Arrumando o quarto, achei um caderno com rascunhos de texto e diagramação de páginas para o CYMB ótico, um zine que eu fazia com amigos (grimsborken incluso, três quartos do serviço de micro era no defunto 486 66 Mhz e 4 Mb de RAM dele). O texto abaixo é um manuscrito do meu testemunho (oh!) da visita do Imperador Akihito à USP, em 97. Deixei todos os erros de português, coesão e coerência, mais os rabiscos e inclusões posteriores.
Outra hora eu comento isso, odeio posts grandes, já que a luz pode acabar de repente e eu perder horas de trabalho de digitação...
Junho. Minha colega já tinha marcado comigo há algumas semanas (aceitei por educação e segundas intenções) para ver a chegada do Imperador do Japão e eu já
Junho. Fui a semi-contragosto, eu tinha mais o que fazer, (tipo assistir àquela aula de que tanto cabular eu só tinha ido uma só vez no semestre), que era justo naquele horário. Afinal, pra que eu ir perder meu tempo p/ vendo o imperador do Japão chegar à minha escola? Era ver e cabô. Não iria acontecer mais nada de interessante e mui menos alterar algo minha vida de alguma maneira. Era ver e cabô. Certo?
§Certo! Mas admito que chegando lá, a curiosidade superou a lógica prática e enquanto esperávamos, eu e minhas colegas brincávamos de como seria a receb recepção à sua Majestade Imperial ("uh-tererê foi uma das melhores opções cogitadas, seguido de gritar cham "oji-san" - "tio" - e, considerei se era válido entregar um exemplar do CYMB ótico à ele (he-he) e dúvidas de qual era a cara do reitor, que nunca vimos em 4 anos (Dart Vader?).
Diversos guardas e repórteres. O mercedão blindado chega no horário marcado com comitiva e escolta. Prum chefe de Estado (mesmo que apenas figurativo) e considerado um deus por milhões de japoneses até que é um simpático e compa educado, sem o ranço de ser superior-acima-de-qualquer-dúvida-e-erro que temos que aguentar nos dois últimos Fernandos que temos de agu que o povo "colocou" na presidência. E olha que o cara é considerado um deus para milhões de japoneses, imagine o que aconteceria com nossos presidentes se isso valesse no Brasil...se fosse essa a situação do nosso reles sociólogo... Os casal imperial seguranças e comitiva acompanharam até à risca o casal imperial que acena aos multidão presentes - maioria nikkei e mulher - que bati que tiveram a estranha idéia de bater palmas, timidamente. Nisso, acontece o inesperado: ele desvia o trajeto e tenta conversar com as nosso grupo pessoas alunas na região em que eu estávamos (eu ia escrever q "com nosso" grupo", mas é muita pretensão. Só que quando a impressão - verdadeira ou não - que foi por aí...).
Breves contatos com algumas pessoas, já chega uma repórter do SBT atropelando a gente com um "do you like Brazil", ele não responde e com a manada de câmeras e profissionais da imprensa que chegou, fui obrigado à sair de meu lugar e perder o fio da meada. Aparentemente uma colega minha conseguiu bater um papo mais longo com o monarca e depois teve de aguentar vinte e um minutos de imprensa em cima dela. O que nos leva ao cerne desse texto.
5/6 <= fato
6/6 <= hoje
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