É olhar para onde ficava e não ver ele, em cima da caixa que fica em baixo da mesa de costura de Marissel.
É não ser arranhado, mas mostrar com orgulho os arranhões.
É sair para fora a qualquer barulho de sininho para ver se ele voltou.
É não ser mais recebido com ele se jogando de barriga pro alto no quintal para ser coçado e carregado.
É trombar com o arquivo gigantesco de fotos dele que ainda não foram para o fotolog ou flickr.
É ter o pote dele cheio da ração que ele mais gostava, esperando por ele. [isso angustia, a espera]
É evitar pensar no assunto, colocando ele naquele baú que me forçaram a ter no coração, onde guardo as coisas que não é bom recordar.
É pensar se tá vivo e bem cuidado (duvido), ou foi jogado longe por alguém ruim e ficou deseperado pelas ruas procurando a gente até morrer ou ser morto. [isso teima de querer sair do baú]
Se comeram ele.
É lembrar que ele não sabia pular muros, tinha medo de todos os motores possíveis, que tinha um mau-humor danado, que tinha tantos detalhes e características próprias que davam a ele mais personalidade que muitos seres que falam.
É não ter esperanças, mas ver ele voltar em alguns sonhos. Tenho fé em Deus, mas não no mundo.
[até ontem tava achando que 2005 seria sem lágrimas]
lamento tanto por tudo isso... Seu sofrimento me entristece, e também não deixa de mostrar a lealdade de um homem por seu companheiro, um anilmazinho peculiar.
Guarde esta lembrança no baú mesmo, mas quando ela arranhar a tamba querendo sair, deixa ela rolar por aí e miar na sua memória. É bom também.
Torcendo para Bambam estar bem seja aonde estiver e para você ficar bem. ^ ^
Abraços. (Reply)