Um problema* constante meu com estas tiras é descobrir que a idéia que tive tem texto demais e não tem como cortar palavras e manter o sentido, ou ficar tão telegráfico a ponto de não se assemelhar com falas ditas por pessoas.
Por outro lado, as tiras estão sendo publicadas na web, não em papel, supostamente tenho uma área infinita**, então eu devia brincar mais com o espaço, não? Devia, mas....
1) dá uma trabalheira ficar refazendo o molde em que faço as tiras, tenho quadros pré-feitos, tudo pra acelerar o processo. E tenho TOC com tamanho das tiras e o espaçamento entre os quadrinhos.
2) Ainda sonho com uma versão impressa - posso? - então se eu fazer HQs com formatos alien demais, só vai me atrapalhar x)
Aí, nesse dilema, saem bichos esquisitos, tipo essa tira com porão =P
notas:
* eu ia escrever "pobrema", na base da auto-ironia, mas sempre que brinco com a grafia/pronúncia errada, alguém vem me corrigir. Apesar que, como saber se escrevi intencionalmente se já cometi um "voçê" em chat?
** o Scott McLoud fala disso melhor que eu, agora não me lembro em qual dos três livros dele (Desvendando os Quadrinhos, Reinventando os Quadrinhos, Desenhando Quadrinhos) e to com preguiça de esticar o braço para pegar e folhear. Sugestão: leiam os três! x)
Transcrição:
Sabe, ser mestiço é sempre se sentir deslocado...
...tanto na cultura da mãe quanto na paterna...
Pra piorar, ter ascendência africana levanta barreiras, preconceitos...
...e "herdar" as orelhas e cauda de mamãe renderam piadinhas na escola...
imagino =/
...coitado
Mas, quando acho que já conheço o fundo do poço do preconceito....
....vem alguém e me mostra que ele tem porão ¬¬'
< Mãe, se N'hal é boa e perfeita, por que ele deixa mescladinhos queimados que nem ele nascerem? >
< Mistérios da fé, filha >
Deixe um comentário
(...então não estranhem se eles não aparecerem na hora :P)ATENÇÃO: todos os comentários serão submetidos à aprovação da dona do blog