iii
Mas eles não eram tão burros assim. A janela estava trancada e aparentemente dava para um barranco. E eles não eram tão estúpidos a ponto de deixar a porta destrancada, né?
(após ouvir o narrador, Klara arqueia as sombrancelhas e vai testar a porta)
- É, concordo, não são tão burros assim.
Ela estava presa mesmo e se... de repente, quem sabe, essa situação toda não era um sequestro de verdade, mas uma brincadeira dos amigos dela. Não, não podia ser isso... todos os amigos dela estavam agora na sala de aula, rezando para que alguém invadisse a escola e os sequestrasse antes entregarem a prova pra professora corrigir.
- Uia! Não vou tirar zero!
Ao menos uma vantagem.
Klara estudou por duas horas seguidas, mas não tocou em nenhum dos livros e apostilas da sua mochila, um monstrinho que um dia arrebentaria suas costas ou seguraria uma bala de bazuca vinda por trás. O que ela estudou era cada frestra fresta, azulejo e canto do quarto. Chamar aquilo de "cárcere" seria supervalorizar a locação... e sentiu fome. Como meu lanche ou peço por comida? Não, pedir por comi... hmmmm, faz tempo que não ouço vozes. Arrisco?
E sem pensar, ela atira a bolsa pela janela - com lanche, livros, cadernos, apostilas, agenda, caneta e hello kitty - quebrando o vidro e abrindo o caminho para uma fuga vertical.
Para baixo todo santo ajuda :P
つづく
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