cores das aves, quanto pelas locações (e dessa vez banquei o chato, vivia dizendo "eu fui ali" "também fui ali" "ali também" para a santa e paciente namorada que nunca foi ao Carioquistão - pretendemos corrigir depois das Olimpíadas)), a história está corretamente contada, os personagens são legais. Nada especialmente cativante, faltou no enredo o contraste, a força, que abundou no visual.
Ah sim, ignorando várias licenças poéticas tomadas pelo roteiro, nunca, mas NUNQUINHA MESMO, marcariam um jogo da seleção contra a Argentina nas vésperas do Carnaval XD E tem uma gracinha com fio dental que me dá dó dos gringos, eles nunca pegarão sem alguém que entregue a referência :P
* sim, acabei de aprender isso na wikipédia :P
Veredicto: vale um sofá a dois dividindo a pipoca :)
Bom: O buldogue XD O vislumbre de um casal com criança adotada. A paisagem! As cores!!
Mau: Tinha todo um potencial em ser mais, o contraste entre o gélido Minessota (cuja capital se chama Saint Paul... São Paulo. Signficativo, né?) e o causticante Rio de Janeiro, por exemplo, dava bem mais caldo. E devia ter menos música em estilo... gringo :P
(Devo fazer as "resenhas" que mais falam das minhas impressões subjetivas do que realmente acontece nas cenas...)
(É, eu sei que você que me lê agora já deve ter assistido essas animações faz tempo, boa parte das pessoas assistem tudo antes de mim - ainda não vi boa parte dos longas Disney de, hmmmmm.... Pequena Sereia pra cá.)
• Detona Ralph (2013): Lembro que tinha visto o trailler em que apareceram referências à outros videogames e tal. Acheu legal, as referêcias até fizeram coceguinhas na minha curiosidade, mas só a ponto de levar o filme para casa, não de tira-lo da embalagem.
E sei lá por que demorei tanto pra ver, viu? Nos divertimos, muito mais que com Rio: a história não fica só na comédia rasa, tem aventura e emoção, até os personagens secundários estão carismáticos e tem função, o enredo não fica se apoiando em referências (elas existem, claro, com direito a código konami e mentos com coca-cola), o objetivo inicial ("ganhar uma medalha pra provar que é bom") se transforma em algo maior ("ajudar e salvar uma nova amiga"). A parte gráfica está bem elaborada, não é tãão exuberante, mas funúncia :P
Gostei muito, mas depois me incomodou um pouco que a relação Ralph/Vanellope me lembrava um tanto Sulley/Boo (de Monstros S/A) - tanto pelas proporções, quanto pela atitude "paternal" do grandão" em relação à "pequenininha" - , mas além da garota aqui ser mais velha (o visual dela lembra o infantil, mas o sarcasmo dela me fez aumentar mentalmente a idade dela e lembrar que existem personagens "SD" :P), a outra mulher do desenho, a sargento Calhoun, faz um contraponto interessante à ela, com (infinitamente) menos fofura e mais romance.
Veredicto: agora quero uma boneca da Vanellope!!
Bom: As regras do universo em que os personagens vivem são explicadas sutilmente: "turbo" é citado várias vezes nos diálogos antes de ter a definitiva explicação. Aqui e ali se fala que personagem que morre fora do seu jogo não se regenera, e bugs não saem dos seus jogos... e você se lembra disso quando isso pode custar a vida de personagens.
Mau: Tantos cenários legais para mostrar, e só três joguinhos? :P
Extra: Vanellope é chamada de um glitch, um personagem que não devia existir no jogo, etc... acho que foi inspirado nesse Pokemón "inexistente" ^^
outras resenhas: