- O que foi que a filha fez??
- Xixi.
- Em cima to túmulo?
- É.
- Do pai?
- Exato.
- Deus do céu...
- Não põe Deus no rolo, Ele tem nada a ver.
- Mas ele era um bom homem...
- "O Inferno está cheio de boas intenções"
- Mas ele....
- Vendeu as filhas. A mais nova morreu de uma doença de nome tão feio tenho até vergonha de falar.
- Meu De....
- Psiu! Já disse pra não dizer o Santo Nome em vão. Não por causa dele.
Eles andam mais alguns passos por entre as ruínas. Era a pausa para almoço dos operários, mais meia hora e a demolição iria
recomeçar. Pensavam no ocorrido uma década atrás enquanto o cascalho rangia reclamando do peso das botas.
- E o mais velho? Alguma notícia?
- Sim, tenho todas as notícias do mundo sobre ele, pena que nenhuma delas combinem entre si ou com a realidade e... acho que
nessa mesa tá bom, não?
- Acho que sim. Quer o alicate?
- Quero, está bem trancada e enferrujada.
(algum esforço e expectativa, e a mala é aberta)
- ...dinheiro.
- Milhões e milhões... de cruzeiros reais.
- Perdidos atrás do guarda roupa.
- Devia ser uma fortuna na época.
- Custou a vida da mulher.
- E a alma dele.
- Hã?
- Pacto.
- Ah... era um bom homem...
Juro que fiquei na dúvida se estivaca o texto ou colocava assim mesmo, esticar demais dilui, quebra o mistério e a graça junto. Por outro lado, errar o "ponto de corte" e encerrar a idéia precocemente é um risco também. To com medo que esse tenha sido o meu caso, mas, já postei. O texto está aqui para ser malhado e xingado mesmo =P
E o caso do lotérico que faliu pq perdeu uma grande quantia de dinheiro, que foi encontrado anos depois, detrás de um armário, na demolição do estabelecimento existe. Ou ao menos é o que me contaram ^^
PS: Inutilia truncat.
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