Finalmente começando a começar a diminuir a turba da reposição do Plano Collor, a central do banco decide voltar a pressionar por metas. E todas as gerências ficam desesperadas por isso (senão perde o cargo) e pressionam os funcionários (que são regidos pela CLT e podem ser demitidos sem justa causa)(apesar de ser um processo burocrático, está bem mais ágil de uns 2 anos pra cá). Esses fazem qualquer coisa pra tentar vender a qualquer custo...
Soube de agências que trocavam liberação imediata de FGTS em troca de compra de seguro (ou título de capitalização) e cousas assim.
Quinta uma colega do banco aceitou liberar um dinheiro de uma senhora que esqueceu parte da documentação se ela comprasse um seguro. Feito. Na sexta, a senhora trouxe a documentação pra trocar o dinheiro de volta :PPP Na sexta mesmo ouvi outro colega falando que vendeu para indivíduo que abriu conta sem ele saber. E é comum a liberação de empréstimos ou financiamentos em troca de captalização, seguros ou planos de previdência privada. A venda casada é ilegal, imoral, mas é comum e obrigatória aos funcionários nas entrelinhas (ou até diretamente). Era pior no Banco do Brasil, onde trabalhei, e tá ficando assim onde ganho dinheiro atualmente.
E eu não tenho estômago pra isso. É foda um banco público não ser social e ser comercial, um predador em nome do governo, ainda mais numa região miserável como a que moro, onde deveria ter mais ênfase em planos habitacionais, empréstimos pra microempresas em vez de determinado número obrigatório de previdência privada para menores na semana.
Uma coisa: venda casada é ilegal (fazer um negócio em troca de compra de algum produto). Se quiser se divertir, leve um gravador, aceite tudo o que o funcionário falar e mande pra imprensa. Especialmente você que for financiar casa ou terreno...
Outra coisa: não existe valor mínimo para caderneta de poupança, se te proporem mínimo e você fazer questão de abrir conta naquele banco, lembre o funcionário que pode denunciar ao Banco Central. Ou o serviço de atendimento ao consumidor do banco.
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