Se eu tenho um motivo claro para odiar o natal, é toda essa patacoada de "bons sentimentos" que invade o repertório das pessoas durante a época. Tudo muito lindo, tudo muito fofinho, altos discursos, coisa pra se emocionar até. Antigos rivais se abraçam, simbolizando um possível novo começo, um começo de paz. Um casal faz juras de amor eternas. Colegas de escritório rearfimam seus compromissos de amizade..... Tudo, no mais puro teor cristão da festa....
...
...
...
E, no dia 26, um dia depois de toda essa pasmaceira e falsidade, as coisas voltam ao normal. Parentes voltam a falar mal um do outro e arranjam brigas sem motivo. Colegas de trabalho brigam por qualquer bobagem. Pessoas gritam com você sem motivo aparente, como se um "bom dia" sorridente e sincero fosse motivo para arranjar briga e desenterrar coisas do passado. E lá se vai mais um ano de palhaçadas e cretinices, até que no natal do outro ano, todas as mesmas promessas e palavras vazias voltam a aparecer......
Por isso, reservo-me ao direito de não comemorar o Natal. Ou, pelo menos, de não comemorar com a mesma visão puramente consumista e ritualistica das outras pessoas. Se não posso cumprimentar apenas as pessoas que amo, os amigos que considero, os amores que poderia ter, então prefiro simplesmente ficar sozinho, ou pelo menos não agir com o mesmo "oba-oba" que acomete as pessoas nessa época.
E, é claro, tentar me lembrar de que o Natal deve ser comemorado todos os 365 dias do ano (366, em anos bissextos, mas isso não vem ao caso....), e não somente uma vez ao ano, sentado numa mesa, em volta de pessoas que não dão a mínima para você.
Deixe um comentário