Ao comemorar seus 80 anos, o Unibanco não mostra a outra face da empresa: crueldade no tratamento com os funcionários, que são pressionados para furar a greve, entre outras irregularidades (foto). Prova disso foi o resultado de diligência feita pelo DRT-SP [nota: Delegacia Regional do Trabalho], que comprovou a entrada de centenas de funcionários, ainda de madrugada, em vários departamentos da rua Direita.
Atendendo a uma solicitação do Sindicato, o auditor fiscal responsável pela inspeção pôde comprovar o óbvio: enquanto os banqueiros comemoram o aniversário com bolo e champagne, os bancários são obrigados a entrar às 3h da manhã. Segundo seu relatório, muitos trabalhadores foram conduzidos até o local de helicóptero.
De acordo com o auditor, além de entrarem de madrugada, muitos bancários estenderam a jornada até as 16h ou 17h. "Não houve assinalação de parada para almoço/descanso, o que pressupõe que não houve concessão do horário mínimo de uma hora para refeição após seis horas trabalhadas". A contingência configura descumprimento à convenção coletiva dos bancários e às leis do País.(...)
Grifos meus.
"Como bons exemplos de dinheiro socialmente mal aplicado, ficamos só nas mensagens veiculadas por TVs, jornais e rádios nos últimos dias. Especialistas em mídia ouvidos pela Folha Bancária calculam em pelo menos R$ 1 milhão o custo da inserção dos comunicados assinados pela Fenaban.
Mas não pára por aí. Para garantir a presença de bancários em suas contingências, furando a greve, foram elaborados esquemas especiais de transporte, que incluíram o uso de helicópteros. O custo da contratação por uma hora de uma única nave, com capacidade para seis pessoas, varia de R$ 3 mil a R$ 6 mil, conforme pesquisa realizada pela FB junto às principais empresas de táxi aéreo de São Paulo. Foi a Rede Globo (no Jornal da Globo) que calculou: os patrões gastam diariamente no mínimo R$ 50 mil para transportar bancários coagidos a trabalhar durante a greve da categoria." - www.spbancarios.com.br/ (Reply)